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DESASSOSSEGADO
Desassossegado?
Como explicar esse desassossego?
Esse pragmatismo da minha condição humana?
Desse absurdo?
Por vezes não sou eu
Sem raciocínio, sem personalidade
Uma autobiografia sem fatos, mutilada
Sem afetividade, sem prosa…
Fragmentos da minha dramaticidade
Vida de jogos, de máscaras
Uma existência inviável, inútil, imperfeita,
É tudo tédio, trágico, indiferente
São investigações íntimas
Sensações provocadas pelo anonimato,
Pela cotidianidade de subvida
Universo que interessa somente ao desassossegado…
É muito triste ver as pessoas usarem máscara para tampar a boca e o nariz e não fazerem nada com o que os olhos veem.
Com a pandemia do COVID-19 as pessoas tem usado máscaras para se protegerem da doença, porém, o vírus tem feito cair as máscaras morais e mostrado seres até então tidos como virtuosos como verdadeiros monstros prepotentes e abusadores de poder.
Estranhamento
Lindas palavras, sem saberem, não são ditas à face oculta
E enrijecem a máscara construída e mantida por medo e amor
A alma imóvel, presa e angustiada anseia por liberdade
Como um estranho no próprio corpo que deseja se tornar conhecido
Antes que sua essência permaneça, para sempre, refém de seu próprio invólucro
A incerteza paralisa
Haverá quem fará jus às palavras ditas?
O rosto desmascarado terá que suplicar sorrisos?
Quem apoiará a fluidez de seu espírito?
Sua estranheza, enfim, tornar-se-á familiar?
Por que o medo da solidão o estagna se já é uma companheira de viagem?
Quebre o padrão, Estranho! Arrisque, energize, aja!
Entenda que em todo o caso você é suficiente...
E que você merece a aceitação.
A começar pela sua!
Quando aceitamos que temos sentimentos egoicos negativos, mas que somos mais que esses sentimentos, ou seja, que somos, em essência, pessoas boas, amorosas, que ainda têm sentimentos negativos e que estamos sendo convidados a transmutá-los desenvolvendo virtudes, praticamos a lei de amor por meio do exercício efetivo da virtude do amor por nós mesmos e pelos outros, porque não estaremos mascarando os nossos sentimentos para fingir que não temos nenhuma limitação.
Livro: Inteligência Consciencial - a conquista da autonomia da consciência
Deixar de ser autêntico para vestir a máscara aparências sociais
Sufocar a espontaneidade e a criatividade da criança em nome de padrões adultos, é preciso exercitar na prática e de forma não amigável porque ser ativo, desinibido, criador, bem sucedido, independente, amigável ofende, principalmente quando vindo de uma família humilde.
É preciso ter mínima submissão, é preciso parar com a auto-agressão não condescendente, intransigente. Cada um estabelece os próprios padrões de conduta, escolhe um lugar destituído de amor ou não.
O que é ensinado de forma inconsciente permanece por mais tempo, a vida dá lições muito mais valiosas que qualquer livro, vivi a experiência de estar completamente só e gostei disso.
Senti-me isolada dentro do grupo, sou muito mais tímida do que a maioria e mesmo assim não ficava nem um pouco envergonhada em ser eu mesma, criei uma sensação de vazio, incapacidade e insignificância.
Estava sentindo-me incompleta, como se faltasse algo para ser eu mesma, estava num autoconceito equilibrado entre o que os outros pensam e o que nós pensamos, o que os outros acham e o que eu acho.
São necessários muitos outros fatos, mesmo levando em consideração a opinião dos outros, devemos tomar nossas próprias decisões, decidir pro si, fazer nossas próprias escolhas, ter espírito crítico a respeito de tudo.
O dia que eu for embora desse mundo que tipo de legado vou deixar? Tentei manter um controle mais rígido de como me comportar, adquiri a necessidade de participação e de realização de boas obras.
Compreendi a importância dos outros, eles são importantes por razões práticas e psicológicas, semeei o carinho e o agradecimento. O papel do amigo é de encher nossa necessidade, não nosso vazio.
Tive uma infância com condições materiais precárias, não havia condições de viver razoavelmente, comecei a valorizar os livros mais que a tv e o celular, fui parte da enorme desigualdade social.
A pobreza tem um esteriótipo, a gente fica com acesso cuidadosamente controlado, um remédio amargo que precisa ser tomado, diz alguns no viés da discriminação numa comunicação artificial, devendo ser o que a sociedade nos impõe.
"Se for para temer alguém, temar o demônio que finge ser bonzinho, e não aquele que apenas segue os seus próprios instintos... pois um é racional, já o outro não."
— M.D.V: Máscara da Verdade
Num buraco infindo,
Despenco-me,
Por detrás da máscara,
Encontro-me,
No silêncio de um mosteiro,
Ouço-me,
Trajando uma nova vestimenta,
Desnudo-me,
Tempo para tudo,
Refaço-me,
Ser sempre agradável aos olhos alheios é fácil. Basta colocar uma máscara se necessário. Difícil é ser você mesmo o tempo todo e enfrentar o julgamento dos mascarados.
Francamente, acho que todos vivemos de máscara. Quando colocamos outra máscara em cima dessa, achamos que escondemos tudo sobre nós mesmos, e aí revelamos quem realmente somos. Então, ao colocar uma máscara, você está tirando a máscara.