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O meu coração dança
samba rock pelo teu,
nesta mistura de ritmos
da Música Negra,
Samba e Bossa Nova
foi desse jeito que
o Samba Rock nasceu,
e nós estávamos ali
quando tudo aconteceu;
só estou esperando
você dizer que é todo meu.
Do samba o pagode nasceu
deste sangue africano
que no Brasil aqui floresceu,
E a paz e o amor nas rodas
fez a gente se encontrar,
O meu coração não
para nenhum minuto
de pagodear em busca do teu,
Meu truque lindo do destino
que ainda haverá de ser meu.
Batucando sobre a mesa,
dos pés a cabeça
com o fogo dos teus
olhos você me acendeu
com toda certeza,
Só foi o pandeiro e o cavaco começarem a tocar,
Você me tirou para sambar
este bonito samba de mesa
que fez na vida a gente
nunca mais se desgrudar.
O porta-estandarte
do amor está pronto
nas minhas mãos,
Três velas foram
acendidas nós três
pontos para pedir
toda a proteção,
As fitas coloridas
arrumadinhas
nos cabelos estão
e a saia rodadinha
levadinha para lá
e faceirinha para cá,
Toda de rendinha
para ser a brincante
inspiração do seu
Samba-de-Matuto,
e tomar com quentura
a tua pele e o coração.
Ouvimos o som
do Samba de Cacete
tocando vindo
lá do terreiro,
E fomos nos encontrar
com a coincidência
e a vontade de se amar
pela vida inteira,
E assim fizemos lar
um no outro sem
pensar em regressar.
É óbvio que te quero
deliciado, e como quero!
Dá para perceber
que entre nós não tem
nenhum mistério;
Se você está certo
de ser meu, que venha!
Desde que você venha
e me leve com o respeito
de um Samba de Gafieira,
Sejamos um para o outro
como um amoroso poema,
E quando estivermos juntos
desliguemos os telefones
para que do mundo a gente
se esqueça e a paixão nos aqueça.
Ainda batucando
o samba enredo
com as pontas dos dedos,
Você está louco
para saber os meus segredos,
Só sei que também
quero o quê você quer,
Tu vens sem data e hora
marcada quando entender
que me ama como mulher.
Samba Rock
O teu beijo com o meu beijo
alimentam o desejo,
O seu toque com o meu toque
nos colocam para dançar
um bom Samba Rock.
MEU VIOLÃO
Se meu violão falasse
Certamente diria
Em verso, em prosa em poesia
Coisas secretas de minha alma
Que nem cartola cantaria.
Sobre amores esperados
Nas esquinas da vida
Em noites vazias
De tantos desencontros
Em breves sussurros
Em tristes melodias.
Meu violão canta como eu
desafinado de melancolia
Sonhando o futuro glorioso
Esperançoso de paz e harmonia.
Meu violão, um amigo leal
O mais próximo do peito
Somos assim predestinados à solidão,
Vivemos esta grande ilusão
Que ninguém nos roubará este direito.
NA CANDÊNCIA DO SAMBA
Na candência do samba
Eu conheci você
Dançando ciranda
E o maculelê.
Você era a beleza
Em forma e nuance
Eu, um poeta comum
Só queria romance.
Viajamos na noite
Sob a lua de maio
Sem promessa partiste
Me deixando tão triste
Te olhando em soslaio.
NA CADÊNCIA DO SAMBA
Na cadência samba
conheci você,
dançando ciranda e o maculelê.
Morena brejeira dos olhos de mel
não és Julieta, e eu não sou Romeu
somos versos da história
que o amor escreveu.
Morena bonita
de endoidecer
eu fiz este samba pra lhe enaltecer
na rua ou no asfalto
meu partido alto é você.
Na cadência samba
conheci você,
dançando ciranda e o maculelê.
O SAMBA NÃO PODE MORRER,
Eu faço samba noite a dentro
Não perco tempo
Espero raiar o samba
Já fui um bamba
Na ladeira da Rocinha
A letra é minha,
Só me falta a melodia.
O samba se harmoniza
Mas não morre
Quem me socorre
É a poesia
Se alguém perguntar por mim
Diz que subi o morro
Pra cantar com o meu povo
Um samba novo, pra lançar no carnaval.
Do fundo do quintal
Escuto a voz de um coral
A me dizer, que o samba não pode morrer.
Que ele precisa renascer.
Que é preciso ver de novo
A alegria deste povo
Na Estácio, na mangueira.
Na ladeira da Rocinha
Já fui um bamba, hoje o samba
É quem dita a minha vida.
Na ladeira da Rocinha
Subi o morro para cantar
Junto com povo
Para aprender um samba novo
Para lançar no carnaval.