Regresso
Regresso a casa
nem alegre, nem triste: CANSADO
todas as semanas se repete a mesma história...
Agora a um canto da noite
um sorriso invade a alma...
M ?
Não se vá jamais, senhor
Cala meu imperdoável dizer
Com nossa solidão
Guia-me no regresso ao corpo
Se ainda há coração,
Creio que não,
Faça-me sentir o novo
Sou covo
Sou cova
Sou corvo
Estou morta
Como estrovo
Ponho a prova
Teu sentir torvo
Que minh’alma comporta
Despeço-te, me coas
Despertando-me em caos
Descanso em paz
Descaso a mais
Amantes
Espero o teu regresso
Ao fim dos meus sonhos.
Procurava-a nas cantigas, confesso...
Suspirava na gélida noite,
Nos teus lábios molhados insinuativos.
Na ardência dos olhares teus cativos.
Quero acabar com tua sede
Embebendo o teu gosto,
Refugiando em teu corpo
Que a mim concedes.
Quantas noites a desejei.
Adormecemos lado a lado...
Como dois amantes despojados.
Percebi os teus medos.
Uni o teu espirito ao meu.
A beijei docemente...
E o teu rosto revelava
O suor de dois corpos
Que se tocavam mutuamente.
Não se vá!
Antes dos cantos do sabiá
Que anunciam a alvorada.
No âmago da noite
Nesta chama de eterna morada.
Ainda a vejo nos recantos desse presságio.
De lábios abertos,
Com seios lívidos,
De ombros finos, claros...
Olhar ardente,
Pupila acastanhadas,
Curvas cetinosas,
E de suspiros latentes.
Oh! Quero ficar contigo...
No adormecer desse mundo.
Embalsamar teus seios.
Tocar em teus cabelos,
Beijar teu intimo profundo.
És a mais linda amante.
Pureza cândida que enlouquece.
Olhar insano inebriante.
A tua voz que excita,
E me enleva a cupidez
De cantos de paragem erudita.
Ao cair da noite...
Os nossos olhares ingerem-se.
Na presença dos vales abandonados
A tua alma me espera...
Às sombras desse recanto derramado.
Para te dizer que és amante
Do meu pecado.
Saudade daquela estação. Parecem passos em lento regresso... no entanto, tudo fragmentado, mas Deus nos reserva grandes surpresas, e poderá compor novamente um belíssimo mosaico.
BRASIL ESCRAVOCRATA.
O país da desordem e do regresso.
O mesmo Brasil que tenta justificar perseguições a ativistas do regime militar, instituindo uma comissão parlamentar e uma secretaria federal de direitos humanos, é tambem o Brasil que cria leis de emergência para punir atuais ativistas políticos, que atira, bate, processa, encarcera e talvez até torture tais ''rebeldes''.
Fico a imaginar como é que a Presidente Dilma se sente ao ver, por exemplo, a sininho sendo perseguida por isso que chamam de ''lei''.
Parece ser um carma nesse país, que a historia não consiga corrigir erros da própria historia e a mesma que deveria ser a maior interessada a fazer justiça com os perseguidos, por supostamente ter sido perseguida tambem, ao menos é isso que ela diz, seja a atual percursora de tantos mandos de perseguições.
Não é a toa que o Brasil tenha sido o ultimo país das Américas a abolir a escravidão e não devemos estar totalmente certos de que a abolição em sua essência pratica tenha, em algum momento na historia desse pais, acontecido.
Acredito eu, em minha vã filosofia que se perde na amplitude do universo, ao qual eu não consigo decifrar sequer uma bilionésima fração de mistérios, que leis não devem ser criadas de ultima hora, como pizza semi-pronta que se compra em gondolas de supermercados, mas tem que serem estudadas, discutidas, ter vistas, ter toda uma teoria que, ao ser colocada em pratica, funcione, mas não um factoide criado para ser testado depois, não somos ratos de laboratório.
Doi mais é saber e disso eu sei, que isso tudo tenha um cunho ''politico eleitoral'' e que amanha, Sininho poderá vir a ser e provavelmente sera, como tantos outros ja foram, uma representante do povo legitimamente eleita por um pleito desse qualquer e a Presidente Dilma, que nesse momento esta, assim como Aecio Neves, Eduardo Campos e tantos outros, dispostos a leiloarem suas almas ao satanás por conta de alguns votos e como sempre, continuar governando o Brasil da Patria amada, salve, salve.
Como sempre, quem paga são aqueles que não sabem fazer protestos e que aplaudem atos de improbidades em troca de algumas moedas ou alguns pães secos.
Janicelio.
Trocadilho
Seres humanos
ser (es) humano
Evoluindo ao regresso de valores
Lutando pela vida
Luto andando sobre a vida
Desesperadamente agarrando-se a uma crença
Pela descrença
Na solidariedade do (me) salvarei
Divindade
Divide arte
Sobre(viver)
O regresso
O que seria do amor se não fosse a saudade, que te faz regressar.
O que seria dos beijos se a boca que fica só quer te ver voltar.
O que seria da espera se já soubesse a hora que tu hás de retornar.
O que será do tempo, que passa correndo quando estou em teus braços, mal me beijas, vestes as roupas e já não sei se irás regressar.
E quando menos espero, vejo teu sorriso aberto a retornar, e os teus olhos fitos aos meus, falam tudo que preciso ouvir para novamente a porta abrir, e ali para sempre ficar.
O regresso só se torna indispensável quando se tem algo a ganhar. Caso contrário, é totalmente inútil. Pensamento egoísta? Talvez...
Se o regresso dela significasse a mudança de um clima, com certeza isso iria alterar as estações e a primavera se anteciparia, com lindas flores nos parques e rosas no meu jardim.
Regresso
Voltei ao lugar,
onde a tua ausência
perpetuou as lembranças
que povoam os meus sonhos.
E ao vagar sem rumo
pelo universo das minhas saudades;
nada encontrei,a não ser
um eterno e grande vazio.
O REGRESSO
Mamãe prepara o meu kibuto e vou
Vou para o tempo do fim
Cultivar o meu marfim
Que a muito se secou
Desfrutar o prazer da dor
Compilar no saco o amor
Redesfazer o rancor
E regressar na casa sem cor
Vou para o retrocesso
Do sorriso sem progresso
Desvendar o vento espesso
Com o prazer deste regresso
Custo de escolha, regresso habitual.
Voltar...
Largão a mão da caneta para aprender a apagar
Lamber em suma a ferida que se fez por gostar
Sentir o tempo perdido, cruel a te encarar
Veja que o eterno, não se mudou
O sublime parece ser intocável
E o mal relativo, bem olhou
Já o bem,figura irrevogável.
Tão longe, para se perder de vista.
Corridos passos em busca de tal “Artista”
Vira o mundo
Pisa até o fundo.
Ao pensar em correr, toda alma te procura
Oferecem rezas, preces e a tua cura
Uma razão para você escolher?
Ou um bom motivo para o deter?
A turba surge insana propondo tua salvação
Engole as pressas,queima a boca,parece escape de tentação
A salvação está onde deveria estar.
Quanto ao coração, é seu ou já podem levar?
Um brinde aos santos, aos profanos
Aos sinceros, em pé ou caídos.
Um viva aos achados, aos perdidos.
Quem busca, encontra os cantos ou os espantos.
Alcance a verdade, seja por bem ou mal
Toque as nuances da sinceridade
Saboreie sua fé, reencontre o essencial.
Livre arbítrio concedido, se a busca for por felicidade.
A verdade jamais será pura se o invade
Se sua paz mascarada grita por autoridade
Derrube o falso paraíso interno
E o mande para o inferno
Inferno e céu do dia-a-dia, passados como sem perfeição
A alegria já vem armada de decepção
Não troque a alma por uma incerta razão
Arrebenta de felicidade, desapega do talvez vilão.
Contraditório é contar os passos e voltar
Desfazendo o regredir pelo regressar
Tudo o que passaria, você escolheu, já sabia
Não corra tão longe que não saiba retornar
Apanhe o mapa, feche os olhos e vá se entregar
Esquece o atalho
Se dê ao trabalho
Viver é voltar.