Poema de Tristeza
Lembranças
Haverá um dia,
que o destino nos separará,
para sempre.
A tristeza vai surgir.
Não chores, apenas amas.
Lembre-te de mim.
Perguntaram quem fui?
Responda: - ela existiu.
O que ela fez?
- Ela amou-me.
Sim, amei-te, um amor sincero
E vem todo lânguido,
Chorando suas tristes façanhas,
Azedo como limão ele balbucia seu desespero,
Tenta fugir desse labirinto de Creta e mutretas,
Longe de mim ,tão perto de você..
Droga esses meus olhos cheios d´agua
E tua tristeza era tão doce
Que transparecia e eu podia ver
E agora quanto mais me afasto
Desse bem que me faz mal
Me afasto de mim mesmo
Me aproximo de teu ser
E me esquecia para lembrar depois
Que cada vez que seus olhos choravam
Eram os meus que se molhavam
Longe de mim ,tão perto de você
Já não me bastava apenas o seu corpo
Eu queria sua alma e todo o seu universo
Mergulhar no teu ser já cansado de esperar
Cada labirinto proibido segredo do seu intimo
No centro de seu ser ,deixe o meu viver
fico triste
por pensar
que posso
tocar seu rosto
mesmo distante.
a dor é que
você não
está distante.
eu só não
posso tocar.
A balança de sentimentos: um pingo de felicidade pesa mais do que um oceano de tristeza?
Deixar partir um amor que fazemos mal nos trará dor, mas a sensação de não ferir trará felicidade. Deixar partir para se sentir bem e sofrer, continuar para se sentir mal e feliz...
TAPERA ESQUECIDA
De passagem no Sertão,
Eu parei pra contemplar
A tristeza de um lugar
Esquecido num grotão.
A palavra solidão
Não descreve uma tapera
Tão deserta que coopera
Com o vil termo ruína...
A Caatinga Nordestina
Dizimada não prospera!
Na tapera eu vi sentido
D’um celeiro de lembrança
E lembrei que fui criança
Num lugar bem parecido.
Senti-me desprotegido,
Órfão de identidade
Tomado pela saudade
Do meu tempo pueril...
Retomei o meu perfil
Com certa dificuldade!
No terreiro desolado,
Um grande mandacaru,
Ao longe pés de umbu,
Pinhão na cerca trançado
Que apesar de estar florado
Parecia mais alerta
Naquela cena deserta
Como um aflito recado
De um chão desertificado
Em decadência, na certa.
Apenas um solitário
Concriz catando no mato
Na calha de um regado
Seco compondo o cenário,
O pássaro qual relicário
Trouxe-me sinal de vida.
Apressei minha partida
Um tanto impressionado
Por ali ter contemplado
A tal tapera esquecida.
Triste seria não sonhar. Vivo atrelada aos meus sonhos.
Eles dão cor à minha vida e me fazem acordar todo dia.
Do contrário, vida vazia e sombria.
"Você pode ser triste ou feliz
Depende de como você se sente
Você pode ter muito ou pouco
Depende de quanto você valoriza".
Quando você descobrir que a vida é tão esplêndida pra se viver triste
Você não vai pensar duas vezes em viver feliz.
Quantas vezes...
Quantas vezes procurei por mim
Quantas vezes me senti triste assim
Quantas vezes morri sem você aqui
Quantas vezes caminhei pra não chegar
Quantas vezes anoiteci pra não falar
Quantas vezes fugi por não me aceitar
Quantas vezes eu neguei que ti amava
Quantas vezes fingi não te querer
Quantas vezes eu morri sem você
Quantas vezes a solidão me pegou
Quantas vezes meu coração te buscou
Quantas vezes minha alma chorou
Quantas vezes me senti sem você
Quantas vezes por esse amor busquei
Quantas vezes seu olhar me encontrou
Quantas vezes o silencio fez o lugar
Quantas vezes a distancia nos juntou
Quantas vezes só o olhar falou
Quantas vezes o vazio nos ganhou
Quantas vezes a solidão nos deixou
Quantas vezes o amor nos pegou
Quantas vezes a vida nos mostrou
Que somos nada longe desse querer
Quantas vezes a gente se enganou
Se juntos somos muito mais
Muito mais que um simples amor
Quantas vezes o olhar me esqueceu
Quantas vezes as mãos se perderam
Quantas vezes a saudade nos ganhou
Quantas vezes o amor nos provou
Quantas vezes me vi sem você
Quantas vezes eu te quis aqui
Quantas vezes você apenas calou
Quantas vezes o pensamento pensou
Quantas vezes por esse amor chorou
Quantas vezes longe sonhou
Quantas vezes o meu nome calou
Quantas vezes o teu amor me amou
Quantas vezes a vida nos mostrou
Que somos nada longe do viver
Quantas vezes esse amor nos tornou
Muito mais que simples amor
Nil...
Sendo eu, um aprendiz
A vida já me ensinou que besta
É quem vive triste
Lembrando o que faltou
Magoando a cicatriz
E esquece de ser feliz
Por tudo que conquistou
Afinal, nem toda lágrima é dor
Nem toda graça é sorriso
Nem toda curva da vida
Tem uma placa de aviso
E nem sempre o que você perde
É de fato um prejuízo
tenho memória em minha cabeça que não me deixam feliz, mas também não me deixam triste.
Vivo remoendo um passado de memórias que ainda resistem.
Vivo ansioso por coisas que não consigo alcançar.
Vivo estressado por um presente que não consigo controlar.
A existência é uma mistura de dias felizes e dias tristes e então se não sinto nenhum dos dois por que ainda existo?
Solidão
A solidão me assombra.
Vejo sua sombra
Na escuridão da minha
Triste existência.
Ela daninha
Persiste sem evidências
A me condenar no degredo
De sua amarga clausura.
Tenho um medo
Que se propaga
Cada vez mais
De não haver cura,
De não poder ver
A outra parte dessa
Figura chamada 'amor'.
Mas, o meu cenho
Com sua arte, engenho
E humor bem disfarça
A dor que me vem e trespassa,
Beirando ao imenso pavor.
Beijando intenso
O calor dos meus lábios
Com sua hábil frieza
Para a tristeza de todo
O meu Ser amante.
Me deixe viver
Por um momento,
Um breve instante,
Nem que de leve
Esse sentimento
Inebriante.
Quero ofegante
Andar de mãos dadas
Sem falar quase nada,
Com a ilusão da paixão.
A solidão me tortura
E a depressão parece
Sem cura, indo e vindo
Quando lhe convém.
Não há prece a Ninguém.
Somente chorando alivia
As angústias de assim viver
Em agonia, por demais desolado.
Mas não mais tenho chorado.
Apenas desenho letras tristes
De se ver, de se ler, elétras,
Cheias de energias dessa feia
Melancolia que em mim existe.
Em lugar da tristeza, alegria.
Em lugar da dor, rerfigério.
Em lugar de aflição, paz.
Em lugar do medo, coragem.
Você não está só, Deus é contigo.
"Não fique triste por alguém trocar você por outra pessoa.
ela poderá vir a ser trocada por duas.
por você e pela outra."
...
Nas asas do tempo
a tristeza voa.
No rabo do vento
meu disfarce ressoa.
Um discernimento,
meu grito ecoa.
Um ressentimento,
esperança destoa.
E minha felicidade,
aragem escoa.
Verdade triste, mas verdade. É aqui que vejo mulheres e homens lutando para terem leis para matar uma criança no ventre, lei para serem e incluírem uma língua diferente na escola, mas escolhem as leis que acham proveitosas para si e ter aceitação e como dizem igualdades, que, no fundo, apenas demonstram interesses próprios obrigado a aceitar o que acham certo. Só um lado que se acha o certo o outro se discordar é um monte de invencionices com final fóbico. Violências nestes casos que um doído não aceita o término de um relacionamento e vai agredir, violentar ou matar, tem leis que o protegem assim como em outros tipos de crimes. Que ninguém luta com a mesma garra para ser aprovado, porque esperam acontecer para fazer sensacionalismo ou usar como algo político para benefício próprio.
Acorda povo...
Ricardo Baeta