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DOMINGO DE RAMOS ...
Jerusalém, triunfante entra o Nazareno
Hosana eee, hozana aaa, mantos ao chão
Palmas e ramos de palmeira, uma multidão
Cristo a videira, sã, ao pobre, ao pequeno
Honra e glória, amorosa, Espírito Sereno
Em um jumentinho, Ele nos ensina a lição
Adentra o portal de entrada de sua paixão
Saudação, louvores, Filho de Deus, pleno!
Vitória, prefigura a vida sobre a morte
A ressureição, das escrituras o aporte
Ecos de agravo se enleiam na recepção
Ingratidão, egoísmo, até hoje tão comum
Jesus Cristo se fez irmão, trindade em um
Jogado aos algozes, e seguimos. Perdão! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28/03/2021, 07’27” – Araguari, MG
LAVA-PÉS
dá-se para se lavar
a fé, o lenho, a sujeição
as mãos, a alma, o olhar
areie o cunho, o coração
permita-se lavar
a selvageria
a falta de amar
asseie-se com poesia
banhe-se na verdade
raspe a hipocrisia
então, sentirá
alegria
companhia
sabedoria...
varre-se de bem
sem revés
o Divino é além
é através
permita-se lavar
a boca, o mal viés
empunhe sua cruz
e no seu convés...
o caminho, a verdade... Jesus!
permita-se no lava pés!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14, abril, 2022, 17’11” – Araguari, MG
paráfrase Frei José Ariovaldo
SINO DOS PASSOS (soneto)
No sertão do cerrado um sino canta
15 horas, um sino num dobre triste
Canta... evocando os Passos aluíste
Do Senhor. Reclinai-vos é hora santa
Um sino canta... A alma no crer levanta
E ao vento soando em um dobre insiste
O canto solitário, que no tempo resiste
Em prece e o testemunho que encanta
Ao longe, num ar sombrio, arde o sino
Chora, e agradece com seus compassos
E o céu se cobre com o repicar em hino
E nesta hora de fé, ao chão os fracassos
Nossos, e o perdão ao nosso Pai Divino
No campanário, soa o sino dos Passos!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/03/2020, 15’20” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
EVANGELHO DO DIA
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
26,14-25
Naquele tempo,
um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes,
foi ter com os sumos sacerdotes
e disse:
"O que me dareis se vos entregar Jesus?"
Combinaram, então, trinta moedas de prata.
E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade
para entregar Jesus.
No primeiro dia da festa dos Ázimos,
os discípulos aproximaram-se de Jesus
e perguntaram:
"Onde queres que façamos os preparativos
para comer a Páscoa?"
Jesus respondeu:
"Ide à cidade,
procurai certo homem e dizei-lhe:
'O Mestre manda dizer:
o meu tempo está próximo,
vou celebrar a Páscoa em tua casa,
junto com meus discípulos'".
Os discípulos fizeram como Jesus mandou
e prepararam a Páscoa.
Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa
com os doze discípulos.
Enquanto comiam, Jesus disse:
"Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair".
Eles ficaram muito tristes
e, um por um, começaram a lhe perguntar:
"Senhor, será que sou eu?"
Jesus respondeu:
"Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato.
O Filho do Homem vai morrer,
conforme diz a Escritura a respeito dele.
Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem!
Seria melhor que nunca tivesse nascido!"
Então Judas, o traidor, perguntou:
"Mestre, serei eu?"
Jesus lhe respondeu:
"Tu o dizes".
Deus tá vendo vc fazendo novena pra Santa Edviges e estourando os limites de cinco cartões de crédito pra viajar no feriado.
Que esta semana Santa seja de reflexão e oração, até o domingo de Páscoa, renascimento e renovação.
Quinta-feira de Endoenças (dores e temores), bem vindos todos os Cavaleiros Rosa Cruz espalhados pelo mundo, nesta data reunidos em Conclave. O sangue e o vinho, fortalece cada jornada em direção ao GADU. A luz tênue de cada cavaleiro, em união sob a cruz, vence toda escuridão.
Qualquer sociedade e comunidade livre que não respeita a ultima morada de seu mortos, é fadada a barbárie, a incivilidade e a destruição justa e merecida entre os vivos.
Eu gosto de gente que compartilha suas fraquezas e, desconfio de gente santa demais!
☆Haredita Angel- 30.11.16
Num dia eu sou santa.
No outro sou eu mesma.
Num dia eu peco.
E no outro peço perdão!
Banhando-me sempre nas águas bentas da razão, inda que mergulhada na lama das intenções.
☆Haredita Angel
Eu desconfio das pessoas felizes demais,
das pessoas que sabem demais,
das pessoas que têm certeza demais.
Desconfio também daquelas que vivem arrotando santidade demais!
Sou profana demais...humana demais...
desconfiada demais...
Sei lá!
Haredita Angel-16.08.18
Santos, profanos, felizes, infelizes e principalmente os desconfiados...
Bom dia prô cês.
"Amiga, tu num se faz de santa prá riba d'eu, pois eu tenho o teu curriculum vitae"
Haredita@maligna
"A maternidade é uma grande responsabilidade. Mas, é também uma grande oportunidade para virar-se santa"
Fala sério!
☆Haredita Angel
A menina com nome de Santa
Faz muito tempo, eu era um adolescente tímido e ela, a menina mais bonita do meu bairro.
Ela se destacava das outras meninas.
Não sei se pelo sorriso, ou pelos cabelos loiros e curtinhos, ou pelos olhos claros amendoados, ou pela voz pausada e descansada, ou pelo corpo escultural metido em shorts jeans, ou pelas pulseirinhas de pedrinhas nos braços e tornozelo...
Ou seria aquele jeito de não estar nem aí pra ninguém?
Não sei!
Ela era diferente!
Ela era interessante!
E eu era gamadinho nela!
-Mas coragem pra me declarar eu nunca tive.
E o tempo passou, minha família mudou de cidade e eu nunca mais a vi e nunca a esqueci!
-Essa menina com nome de Santa marcou a minha vida!
Haredita Angel
24.10.15
Vi dona Maria, cútis negra, cabelos grisalhos, olhos esticados como quem sorrir constantemente.
Sentada sobre o morro Mariazinha, era como chamavam os mais achegados.
Vista de longe parada e se estivesse de mãos póstumas como em oração, assemelharia-se a uma imagem das tantas nossas senhoras em aparição.
(...) A poesia segue
- implacável -
A te procurar,
Nada mais me importa
Só você me importa;
- Eu vou te encontrar! -
A poesia aliada
- interminável -
Da procura,
Nada vai me impedir
De te encontrar;
- Eu não vou desistir! -
A poesia eterniza
- a dor -
E toda a busca,
A venda retira
De tudo o que os olhos
- [ofusca...
- Não desisto dessa busca! -
A minha jura
- eterna -
É declaratória,
Irrevogável,
Irretratável,
Intransferível,
Impenhorável,
...é interminável!
De uma loucura de amor
- endoidecida -
Por ti filho de Santa Catarina
- desaparecido!
Que por ti não como, não durmo,
Não desisto e atravesso
Qualquer desafio! (...)
Moro numa
rua cercada
por morros verdes,
amáveis árvores
e agraciada por
um coral de aves
mesmo quando
o tempo não
está azulejado,
A trilha sonora
por aqui é quase
sempre regional,
e se conhece
uma harmonia
fora vida deste
mundo a cada
dia mais brutal.
Se vive bem
porque a gente
sabe conviver
e se gosta,
a cada dia
noutros lugares
só o dinheiro
é o que importa.
O obscurantismo
do olhar daqueles
que creem no amor
clandestino como
caminho certo:
comigo não irão
obter sucesso,...
nada me distrai
para deixar
de escrever
para o amor
que virá
anunciado;
confio neste pacto
que há de
ser apaixonado,...
esse romance
que um dia virá
palmilhando
os prateados
paralelepípedos
da minha rua,
e se orgulhará
de cada verso
escrito por
esta pluma.
Desta rua
de paz
inabalável
aqui tenho
o meu
nobre abrigo,
Temos um
endereço
invejável,
Brotam versos
de amor
e o desejo
incontido.
Porque sei
que ele virá,
mas nem
quando
e como virá.
E me orgulho
de estar em
companhia
diária de tão
bons vizinhos.
Enquanto
ele não vem,
tenho tempo
para sarar
a minha dor
e daqui enviar
todos os dias mil
versos de amor.
Caminhando
pela minha
rua com amor
no coração,
Tenho flores
de pessegueiro
sobre a cabeça
e poemas
de revolução
de uma impossível
latino-americana
alvorada
que nenhum
ofensor há de deter.
Porque sei que
cedo ou tarde,
A vida há
de nos aproximar,
e ninguém
há de impedir.
Tenho fé na vida,
e um sonetário
diferente todo dia
para não manterem
neste caleidoscópio
os nossos sonhos,
E mesmo que você
não mais acredite,
O mundo é nosso
e vamos vencer
esse jogo
que tem nos
afastado
um do outro.
Amanheço em Rodeio,
- sou andorinha
Em plena afinação
Com o sentimento.
Levada pelo vento,
Alumiada pela luz,
Que vem do teu peito.
Amor secreto amor,
A cada batimento,
Sou a arte em fulgor
Em cada letra,
Sou o teu secreto amor.
Revoada poética de letras,
- só tu me secretas
No passo da música,
Na composição sanfoneira,
- amanhecida
Perfumada com chimarrão,
Colada em teus lábios,
Amando o seu sabor de pinhão,
Santa Catarina é canção,
Que não se apaga,
Que não se esquece,
E que vive eternamente
Morando no teu coração.
Amor secreto amor,
Exaltando a nossa terra,
Sou a tua paixão secreta,
- sagra
A fragrância suspensa,
- ítalo-germânica
Um cadinho minuana,
Você não se engana,
E nem me engana;
Temos um grande patrimônio,
Para desafiar o mundo,
Seguindo sempre em frente,
- Libertados de tudo.
A rua de paralelepípedo
- acarinhada,
Essa antiga rua percorrida,
Pelos teus passos
- apaixonada,
É noite, mas em ti é dia;
Respiras o verso,
e exala toda a poesia.
Vês nas casas antigas,
- mil alegrias,
Escutas as conversas,
que não foram ouvidas,
Porque és pessoa mediúnica,
Trazes contigo essa sina,
Quem te conhece,
Não questiona, e nem duvida.
A busca eterna por um amor,
que alucina,
E por algo que te comova,
e te impulsione;
Além das brumas que te escondem,
Os vestígios foram deixados ali,
Ao pé da montanha como oferenda.
Não te surpreenda,
e não te repreendas:
A fé no amor toma forma,
vai à tona certeira,
A forma que não a forma dela:
a forma de todo o amor...
Não desista da vida,
aos poucos ela vai dando a pista.
Passam muitas coisas
aqui nessa rua
musicada pelos
pássaros até quando
desfrutamos das
mais frias temperaturas:
o tempo, o vento,
o pão quente, o queijo,
os doces, as verduras
e as amáveis frutas.
Por aqui até mesmo
nós passamos por nós,
as nossas visitas
e quem a gente
nem faz idéia,
mas passeamos.
Porém, por nós passam
os pensamentos,
e por mim os versos,
as poesias e os sonetos.
Nestes últimos anos
ando me afogando
com as palavras
que ando calando,
e a rotina poemizando
para as dificuldades
da vida tentar suavizar.
O frio por todo anda
enorme e do desalento
do mundo ando aqui
pela rua buscando
não deixar me abalar
observando as flores
o cenário embelezar.
Creio que tudo isso
um dia irá passar,
e por aqui eu bem
estarei a espera
das redes coloridas
por mãos nordestinas
sendo vendidas,
para o meu cansaço
vir a se aconchegar
e de tudo me refazer.