Tag tantas
Meu silêncio
Saudades tuas são tantas,
que quieto a um canto fico.
Tudo ouço e te vejo.
Dentro do meu silêncio,
lá te encontro, quieta e calada.
O teu olhar, renova-me.
De ti, tudo a mim encanta.
Mesmo te sabendo ausente,
mesmo sofrendo essa saudade,
que é tanta.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
A vida amarga
mói
inquieta
queima tantas ...
Tantas vezes !
É preciso que estejamos sempre
a postos
prontos e atentos .
Quem pensa que anda no céu
todo o tempo ...
Ilude sua alma e não se filtra
em nenhum momento .
É preciso muita paciência
para fazer soar um canto
de paz na vida .
Não apagar as feridas
Mas tentá-las cicatriza-las
Afinal elas sempre estarão ali nos
lembrando o quanto já fomos fortes
e o tanto que já vencemos .
Quem pensa que o tempo
vem sempre vestido de vento ...
Ainda não aprendeu a
florescer a vida por dentro !
Gente que arruma adjetivos, argumentos vazios e tantas desculpas esfarrapadas, sempre culpando algo ou alguém,
são pessoas fracas que não enxerga a incompetência de si próprio.
São tantas, tantos
No levante, leões, rugidos constantes.
Acusadores.
Sem escrúpulos, sem pudores.
Oh minha alma.
Existe, persiste, insiste.
É que eu, vivo, meu irmão.
Sim, um grande Deus que opera.
Que tudo pode, rege e lidera.
Abate o perverso.
Concreto e virtual.
Metaverso.
Reverso.
Oh Jesus, blinde nos de todo mau.
Embates ferozes.
Tantos algozes.
Investidas, maldades mil.
Atrevidas.
Tantas feridas.
Atrozes.
Meu Deus, meu Altíssimo.
Que frustra toda armadilha.
Quebra laços de engano.
Desata laços profanos.
Esse é o refúgio, é fortaleza.
É poder, sabedoria.
É vida e certeza.
Fé, vida, entoa louvor e cantoria.
Espírito divino.
Desde o ventre de Maria.
Meu Jesus.
Majestosa cruz.
Giovane Silva Santos
Tantas vezes terminei com você em pensamento. Tantas vezes mais me apaixonei por seu detalhes.
Tantas vezes fui dormir chorando pela minha sina. Tantas vezes mais acordei confiante a um novo amanhecer.
Tantas vezes prometi nunca mais lhe mandar mensagem. Tantas vezes mais lhe mandei repleto de corações.
Tantas vezes que me recordei de nossos encontros juntos. Tantas vezes mais que agradecia por ter lhe conhecido.
Tantas vezes ri em nossas conversas aleatórias. Tantas vezes mais me envolvia com você.
Tantas vezes sonhei com um certo futuro ao seu lado. Tantas vezes mais me iludia sabendo a realidade.
Tantas vezes que já olhei sua foto e me perguntei o por quê? Tantas vezes mais respirei e aceitei o que tem que ser.
Tantas vezes que cansei…Tantas vezes mais que você me ignorou.
Tantas vezes que aos poucos aquela sua atenção que me conquistou dia-a-dia está dissipando diante de meu ser.
Tantas vezes o suficiente para chegar o momento certo de me despedir. E tantas vezes mais para sorrir ao lembrar de ti e ir sem entender este destino.
Sou tantas outras quanto quero na Clarice Lispector. Hoje estou Joana, amanhã, talvez, Macabéa. Um dia pensei ser Glória.
Com tantas mulheres solteiras. Um homem de verdade não precisa correr atrás de mulheres casadas ou comprometidas.
"Há tantas coisas erradas nesse mundo que são tão fáceis de fazer, não deixe que o mundo estrague você".
HORAS TANTAS
Horas tantas, aterrado e um tanto aflito
Confidenciei para a lua o meu detrimento
Do acaso, que com as desditas foi escrito
E se a fito, ainda o sinto no pensamento
Atroa, n'alma um pávido e nuvioso grito
Titilando dores em um amofino violento
Arremessando os anseios para o infinito
Tal o choro do cerrado aflado pelo vento
Clemente lua, que o meu azar sentiste!
No firmamento confessei o meu pranto
Enfardado pelas nuvens transparentes
E no meu peito, uma solidão tão triste
Onde o poetar a soluçar em um canto
Escorre silenciosas lágrimas ardentes
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
30 de julho de 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
SAUDADES, TANTAS
Quantas saudades tive? tantas, nem sei
Todas tão suspiradas na esfolada prosa
Cada qual na dor, com sofrência rimei
Rimei também a solidão nua e ramosa
Tive saudades daqueles a quem amei
E nesta nostlagia só situação morosa
Me era companhia, superação tentei
Cantei a lembrança da oferecida rosa
Ah! saudade, de sensação embaciada
Tantas as clamei em noite enluarada
Chorei, mesmo assim contida emoção
Ó Deus, por equivoco, ao me moldar
Colocaste no vão do peito a sussurrar
Só a saudade em lugar de um coração...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
19, outubro de 2021 – Araguari, MG
Lá vão os mascarados, podem vê-los
de tantas formas, no seu mundo subumano;
levam caraças por debaixo dos cabelos,
mais os embuços que carregam todo o ano.
Vão prá folia, vão alegres, vão perfeitos,
como histriões dos artifícios mais bonitos;
folgam-se normas, repetidos preconceitos,
em prol dos cultos aos assuntos interditos.
São tão felizes, disfarçados e contentes,
pulam e troçam, nesses grupos a granel;
é Carnaval, deixai-os ir que vão contentes
como as estrelas que são feitas de papel.
Tanta alegria, tanta farra neste Entrudo,
tanta folgança, tanta cor, tanto brilhante;
riem-se as almas, as tenções e quase tudo,
das zombarias deste enlevo extravagante.
Já fui tantas vezes amado sem amar.
Já amei tanto sem saber que era amor.
Já vivi tanto sem viver e agora vivo por viver.