Seca
Sou vaqueiro aboaidor
sou roceiro matutino
entre a seca e a dor
sou arrojo do destino
pra dizer por onde for
sou 100% Nordestino.
No chão de terra seca e sofrida,
No Nordeste a luta é diária, tão sentida.
A pobreza bate à porta com vigor,
Mas o orgulho nordestino floresce, com amor.
Erguemos nossas mãos calejadas,
Na busca de um novo amanhecer, cheias de esperanças renovadas.
Nossos passos firmes nas estradas áridas,
No peito, a força que não se intimida.
Entre canaviais e mandacarus,
Resiste o povo com garra, mesmo nas agruras.
No sertão, a seca que castiga e desafia,
Mas o sorriso nordestino transborda de alegria.
Nosso forró é a dança que contagia,
Embala corações e traz melodia.
No arrasta-pé, esquecemos as agruras,
Celebrando a vida com festa e doçuras.
Somos cordelistas, contadores de histórias,
Versadores da vida, da graça e das glórias.
Nas rimas e nos versos, a expressão sincera,
Do amor pelo Nordeste que nos espera.
Pois mesmo com dificuldades, jamais nosemos,
Somos destemidos, guerre que não tememos.
Alegria e resistência são nossas bandeiras,
Somos nordestinos com toda a fidalguia.
Nordeste é sinônimo de superação,
De um povo valente, de persistência e ação.
Apesar da luta, somos felizes e vaidosos,
Orgulho pulsante em nossos corações amorosos.
Do sertão ao litoral, nossa cultura reluz,
No batuque do maracatu e no frevo que nos conduz.
Somos nordestinos, da poesia à culinária,
Resplandecendo em cada gesto e artesania.
Então brilhe, nordestino querido,
Com esperança e fé, em seu caminho atrevido.
Lute pela sua terra, com amor e fervor,
Seja feliz e orgulhoso, meu nordestino, com todo ardor.
É o tempo seco, tudo seca , o frio ajuda a secar a natureza, as borboletas entram num estagio metamórfico como fazem as lagartas, ficam em cápsulas enterradas ao solo, os caçadores com as suas enxadas já não as procuram em ramos, são saborosas depois de fervidas com água e sal e temperados, o óleo é a banha de porco porque o sebo cheira a bode mesmo que seja de vaca, a carne é de vaca porque o boi é proibido, a carne é de cabrito porque a cabra é proibida, e o galo vai ditando as horas, horas não percebidas durante o dia, mas à noite sabe-se logo, 1º galo dita 22 h, 2º galo a meia noite , 3ºgalo duas da madrugada etc..., o galo é colossal depois de morto passa por galinha, só as galinhas morrem. É a natureza que o homem inventa, mas o tempo permanece igual.
Cada folha seca que cai de uma árvore, trás uma história pra contar, histórias de um breve momento, ou de um vinculo que já passou.
Wall de Souza
Quando a minha fala estiver seca e endurecida, derrame sobre mim a tua chuva de misericórdia.
Quando a alegria se escassear na minha alma, venha com uma tempestade de amor.
Vie
Minha boca, seca,
não fala mais como antes,
acho que não tenho mais jeito,
de comunicar-se à toda essa gente.
Será este o fim?
Que se aproxima de mim?
Andar por essa cidade da garoa,
agora só me deixa à toa.
C'est la vie,*¹
tomara que isso te alivie.
De lá para cá, houve certa evolução,
mas não o suficiente para causar a revolução.
A briga se instaurou,
e nada mudou.
Com tudo que a sociedade pode nos proporcionar,
tudo continua a mesma zona.
Dizem que mudam-se as coisas,
mas os ruídos são semelhantes,
esses ruídos são loucos,
e um tanto chocantes.
E todo mundo,
parece mudo,
Quoi*², c'est la vie,
ma chérie*³, c'est la vie...
*¹ é a vida
*² que
*³ minha querida
A flor seca caí ao chão, a mesma que um dia floresceu. Essa é a vida que temos, dias maus e dias bons. Lute!
Até no lixão nasce flor, resta saber se permanecerá e substituirá a seca e a desolação que o lixo trás.
Só percebemos o valor da água
Quando a fonte seca
E no amor é a mesma coisa
Talvez ele esteja em sua frente
As vezes não conseguimos enxergar
Quando percebemos, muita água já rolou,
aí já é tarde
O que fica é um coração partido
Cheio de saudade
OCASO DA VIDA
Vai, folha seca, vai, desgarrada
Ao vento em fascinante magia
Vai, que o outono, já evidencia
No fatal balé, de poética toada
Cumpre o destino, meta sagrada
Mudada: sem cor, árida sinfonia
Sem viço, sem a gala da energia
E, a tua pálida força, já crestada
No tempo, a tua mocidade palia
Deixando-te no calor da saudade
Vai, folha delicada, doce poesia
Baila pelo ar desta final liberdade
Realizou a sua crucial biografia...
Ímpar e, cada um de nós há-de.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 agosto 2024, 16’23” – Araguari, MG
NOSSO SERTÃO
Sou do sertão,
Sou da seca,
Sou cristão.
Caminho descalço
com os pés no chão,
Isso é que me faz
ter motivação.
Mandacaru que brotou no
chão, colore o nosso sertão.
Crianças se diverte, nada o
impede.
Livre ele se sente,
isso colore sua
mente,
A cada pedaço de pão.
O homem ganha força, para
continuar com sua missão,
Alegria habita em seu
peito.
Então a Deus mostra seu
respeito, por tudo que ele tem feito,
A cada raio de sol, a
alegria é contagiada.
Entre nosso humilde
sertão
Essa é a razão, de toda essa
emoção.
SETEMBRO
Se o amor chegar agora,
tem uma primavera brotando
em mim.
Se é com a seca que o ipê floresce;
É com a dor que a gente cresce.
Para que chorar se existe amor.
A questão é só de dar.
A questão é só de dor.
O tempo esta ficando bom?, o calor e a seca vão acabar? e as tempestades de trovoẽs finalmente vai ao fim chegar?Eu não sei, sobre a previsão do tempo de hoje em dia, assim como não sei se meus sentimentos vão estabilizar, não sei se a tristeza um dia vai acabar, ou se por um lado a raiva que sinto um dia irá terminar.
(...)
Engraçado esse tempo que seca tudo que não é regado.
Que não deixa florescer o que não é plantado.
Que faz escurecer o dia mais ensolarado.
Na caatinga seca árida de vegetação rala de palma a terra seca rachada de baixo do sol quente no meio do céu limpo sem nenhuma nuvem se quer
Caminha o caatingueiro com a inchada no lombo sem desanimar agradecido guarda o sorriso junto com a esperança que alimenta a fome de fartura em dias de abundância de água que mata a sede e umedece a terra rachada o caatingueiro que sobrevive com pouco mas,se enche de fé e esperança
As vezes é preciso sonhar
E acreditar que amanhã será diferente
Com sol quente ,ou muita chuva
No pouco ou na fartura
O viver é um dia após o outro
Na árides se aprende que paciência e vontade Caminha juntas e só para pra descansar encostada na arueira pra beber sua água na cabaça...
A caatinga