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Ah! O escuro... Deveríamos conhecer as pessoas assim, em total escuridão, os olhos não iriam nos confundir, e as almas encontrariam umas às outras pelo essencial e não pelas aparências externas.
As vezes eu dou bola mesmo, sou atencioso e simpático mesmo, só pra ver até onde chega o interesse alheio. E não é que eu seja tudo isso, mas muitas pensam que eu tenho muita coisa para oferecer. E antes que você se equivoque, digo que muitas pensam que eu tenho muita coisa material para oferecer. É justamente aí que eu descobro quem é quem, que eu distinguo o verdadeiro diamante de uma simples pedrinha que brilha. Eis que muitas imaginam que irão ostentar alguma coisa as custas do meu carro importado, do meu salário que eu consigo com o meu trabalho e da minha moral? Ao envés disso, apareço na sua porta com um bilhete único e uma bolacha de água e sal pra gente dividir sentados na calçada de casa. Não perca o seu tempo me procurando onde não estou. Não frequento os camarotes das festas mais badaladas e fúteis da cidade, e nem ando com aquela pólo com o bordado do jacaré cujo nome me fugiu da memória. Sou simples e bem humorado, papo de "patrão" deixo de lado. Prefiro um papo sossegado, uma camisa básica, chinelo e um jeans rasgado. Tudo que eu tenho é para o meu uso, para o meu conforto, sou eu que desfruto. Não acho graça em se mostrar para os outros.
Estamos cercados por cortinas. Só percebemos o mundo por trás de uma cortina de aparência. Ao mesmo tempo, um objeto precisa ser coberto para ser reconhecido.
As aparências ilusórias carecem de solidez. Toda a mentira é frágil, e imediatamente se denuncia como tal se a analisares com atenção.
Quem valoriza apenas as aparências perde o sabor único do profundo e a oportunidade de mergulhar em sentimentos que não ousam habitar o raso.
Não se preocupe com aquele que sempre se mostra quieto, mas sim com aquele que sempre tenta se mostrar feliz
Aparentemente, quem vive de aparências vive a resignação e não a resiliência em se ver livre de problemas irresolutos.
Troque as curtidas no insta por ser curtido(a) por seu(a) filho(a). Troque os elogios das redes por ser elogiado(a) por sua família. Lembre-se que sempre que você quiser desistir da realidade o diabo sempre aproveitará cada brecha para lhe levar a viver uma ilusão. E as vezes até mesmo concretizá-la. Cuidado! Não construa sua vida em mentiras. Se necessário, pare de seguir alguém. O importante é seguir a Cristo. Às vezes bloquear no WhatsApp é um simples passo para desbloquear sua vida. Seja honesto(a) com você e com os que você ama. Seja coerente. Não tenha segredos com quem você exige transparência. Não apenas concorde com o que leu, viva! Viva de verdade.
Gostar da vitrine, não significa que goste da loja. Assim são as pessoas, gostam da aparência e não do convívio.
É inevitável não mudar a aparência com a sucessão de dias.
Mas o coração continua intacto com o mesmo amor de sempre.
O desafio humano é ver o outro sem a casca. Aprecia pessoas apenas quem assim o faz. o mesmo se daá com laranjas. Se não retirar a casca, não se pode dizer que realmente aprecia pessoas, ou laranjas, ou o conteúdo intrínseco disso.
Qualquer olhar ou julgamento apenas pela casca - e não pela essência - somente confirmará a hipocrisia de uma vida robótica e medíocre, segundo a qual todos os seres devem vestir-se de cascas iguais, e falar sobre assuntos banais, e não conhecer, não chegar à alma do outro. Nisso, há um sério problema: a vontade de conviver com cascas, e não com o conteúdo da alma de outra pessoa.
Não se julga um livro pela capa. Não se julga alguém pela casca. Por baixo dela, há toda uma história, há várias versões, há alma, há um pouco do Universo. Sem conhecer isso, nada se conhecerá verdadeiramente.
As aparências enganam porquê só lidamos com o que está fora das pessoas e temos medo de lidar com o que está dentro delas.
Se abriu os olhos de um celular
Aliviou a tela ao entrar, tirou de cena toda timidez
Alimentou as redes de nudez
Fantasiou o brio da rotina
Fez de sua pele sua sina
Se estilhaçou em cacos virtuais
Nas aparências todos tão iguais
Singularidades em ruínas
Vivemos num mundo onde caráter, educação, amor, empatia, sutileza já não são suficientes. Só pensam em aparência e bens