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Se jogou em um abismo profundo de melancolia, pobre garoto solitário. Não se sentiu ligado a rotina da felicidade. Preferiu ser derrotado por pensamentos conturbados e sentimentos vazios. Era assim que ele se sentia, não importava como estava cheio, nem o tanto de pessoas queridas em volta. Pois o sentimento de tristeza era sua morada, era como ele gostava.
Colocou em sua mente que tristeza era tudo que lhe restava, é que não importava mais nada. Como pode ser tão tolo? Aos poucos não lhe restou nada, oque ele sonhava lhe aguardava, a tristeza junto a ele era oque lhe restava.
Não apenas um fracasso, mas sim um completo fracassado.
Tudo que ele toca se desmorona, rasga feito lona.
Ele é mais um papel amassado que se encontra na lixeira,
Ninguém liga, Ninguém quer.
Pobre fracassado abandonado, tocou em tudo em sua voltou
E ficou apenas pó.
Pobre fracassado amaldiçoado carrega consigo a certeza que tudo para si é vão,
Lá vai ele correndo na contramão.
Vazios existem, mas devem ser preenchidos com aquilo que, de verdade, vale a pena, pois ao me abrir para as coisas que valem a pena, eu percebo a grandiosidade da presença de um Deus que transforma tudo.
Quando situações nas quais a sociedade percebe as falhas de representação democrático-liberal são narradas por significantes vazios, bem como conceitos deturpados do senso comum, se chega a um quadro de despolitização que afasta a sociedade da ideia de auto-organização.
Depois que a chuva passou,
Levou com ela,
Os amores, os sonhos,
As dores e as doses,
Ficaram apenas os copos vazios,
Alguns com marcas de batom,
E a certeza de beijos alcoólicos,
“A gente vai se perdendo dia após dia nos intermináveis vazios dos minutos que parecem uma eternidade.”
É por se acharem importantes demais, que vejo normalmente pessoas reclamando da felicidade e vendo defeitos na perfeição; Esses não contemplam mais o sol, não sentem mais o vento em seus cabelos, não ouvem mais os pássaros. São vazios, frios, brutos como as pedras. Pesados como elas.
8 fev 2023
Talvez não valha à pena...viver
Depois de passar o que passei
Depois de ser destruído e trocado
Sinto que minha vida vale muito pouco
Já que por pouco dinheiro sou negociado a anos...
Me sinto um produto, desde a poha do momento em que nasci
Me usam para ganhar dinheiro, e nem sabem como me sinto
Não sabem sobre meus sonhos
Muito menos minhas ambições
Deixo avisado, um dia irei sumir
E serei visto como o pior da família
E vocês não sabem a poha do que estou sentindo agora..
E quando todas as mentiras ditas por ele, preenchem mais o seu vazio, do que todas as verdades que já te foram ditas?
Como explicar que tais mentiras preenchem silêncios, silêncios esses que fizeram com que seu coração se transfomasse num imenso abismo?
Quando você sabe que tudo caminha para o nada e mesmo assim você quer viver esse nada que se faz um tudo, no seu pequeno e findo infinito?
Quando tudo e todos te dizem não, mas você quer adormecer naqueles braços, mesmo que aquele momento só dure uma noite...
Não seria essa grande mentira a maior verdade dita pelo seu coração?
Boneco feito de nadas
Com as mãos cheias de nadas
Acordo dum sonho dorido
Tentando repor em meu mundo
Pedaços inteiros de nadas
Acordo e durmo
Durmo e acordo
Nas mãos trago todos meus nadas
Sozinho e sem nada
Atravesso outro dia
Querendo montar peça a peça
Desse meu monte de nadas
Meu coração que é tolo
Insiste e bate por nada
Lá dentro do peito essa dor
Que continua, doendo por nada
Sem nada acordo dum sonho
E tento dar vida ao boneco
Feito de montes de nada
É meu coração, esse tolo
Que sofre por nada e por nada
Arq. Biblioteca Nacional de Lisboa
Rodrigo Gael - Portugal
Vazios
Muitos de nós estamos cheios de vazios.
Rodeados de coisas materiais preenchidos de atenção, carinho, afeto, e, muitas vezes até de amor, mas tudo isso não diminui a imensidão de vazio.
É um vazio grande e pesado, difícil de acomodar dentro de nós. Muitas vezes nos engole, nos sufoca, oprimi e quase consome nossa força, nossa energia vital. Parece algumas vezes um predador voraz, que persegue e encurrala sua presa e como tal, lutamos bravamente ou fugimos desesperadamente.
Esperamos o grande amor, esperamos os filhos nascerem, os filhos crescerem,
Esperamos o emprego dos sonhos,
Esperamos o melhor momento para sermos felizes ou para dizermos o que ficou preso na garganta.
Esperamos uma mão amiga que nos acolha...
Esperamos demais e fazemos muito pouco, talvez por medo do fracasso. Esperamos que Deus nos salve e que a felicidade venha em algum momento depois da vida, em um lugar que chamamos de paraíso...
E, de tanto esperar, quase sempre morremos virgens e tão espantados e desamparados quanto nascemos.
Camas cheias, corações vazios.
Corpos quentes, almas frias.
Geração onde o desapego
virou rotina.
Se busca algo novo
todo dia,
mas o que acontece
é a repetição do mesmo:
o medo de se prender,
de gostar,
de sofrer,
de tentar.
E por medo,
se sente menos,
se entrega de menos.
É a solidão acompanhada,
a carne saciada
e a alma sedenta por verdade,
querendo algo que dure além do amanhecer,
algo que no fundo faça valer a pena viver.