Seco
Assombro
O nó seco na garganta
O meu passo meio manco
Nada disso me espanta
É preciso ser bem franco
O Terror que me encanta
vem da alma sacrossanta
dessas páginas em branco
Do nada...
Você foi aquela chuva de verão, que chegou sem avisar no tempo mais seco e fez tudo reviver. seu cuidado e atenção me fez ver que o amor surge de repente sem que a gente possa perceber.
Incrível como mesmo de longe me faz bem, não precisou muito tempo, ja estava indo dormir ansiosa pelo próximo amanhecer.
quando "um certo alguém" cruzou o meu caminho, eu que nunca gostei de acordar cedinho, não via a hora do Sol aparecer.
E quando aparece o telefone é a primeira coisa que olho, teu bom dia deixa quentinho o meu coração, e entre tantas coisas que sinto, antes observo quão linda é a tua notificação.
SAUDADE AJOELHADA
Cá, sob este chão de superfície rude
de pouca chuva, seco, natal morada
meu eu, jaz pra sempre em plenitude
a causa da minha narrativa poetada
Fora-se-me nostálgico a cada parada
e, vãos, os sonhos da terna juventude
aqui, pelas calçadas, firme e devotada
lembranças, de um tempo de virtude
Repousa, cá, em paz sob este sertão
emoções, as recordações, do genuíno
sentimento... suspirados do coração!
E, cada sensação sentida, sussurrada
da alma, mescla com o dobre do sino
da Matriz, pondo a saudade ajoelhada...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03 abril, 2021, 13’58” – Araguari, MG
Se lágrimas resolvessem problemas eu estaria mais seco que o sertão nordestino. Por hora, apenas imerso na vastidão da represa interna que existe em mim.
O homem sertanejo
Meu Sertão é seco, mas não é seco por ser mais pobre, é seco porque a seca é uma das paisagens do Sertão.
É fator do clima e do solo da nossa região.
Região que é rica em demasia quando se tem chuva e pobre de fazer pena quando não tem a bendita água nos açudes e barreiros.
Mesmo diante dessa paisagem da vida, o sertanejo é valente, persistente e um vencedor, pois a batalha é constante desde os primórdios do desbravamento do Sertão.
Nunca se cansa e nem se amolenga diante das dificuldades do tempo e do espaço no imenso Nordeste.
O sol escaldante, o solo seco e a paisagem cinzenta, não são desestímulos ao homem sertanejo.
A dificuldade faz até renascer o espírito de bravura.
Meu Nordeste de caboclo trabalhador, de coração sincero e devoto de vários Santos.
Sertanejo que se alegra com o som da sanfona, da zabumba e do triângulo, que faz esquecer as agruras da vida, embolado no forró, xaxado e xote pelo Sertão.
Homem amante das paisagens e dos animais mais comuns do seu dia a dia.
Sertanejo que embreado muitas vezes nas matas e serras à procura do boi, da ovelha, do mel de abelha, da arribaçã, do tejo e do tatu, do preá, do tamanduá, tem aí muitas vezes o alimento do dia.
O homem do Sertão sofre, mas não é um sofrimento com lamentações, pois o sertanejo é corajoso e não reclama fácil diante da tormenta e segue alegre em busca de um novo alento.
Durante 4 anos em engolir seco, rezei sem ser religioso. Assisti aterrorizado tudo que acontecia, fui um bom democrata.
Eu medo que sente, eu senti por quatro longos anos.
Se durante 4 anos eu tive de engolir seco, por que você não pode esperar mais 4?
Haverá nova eleição em 4 anos, chega dessa palhaçada de intervenção federal, que quer dizer militar.
Dei um gole na ignorância, me senti em paz.
Mas era muito seco, nem chegou perto de matar a minha sede. Cansada suficiente para apenas aceitar e morrer seca.
Tentar mais uma seria o correto, é o que todos esperaram. Por que?
Eu certamente aceitei morrer de sede.
Preciso apenas de boas músicas e algum dinheiro para sobrevir, todas essas regras emotivas, para que servem? Vivemos em prol de magoar e sermos magoados, em distintas situações agimos por nós mesmos ou apenas pensando em outro. Cadê o meio termo? Isso tudo me cansa.
Preciso de esperança de dias melhores, mas como eu teria? Olhe a nossa volta, veja nossos governantes. Olha esse país, esse mundo... O que aconteceu?
Aceito morrer de sede.
Durante a vida toda fui submissa, sempre baixei a cabeça, sempre calada engolindo seco. Escutei tantas abobrinhas, tantos desaforos, incluindo dos familiares, e uma das minhas fugas era comer... comer... comer.
Agora, depois de troscentos anos, resolvi fechar minha boca para a comida, mas ao mesmo tempo soltei a língua pra mostrar pro mundo, inclusive familiares, que não é bom mexer com quem está quieto, pode ouvir ou escutar o que quer e o que não quer
Cinco e quinze da tarde,
um cacho de uvas, queijos, alguns croissants e um vinho seco a mesa,
nadando e enriquecendo o mar como uma bela sereia lá estava você.
Rumo
Às vezes ergo os olhos, interrogo
o seco céu sem urubu, sem nódoa
de nuvem: Deus,
que queres?
Que eu me atropele
com minha própria sombra, que embranqueça
meu dorso e voe?
Ela recomeçou
Chutou o balde
Engoliu a seco
Desafiou o tempo
Pegou o beco
Acreditou que podia
Decidiu partir
Inventou sabores
Conseguiu florir
Ela tem uma fé bonita
Que a joga pra frente
Não importa o caminho
Importa como se sente
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 30/05/2022 às 15:00 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Pessoas são como um rio seco Frias e rasas por isso não se prenda fortifique seu emocional o suficiente para não ser dependente de ninguém
Seja água seja vinho... tinto, branco, seco ou suave...seja o encontro da vida transformada em comemoração.
Seja o nutrir em qualquer relação.
Quando crescer é um ato de resistência, ser criado por mãe solteira uma realidade, comer pão seco molhado na água com açúcar se torna necessidade.
Seja água, seja vinho: tinto, branco, seco, suave...Seja a vida transformada em comemoração.
Seja o nutrir em qualquer relação.
Se me conheces pelo que te contaram...jogue fora, pois são rascunhos.Para entender trajetórias, precisa acompanhar pessoalmente o percurso.
Se não viveu, nem sentiu...não julgueis o pavio.
- Relacionados
- Frases de Mato Seco