Coleção pessoal de baratieri_basso_beatriz

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⁠O que é amor?


Muitos conceitos sobre o amor,
Questionam a palavra e seus efeitos, até o sujeito e o objeto.
Amor é um estado iluminado,
Que transparece no olhar,
Transpira um perfume próprio,
O corpo se movimenta com
Suaves passos de dança,
A voz soa como uma sinfonia.
E toda a paisagem ao redor
Completa a obra de arte.
Porque amar é ser sensível,
A tudo que te envolve.
Acreditar que faz a diferença,
Que completa um todo,
E não está aqui só de passagem,
Faz parte do universo.
Você existe.

Questões?

O que é tudo isso?
Será que enlouqueci e não me dei conta disso?
São tantas emoções me atropelando, que a razão fugiu.
São picos de alegria e tristezas que estam tirando minha razão.
Já nem sei quando é sonho e quando é real, tudo está coberto por uma neblina que não me deixa ver a realidade e o sonho toma conta da história. Às vezes até questiono se tudo não faz parte da minha imaginação?!
Se não enlouqueci, querem me ver louca. E eu só queria amar e ser amada, mas tudo é tão difícil.
Será que a verdade é tão difícil? Porque os mistérios não são resolvidos, os enigmas fiquem claros, e tudo transparente, como a luz do sol. Então, tudo pode crescer como uma flor.
E tornar grande.


A solidão acutilante,
Lança feiches de luzes
E portas de abrem.
O tempo cresce,
Germina .
Transforma ruídos
Em silêncio.
E o sonho também nasce,
Germina,
Transforma tédio
Na vida.

⁠Faz anos...

Anos que me busco,

Perdi-me

Às vezes olho pro céu

E feixes de luz acendem um caminho

Quando tento seguir

As chamas queimam

E retorno ao canto resignada.

Às horas, dias e anos crescem.

O tempo passa e a busca continua.

Quando te encontrei

Foi como se o sol penetrasse meu corpo

Iluminada, percorri todos os caminhos

Mas o tempo passa

E a luz apagou

E volto ao canto resignada.

⁠Desespero

Sinto-me um peixe
A procura de um buraco
sufocado pelas tramas,
Desesperado.
E só afundo
Tramado pelo destino dos outros.

⁠O Nome

Teu nome
Visto ao longe
Acende o pensamento
Humedece o olhar
Uma lágrima cai
Tristeza? Não.
Alegria, sim.
Um filme de emoções roda.
A perda é um ganho.
Pedaços que se perdem
Numa praia deserta,
Se unem num corpo,
A partir de...
Grafado, fixado no coração,
E a cada momento pulsa,
Acende o pensamento,
Humedece o olhar...

⁠Inspiração...

Falta-me inspiração,

Mas quero escrever,

Tenho que me perder,

Para me encontrar.

A magia toma conta e crio,

As palavras surgem sem pensar.

Deixo-me nua numa folha de papel branco,

Pouco tempo dura essa bulinação de pensamentos.

Volto a mim e nada sei,

Como se acordasse de uma transe.

O que cruzou o portão da minha consciência,

Num relâmpago de inconsciência,

Registrou-se, ficou.

Senão perdeu-se no instante do tempo.

⁠ A rota


Naveguei mar a dentro
E perdi-me.
Não me deste o mapa
E sem rumo mergulhei.
Tempestades ofuscaram
A visão do horizonte
E o infinito se multiplicou
Traduzindo em focos de luzes
Que brilham intensamente,
Mudando constantemente
A rota prevista.
Nessa nuance de cores
A vida se faz.

⁠Sonhei!
Sonhei um amor desejado,
Aspirado sofregamente.
Tudo se compunha.
O cheiro, o toque,
A música e o poema.
Cada melodia, era o amor.
Batia forte em cada nota,
Mas dentro do peito,
Somente no meu peito.
Quando o tempo, e o vento
Trouxe essa realidade,
Tudo se compôs.
Encharquei-me de lembranças
E continuei a sonhar.

⁠Final


Tudo surgiu de repente.
Aquele aperto no peito,
Angústia, prazer, tristeza, amor...
Eram muitas emoções, sentimentos que se cruzavam,
Aconteciam com a força de uma tempestade.
Entre ressacas, e belos nascer de sóis, restou um corpo, estendido na praia, uma carcaça, sem vida...
Mas de repente uma brisa leve soprou, e a paisagem se compôs.
O silêncio se fez, e clarificou.
Como diz o poeta: a luz no fim do túnel.
O pulso voltou, a respiração lenta,
Mas com rítmo, com vontade, decidida a superar os obstáculos.
Caiu da cama?
Magoou-se?
Não, acordaste.
Acabaram-se as esperas,
o tempo perdido, este ruge.
A vida é movimento, ação, decisão, se não às tem, tenho eu
desculpe-me amigo,
mas fui!
Adoos hombre!
Até lá vista!


A dor não termina
Todo sentimento vira pó
O suspiro busca a razão
E o coração sofrendo
Se faz ouvir
Comanda o corpo
E o pensamento.
Horas, dias passam
A paisagem cinza
Preenche os dias
Nada tem cor, som
E prazer.
Os passos seguem automáticos,
Sem destino.
Respira, chega a superfície,
Mas são instantes,
Só segundos, e volta às profundas
Águas.
E nesta morada só tu estás.
Tudo o que foi, o que pensou que foi. Teus desejos de ser, e a certeza do nada, o que restou.
Somente o que restou.
O vento passa, e os dias seguem
Sem tu, sem tu.

⁠Escrevo,
senão as palavras me sufocam,
quando pensamentos ferem,
Ao fixadas em qualquer coisa.
Transfiro a responsabilidade
do significado ao objeto,
e respiro aliviada.
Como se tirasse a dor do peito
Com a mão.
É de enlouquecer essa pressão que sinto e traduz-me em nada.
Como uma folha morta em decomposição.
Salvo-me ao livrar-me das palavras,
Escritas como bálsamo da cura.

⁠Lembranças


Um leve sorriso no canto da boca
Os olhos acendem
O coração acelera
O corpo dança
O pensamento viaja
Chega no destino
Lembranças...
Momentos mágicos
Parados no tempo
Sentidos cada nascer do eu
Em ti.

⁠Encontro das águas

Tudo flui, como às águas
de um calmo rio,
Contornando os obstáculos,
Mas seguindo o ritmo da vida.
As vontades, desejos são de cada um.
Cada qual sente a sua maneira,
Luta com os demônios,
Sonha com os próprios anjos.
Sim, de seu modo.
Os outros não podem querer
pensar, sentir, e desejar
Acordando com as próprias vontades de outrem,
E realizá-las.
Cada qual trilha seus caminhos.
Se caminham juntos é porque
As vontades uniram em dois elos.
Num objetivo comum.
Nenhum deixou de ser,
Ambos querer estar para serem,
No mesmo trilho.
E só o tempo dirá se o caminho
Floriu ou secou.
Oxalá!que assim seja.

⁠Ilusão

Olha o mar
E o vê
Tal qual o céu
No mesmo tom
Fecha os olhos,
Sente.
Abre o olhar
E só vê o céu.
Onde está o mar?
Desfez-se.
Era só pensamento.
E a lágrima completa
A paisagem do céu azul

⁠ A verdade


O silêncio instala-se
A alma nasce
Um raio de luz
Acende o caminho,
Um passo a frente,
Outro pra traz
E o sonho desfez-se
Não há flores, nem músicas
A imagem da verdade
Traça dois caminhos
Um para direita,
Outro para a esquerda.
As retas seguem ao infinito
Sem chance de se encontrarem .
Escurece,
E o silêncio perpétua
à noite escura

⁠Aquela árvore, no cimo do monte,
Sinto um leve vento balançar
suas folhas,
Dos galhos mais altos e finos.
Como uma simples sinfonia,
Ouço o som do vento.
Ela firme, segura pelas fortes raízes,
Deixa-se dança...
Passa-se, e tudo permanece,
A mesma paisagem,
Só a poeira das folhas
Se deixaram levar pelo vento.

As sociedades democráticas são inadequadas para a publicação de tais revelações atroadoras como as que estou acostumado a fazer.

O que é belo é bom e o que é bom depressa será também belo.

O Amor agita meu espírito
como se fosse um vendaval
a desabar sobre os carvalhos.