Regresso
O que o coração irá falar?
E assim… chega o momento do regresso...
a vida como sempre pede um momento,
o encanto todo se resume num gesto
qual seria, o que o coração falaria?
Perdeu-se flores com a tempestade
Tantas folhas cairam e faz tão pouco
as longas noites molharam a vidraça,onde
a Lua sorrateira brincava de se esconder.
E tantos foram os danos que a chuva deixou
alagou todo o beiral onde havia flores
bagunçou o cantinho em que as letras
dançavam felizes e a varanda emudeceu.
Chega o momento do regresso…
e o poeta escreve um verso bem ali no
batente da porta…
“O que o coração irá falar?”
Brida di Beenergan
Se viajo de regresso no tempo, é porque aquele tempo foi mais generoso comigo, era o tempo de infância.
Regresso -
Vem, meu Amor, estou à tua espera:
meus braços abertos, serão para Ti,
como prados floridos que te abraçam
numa doce Primavera!
E surge no peito um grito, um alvoroço,
surge nos montes um cantar,
um beijo, um abraço de saudade
que se espalha pelo ar ...
Nesse momento, recordaremos o que passou,
sonhos, promessas que fizemos,
a distância ofegante que nos afastou!
Lembra-te, meu Amor, das palavras lindas que dissemos!
E seremos um Só,
nova Chama, novo Fogo!
Pois na Vida,
tudo vem e tudo vai,
só tu ficas,
meu amor, meu amor ...
MEU REGRESSO!!!
Com saudades, fiz uma longa viagem pela vida, pela minha vida, que a muito tempo lá atrás eu deixei.
Regressei às minhas raízes, como quem, fui buscar quem fui, onde ficou!
Ali, encontrei uma criança chorando pela estrada, abandonada, e me dei conta, que o que sou é nada;
Passei na frente da casinha do seu Donde, na beira da estrada que nos levava a Baixinha, uma das fazendas do meu Avô, lembrei, que dele não éramos nada, porém, fazíamos questão de pedir-lhe a bênção, para cumprir um capricho dos ensinamentos da minha querida mãezinha, que nos orientou, os mais velhos respeitar, sem questionar;
Mais a frente, encontrei com saudades, o velho e imponente pé de angico, onde dividimos com Micos a sua deliciosa resina, e ali, fiquei por horas, com a cara pra cima, naquela esquina, contemplando a beleza dos Bichos;
Passeando pela Baixinha, a saudade sempre vinha a machucar o peito desse sujeito, que meio sem jeito, continuara naquela viagem, desfrutando aquela linda paisagem, que outrora me acolheu;
Ô meu Deus... quantas Saudades da Vovó Noca, dos seus bolinhos de tapioca, que fazia para comermos com café, um dia com muita fé, nos encontraremos de novo, para gritarmos a esse povo, que do sonho acordei e agora sei que nada sei e que nada sou!!!
Segui viagem, mais frente, me veio a mente, as roças de milho e feijão, vi também um frondoso pé de mamão, com sobra fresca que me acolheu num sono profundo, onde me desliguei do mundo por alguns segundos. Passei por lugares que me fizeram lembrar da minha infância, quantas lembranças da nossa casa velha, da fábrica de farinha, cujo o forno por vezes servia de ninho para as galinhas da minha vó. Novamente, me sentir acolhido pela sombra do pé de Juá, onde comíamos bolinhos de fubá, no despertar do sono de uma noite, mal dormida pelos acordes das notas destonadas, quase superadas pelas belas gargalhadas provocadas por assuntos tão fúteis, quase inúteis, porém, suficientes para chamar a atenção das mocinha tão bonitas, as quis, namorados não tinha.
CARLINHOS OLIVEIRA
Regresso à Solidão -
Vou alto! Tão alto!
Quão alto me encontro!
Pela Vida, sem asfalto,
poeta vivo, poeta morto ...
E batem palmas
aos versos que me rasgam ...
Tantas, tantas Almas
que me escutam e aclamam!
E por instantes, não estou só,
instante que será breve,
tão breve que dá dó!
Súbito, viram costas, fica nada,
e eu, novamente só,
que dó, regresso a casa ...
como se não bastasse
que já vivemos aprisionados pelo sistema do homem
em meio a tanto regresso e desordem
ainda somos conduzidos a viver mascarados
para nos lembrar do quão somos silenciados
como se não bastasse
que já temos um prazo de validade
que somos marcados e codificados
em nossas identidades
ainda somos sintonizados a assistir
a perda da nossa liberdade
a mentira travestida de verdade
a apatia desfilando na sociedade
a autocracia maquiada de constitucionalidade
e ainda se não bastasse
ter que nos acostumar a ver as pessoas partindo
somos obrigados a ver a natureza se destruindo
o mundo se dividindo
a humanidade sucumbindo
o amor se extinguindo
para nos lembrar que seguimos mungidos
_Nova Nopu Drofta_------------------------------------------------Parti 1
No regresso do meu ser reviverei para escrever o meu epitáfio,
sobreviverás quando na terra eu já tiver apodrecido; este que vos escreve é minha alma
Daqui a morte não poderá arrancar a minha memória?,
Embora a minha capa parte seja esquecida nos vermes e lavras saciadas
Estou aqui com outro nome imortalizado
Embora eu, depois de partir, morra para o mundo;
A terra parece ter me reservará uma cova rasa,
Enquanto jazerás sepulta perante todos
Meu verso frágil erigirá a ti um monumento posso anda pelo tempo os olhos divisarão no futuro, mas ninguém entenderá pois este server o criador do tempo e não me permitir se opor a ele pois o espirito da verdade abita em ti
E línguas futuras mencionarão o meu ser,
Quando todos deste mundo já tiverem ido.
Ainda viverás eis a virtude de minha pena
e clamarei sou eu aqui de novo
Amarei como antes intensamente a musa que escolherá esta capa
E, assim, deixes de ler as palavras dedicadas que os escritores usam o ,eu mo,e quando todos não acreditarem em mim
Sobre seus belos objetos, abençoando seus livros que deixará
Tu és tão bela em saber quanto em cor, me resta minhas memorias só permanecerá aqui por pouco tempo tenho que voltar e este tomará o meu lugar novamente pois minha essência já abita nele com palavras modernas
O olhar mais espreito entenderá o que já passou.
Faze isso, amor; embora quando vejam o mesmo
Que toques duros empresta a retórica, da minha voz silenciosa
Tu, minha bela, terias simpatizado mas como amim mesmo não existimo mais
Com palavras simples por meu verdadeiro amigo; abito com ele agora na mesma casca
E suas cores grosseiras deveriam ser mais bem usadas ele é fantástico um sem-deus para mim
Para enrubescer as faces, daquilo que sobra em ti.
existe coisas que navega entre o tempo e desperta em fleches cercados de mistérios
A humanidade está regredindo, mas esconde isso dando novas aparências a coisas que sempre existiram.
“Penso que têm nostalgia de mar estas garças pantaneiras. São viúvas de Xaraés? Alguma coisa em azul e profundidade lhes foi arrancada. Há uma sombra de dor em seus voos. Assim, quando vão de regresso aos seus ninhos, enchem de entardecer os campos e os homens”>
(trecho do livro em PDF: Meu quintal é maior do que o mundo [recurso eletrônico])
Entretanto, seu pai, o rei, sabia que a alma da princesa regressaria, talvez em outro corpo, ou outro tempo e lugar, e ele a esperaria até seu último suspiro, até que o mundo deixasse de girar…
MUNDOS DIFERENTES
Sina cruel botando a gente, em dois mundos diferentes
Um de primeira o outro emergente, são dois mundos diferentes
Seu mundo é lindo é excelente, com forte moeda corrente
E eu ralando mais que ventre de serpente ,nesse mundo de indigentes
Quando saio da obra, no fundo do buzão
Penso no seu retorno, esqueço essa humilhação
Ruas cheias de noia, garotos cheiram cola
No telefone é mais um que me cobra, o salário não sobra
Assim da pra surtar.
Mas você entrou na minha vida
Trouxe paz e me fez acreditar
Que um mundo melhor um dia
Nós dois juntos podemos criar
Lágrimas na sua partida, e a promessa de regressar
Deixou vazio e a saudade, mas nosso amor é de verdade
Só entendi a intensidade na hora de soltar mãos
Eu nessa estufa tão carente, nosso mundo anda tão quente
Dor de cotovelo e de dente, não tem remédio nem pro dente
Nossa saúde é deprimente, e o governo negligente
Mosquito ninja que dá dengue, nosso povo esta doente
E lá no bairro falta escola água e lotação
Rabiscam na gaiola “3,20 NÃO”
E eu penso em ir embora, mas logo baixo a bola
Quem mais sofre é que mais colabora com um mundo melhor
Aqui ou qualquer lugar
Você cumpriu com a promessa
De que um dia iria regressar
Esse mundo de tom cinza
Nosso céu de azul vamos pintar
Ninguém poderia um dia neste mundo imaginar
A diferença e ambiguidade, contraste e a dualidade
Você de Vênus eu de Marte mas dizem que sou de Plutão
E não precisa ser um mundo tão perfeito
Tendo nossa casinha e terra boa pra plantar
Já não podia ser tão perfeito
Ter sombra na varanda e uma cachoeira
Com água cristalina e nos seus olhos ter o mar
Que ainda não vi com os próprios olhos
Só sei que só você me entende,você sabe o que se sente
Separados por continentes ,só você na minha mente
Mais veloz que imediatamente ,vou regar essa semente
E estar contigo eternamente,e que o amor dure para sempre
E nem o tempo e espaço causa nossa separação
Não adianta o universo vim com a sua conspiração
Cabe a nós dois agora e a gente não demora
Eu tenho emprego bem melhor da hora
E até o fim do ano vai dar pra rebocar
Apesar da dura vida
Não render-se nem desanimar
Matar um leão por dia
Sempre em frente, sempre acreditar
Lá no alto da montanha, a resposta que eu fui buscar
Que toda essa dificuldade faz parte da felicidade
Foi na escalada da montanha que você estendeu a mão.
Em desordem...
(Nilo Ribeiro)
Estou afogado em livros,
mergulhado no trabalho,
tento achar o equilíbrio,
ser solidão, ser solitário
às vezes eu sou eu,
às vezes autenticidade,
às vezes um já morreu,
às vezes enfermidade
não encontro meu ponto,
sou menos, ou sou mais,
não me dou um desconto,
sou inferno, sou paz
linha do horizonte,
não existe para mim,
não bebo mais em tua fonte,
isto é todo o fim
vivendo desta forma,
sou envolvido pela ilusão,
quem um dia foi minha plataforma,
me deixou na solidão
como a vida é banal,
conclusão que eu repudio,
ser completo de bem material,
mas ter o coração vazio
minha vida ficou em desordem,
uma verdadeira anarquia,
somente as palavras me socorrem,
pois elas viram poesia
uma poesia de desalento,
mas uma poesia pura,
mesmo vivendo um mau momento,
não perdi a minha doçura
um poeta doce,
como se um anjo fosse,
um poeta sem sucesso,
pois não tem o teu regresso...
Cada um de nós, por si só, é um universo...
Embora não compartilhemos o mesmo verso...
E, quase sempre, percorremos um caminho diverso...
Temos um livre arbítrio e podemos obter fracasso ou sucesso...
Tudo depende das nossas decisões e isso me dá medo, confesso...
Apesar de tudo devemos aproveitar muito bem a vida, pois não há regresso!
Pedro Marcos
O ano só será diferente, quando percebermos os outros como iguais.
A compaixão mede o progresso, a intolerância mede o regresso.
Eu mudei
Sim, mudei
Mudei, e nem foi eu que quis ser assim
Mas meu bem foi você quem pediu
Você disse que eu era infantil, eu cresci
Você disse que minha amiga se vestia melhor, e eu me transformei
Você disse que eu não tinha senso de humor, e eu passei a sorrir
Você disse que eu não conseguia andar sozinha, e dei meu primeiro passo
Você disse que eu não era tão inteligente, e eu abri minha mente
Você disse que sem você eu não viveria, e eu aspirei o primeiro sopro de liberdade
Desse momento em diante, comecei a voar e você não conseguiu me alcançar
Agora não posso mais regressar
O tempo não para,
A evolução é constante
O céu não é mais o limite...
Nem a mesma rua,
Nem as mesmas casas,
nem as mesmas flores na janela.
As flores eram agora outras,
e outro também eram o seu perfume.
Meus pés pisavam outra rua,
Meus olhos, contemplavam outras faces.
Eles também eram outros.
Talvez mais duros, talvez mais frios.
Talvez por que não viu sua face,
Talvez por que não viu suas flores.
Senti areia sobre minhas córneas,
espinhos no meu coração,
e sob meus pés, paralelepípedos.
Aquele que deseja aventurar-se nas profundezas de si mesmo jamais regressa sem algo valioso para dar ao mundo.
Empresta-me algumas palavras, podem ser sem sentido, soltas, sem frases montadas , não as quero para tocar, quero cada uma delas, para esquecer. Empresta- me algumas frases de verão, coisas de areia de praia, , sem memória,sem futuro. Empresta-me algumas idas e vindas. Empresta-me retorno ao quarto ,onde os pensamentos e sentimentos repousam para o regresso . Empresta- me a saudade que não veio me visitar, e eu lhe em presto meus versos , meus meios risos, meus muitos ruídos.
Roubaram a nossa merenda
E, consequentemente, escrevemos no quadro da sala de aula:
"Roubaram também, nossa educação".
Roubaram a nossa dignidade
E, consequentemente, nosso sorriso
Levaram toda a esperança que tínhamos
E, constantemente, levam ainda mais
Publicamos nos jornais.
Roubaram todo o ouro dourado que puderam
E, consequentemente, fomos apunhalados
De forma cruel
Nos mantivemos vivos
E, escrevemos toda a história nos livros.
Como se não bastasse
Roubaram também o Ouro Verde
E, consequentemente, a nossa saúde
A saúde de milhares de pessoas
Que irão morrer por uma conduta incorreta
Por falta de atendimento digno
Por falta de atitudes fraternas
Iremos escrever em suas lápides:
"Saudades Eternas".
São tantas decepções dessa politicagem
Transformando os cidadãos de CARNE e sentimentos
Em cidadãos de PAPELÃO.
É preciso não ter sentidos, para se viver nesse lastimoso cenário.
Meus sinceros sentimentos.