Seco

Cerca de 497 frases e pensamentos: Seco

ALMA EXTRA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Se me deres teu gelo, farei gelo seco;
serei gueto pro beco, inferno pro teu limbo;
quando fores carvão já serei minha cinza
dissolvida nos ventos de nova ilusão...
Otimizo a medida, remexo a receita
que me dás desse amor pretendido por nós,
para termos colheitas de alguma igualdade
onde a voz de um lamento seja o eco doutra...
Tenho sempre uma rosa inerente ao espinho,
levo sempre um caminho paralelo oculto
e um vulto que sirva como alma extra...
nas escolas de amar me formei em defesa,
em fingir que sou presa pra ser predador;
devolver qualquer dor que me façam sentir...

Inserida por demetriosena

QUEM ME AME

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Já não quero seu eco
me devolvendo a seco
o que me soa infame...
Não quero mais alguém
que me ame também...
desejo quem me ame.

Inserida por demetriosena

Foi um caminho longo e repleto de incidentes. Em certo ponto, o mato seco já tinha ares de jardim francês. Ela aprendeu com seus calos a ver a beleza em tudo.

Inserida por magicamistura

⁠o chão seco
o coração frio
a dor na alma
a angústia que não acaba
e o fim
do poema.

Inserida por warleiantunes

VERÃO NO CERRADO

Um vento seco, no sertão ressequido
Mas, o céu está úmido, está aquoso
As nuvens cavalgando no azul vívido
As aves (andorinhas) num voo gostoso...
Pontilhando o céu com o seu colorido lívido
Ao som das cigarras num canto preguiçoso
É o verão dando as caras no cerrado árido...

Luciano Spagnol
Novembro, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Zarpar

O cerrado é seco, chove pouco
Vou zarpar pro mar
Sem chuva a gente fica louco
As nuvens de lá tem pingos a gotejar
Levarei somente uma camisa
Deixo aqui meu erário, o poetar
Lá vou viver de brisa
Pois aqui brisa não há

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ASSIM, O CERRADO

O cerrado, quando empoera
Ressequido o vento no ar
Chora seco folhas desespera
No azul do céu a bailar

O horizonte se põe a embaçar
Na miragem da atmosfera
Embaralhando o olhar
Na imensidão em quimera

Ah! Se o frescor assim espera
O tempo de chuva, pra se revelar
Retorcidos galhos esclera
Num cinza a cromatizar

Assim, o cerrado, se gera
Vida diversa, lato lugar
De exótica primavera
Quem te conhece, só amar...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DE IMPROVISO

Vem desse ar seco do cerrado
Um soneto tangido pelo vento
Que retumba do ipê frondado
Brisando odor no pensamento

Uma canção mágica de alento
Tal qual um afago resbuscado
Desfolhado em encantamento
Inebriando o estro engasgado

Um sopro de tão suavemente
Sentido, tão leve se presente
Que a alma sente sem perceber

É visão poética e contundente
Que traz fascinação para gente
Bela, que no encanto a de haver

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Chão cerrado

Seco ou molhado
Jatobás, Ipês, pequis
Plano ou enrugado
Quaresmeiras, buritis
Chão cascalhado
Mangabas, sucuris
Me vi besuntado...

Multíplice cerrado
Diversidade...
Vida diversa, virilidade

Luciano Spagnol
21/05/2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Ventania no Cerrado

Chia o vento no cerrado seco
Num grito fugaz de melancolia
Zumbindo a sequidão num eco
Nos tortos galhos em poesia
Este vento que traz solidão
E também traz especiaria
Dando aroma a esta emoção
E combustão a esta ventania

Calado pelo canto da seriema
Que com o sertão tem parceria
Choraminga o cerrado em poema
Das folhas secas em sua correria
Desenhando no vasto céu dilema
Do rústico e o belo em poesia
Musicando a natureza suprema
Da diversidade em sua agonia
(Vai o vento em sua romaria.)

Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol

ESPAÇOS EM BRANCO (soneto)

No inverno do cerrado, seco, desbotados
meios tons desalentando o olhar, suspiros
a vida na acinzentado pousa baços retiros
que no vário tecem baralhados bordados

Ao fim do dia, o tardar e ventos em giros
tudo se perde no abstrato e, são levados
aos amuos incógnitos, e tão rebuscados
dos balés rútilos dos voos dos lampiros

Há em toda parte fumo nos vazios atados
vago, cada passo, e pelos ipês quebrados
em colorido breve, e cascalhado barranco

Os tortos galhos tão secos e empoeirados
traçam variegados em poemas anuviados
pra assim versar, os espaços em branco...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, agosto
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

nota fora do tom

o cerrado, seco, árido som
é fado
um megaton
tumultuado
nota fora do tom
que nele fala
que se maquia sem batom
arrasta em alarido, em ala
cheios de vozes
espinhos que rala
ferozes
para um verão de gala
que na alma debrua ilhoses
de chuva, quimera
podando a estiagem
pra brotar a primavera

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SAUDADE AJOELHADA

Cá, sob este chão de superfície rude
de pouca chuva, seco, natal morada
meu eu, jaz pra sempre em plenitude
a causa da minha narrativa poetada
Fora-se-me nostálgico a cada parada
e, vãos, os sonhos da terna juventude
aqui, pelas calçadas, firme e devotada
lembranças, de um tempo de virtude

Repousa, cá, em paz sob este sertão
emoções, as recordações, do genuíno
sentimento... suspirados do coração!
E, cada sensação sentida, sussurrada
da alma, mescla com o dobre do sino
da Matriz, pondo a saudade ajoelhada...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03 abril, 2021, 13’58” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

VERSOS MARGINAIS
Meus versos não servem para você
Sujeito seco
Para olhos mudos
E coração sem júbilo
Se não és maleável
Não leia meus pensamentos
Porque meus versos derretem.
Porque a vida não é apenas viver
Eu não preciso métrica nem rima
Ou notas retilíneas
Para compor meu poema
Porque andar sempre em linha reta
Se perde nas curvaturas da vida.

Inserida por NICOLAVITAL

⁠Ela recomeçou

Chutou o balde
Engoliu a seco
Desafiou o tempo
Pegou o beco

Acreditou que podia
Decidiu partir
Inventou sabores
Conseguiu florir

Ela tem uma fé bonita
Que a joga pra frente
Não importa o caminho
Importa como se sente
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️

Todos os direitos autorais reservados 30/05/2022 às 15:00 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues

Inserida por AndreaDomingues

⁠Pedras no caminho

Ao ouvir que ela não conseguiria
Engoliu a seco!
Continuou... continuou

Agora está aí, firme e forte
Aprendeu?
Sim, independente do que dizem
Ela escolhe o caminho

Usou as pedras para drenar
Usou o "Não" para forçar seguir
Só assim despida da maldade
Se fez pronta para florir

A única dúvida...
É com que roupa ela vai
Pedra sobre pedra
E ela vai!

Autoria de #Andrea_Domingues ©️

Todos os direitos autorais reservados 01/10/2023

Manter créditos de autoria original Andrea Domingues

Inserida por AndreaDomingues

⁠Nunca aceito que o seco ou o raso tirem de mim o que sei que deve ser. Até porque a cura para tudo é sempre se molhar: no suor, nas lágrimas ou nos mergulhos.

Inserida por poeticos

Intrínseco

Instante navegar
tecimento de um rascunho
Inexploravel nesse vasto viver
seco modo de existir
resta-me a essência
da poesia faz-me viver.

Inserida por kaike_machado_1

⁠O meu coração que é solo fértil
Por horas parece vazio
Seco,
Deserto.
Nildinha Freitas

Inserida por NildinhafreitasOfici

⁠Não me queira mal
Hoje sou um galho seco
Mais um dia, já fui flor!

Inserida por RitaSimoes