Tag costume
"Ninguém reflete sobre o que já se tornou matéria antiga. Sobre o que já nos acostumamos. Como quem reza pai-nossos e, à boca fofa, repete desejar ser perdoado tanto quanto perdoa aos demais"
(trecho de "Parece Dezembro: romance inspirado nos versos de Chico Buarque")
De mágoa em mágoa, cavastes um profundo poço e dele, não pretendes sair, pois estás acostumado com a lama, o frio e a má postura de alguém sozinho, trancafiado em seu mundo de dor, sim, mas conhecido.
De bem com a vida
Acolhido pelo costume, abraçado pelas impressões,
Privilegiado pelo sentir, bem guardado pelo saber,
Feliz com o reconhecer, premiado por viver,
Presenteado pela tua companhia, entrelaçado com o teu amor.
NÃO É BEM ASSIM MESMO? A gente pede uma comida pelo telefone, ou compra algo na Internet, e minutos depois, já está angustiado de que chegue logo... eu prefiro ainda ir buscar pessoalmente mesmo, quando é possível, pois aqui a ansiedade é incontrolável e torturante...
Minha mãe costumava dizer que nessa vida, a gente se acostuma com tudo. Podemos até nos acostumar, mas não devíamos. Jamais deveríamos nos acostumar com coisas que nos machucam, que nos diminuem ou que nos causam dor.
O hábito pode levar um homem a muitos erros, mas não justifica nenhum.
Todos os planos de governo que implicam uma grande reforma dos costumes da sociedade são totalmente imaginários.
A mudança, seja ela de ares, lugares ou companhias é o único meio de que dispomos para nos libertarmos de velhos hábitos, ressignifar a vida, dar um outro rumo a ela e nos curarmos dos males que nos tornam prisioneiros de nós mesmos.
Carta aberta para um pai que não se importa com seus filhos e os traumas deles...
Pai, quero que saiba que, com o dinheiro da pensão, eu não posso comprar o seu amor e carinho no mercado, muito menos tampar todos os buracos que a sua ausência tem me causado todos esses anos.
Pai, alguém que para mim só serve para pôr o nome nos documentos (isso quando tem a coragem de assumir o filho), que só existe mesmo na papelada, porque o amor verdadeiro de um pai eu tive pouquíssimas vezes.
Querido pai, como eu queria que o senhor soubesse todas as coisas que eu tenho sofrido pela falta de uma figura paterna. Queria que soubesse de todos os Dias dos Pais que passei chorando ou de quando meu aniversário se tornava um dia de decepção, porque, “simultaneamente”, você estava novamente internado em mais alguma daquelas clinicas por culpa do seu maldito vicio contra as drogas.
O senhor pensa que, com um simples pedido de desculpas, uma simples conversa, tudo se tornara automaticamente resolvido? Que as feridas foram tampadas, os traumas que eu desenvolvi durante anos foram superados, as lágrimas e gritos de dor e desespero foram secadas e calados para sempre e o passado simplesmente esquecido?
Até poderia ter sido, se você tivesse mudado verdadeiramente como prometeu dessa vez; se começasse a se importar realmente com seus filhos e não só com seus prazeres e namoro; se demonstrasse amor pelos seus filhos da mesma forma que você demonstra por sua namorada e pelas coisas que você realmente gosta de fazer; se tivesse comprometimento com quem sempre te amou e sofreu mas mesmo assim ficou do seu lado a todo custo ou então se não tivesse achado que, com o seu total desinteresse seria resolvido fácil assim como pensou, já estava tudo perdoado.
O que me é imposto
Deixou de ser há muito tempo
O afastamento inconsciente
O vislumbre de uma mudança forçada
Uma mancha no peito
Um serviço malfeito
A improdutividade noturna
Suprimir é viver
O costume de se acostumar com a obrigação
Se foi, se dói e se é.
Primeiro você se acostuma,depois acostuma os outros,quando pensa que não,todos estão habituados e acostumados , e mais, notando o quanto você melhorou depois de ter mudado!
O costume é o que mata.
Já diziam nossas mães/avós e todos aqueles de cabelos brancos cuja sabedoria é notória.
O costume nos leva a confiança que não deveríamos ter. Quando eramos crianças, tudo era novo, tudo precisava de cuidado, zelo e atenção. Lembra-se da primeira vez que colocou uma tomada no interruptor, ou que atravessou uma pista sozinho? Todo cuidado era pouco, mas hoje talvez nem olhe para os lados ao cruzar uma avenida.
O costume destrói a beleza da simplicidade. Lembra-se das pequenas conquistas? Da primeira carta que escreveu, do primeiro "eu te amo" que ouviu do amor da sua vida? E hoje, talvez apenas critique seus próprios erros gramaticais, ou retribua uma declaração de amor com um vazio "eu também".
Não é a rotina que é ruim, a rotina é a repetição de tudo que amávamos, e ainda amamos, mas normalmente só nos damos conta do valor daquilo que temos, quando deixamos de ter.
E esse, desde Adão e Eva, tem sido o pior erro do ser humano: não se dar conta da felicidade, e deixá-la escapar das suas mãos.
Acostumar as pessoas com determinadas situações, é quase que dizer que você fará aquilo em todas as vezes.
É mais fácil lidar com o barulho, do que com o silêncio. O problema é quando o barulho, de tão acostumados que estamos, acaba se tornando silêncio...