Porque Me Maltrata
A dor em meu peito
Maltrata a minha alma,
Rompendo o conceito
Que impera e dá calma,
Mas que me obriga
A ultrapassar o limite,
E me fadiga na briga
Em que meu coração se omite,
E toda a razão se esvai
Para que o amor impere,
Mesmo não sabendo para onde vai
E me dilacere.
E se for tudo diferente do que se pensa
No paraíso se maltrata gente
No inferno se ensina crença
E isso tudo de repente
Devaneio.
Bendito amor, tanta tristeza, angústia e dor.
Um devaneio de emoções, maltrata até os fortes corações.
Romance construídos, castelos abstratos.
Sentimentos perdidos entregues ao descaso.
Quanto mais o mundo me maltrata, mais eu acredito na Escritura;
Os maus tratos são muitos, mas minha fé sempre dura;
A Palavra é transformadora, e sabedoria dá a quem procura;
Ah! Se todos conhecessem a Palavra, de modo natural, sem nenhuma ditadura.
Saudade
A saudade não tem nome
Nem tempo, para se acabar
Ela maltrata o coração
E faz os olhos chorar.
A saudade é o sentimento
Mais lindo no mundo
Pois nele contém o amor,
Desde a época de menino.
Dos amigos que nós víamos
Mas hoje já tem partido.
A saudade bateu no peito
E veio aos olhos embasar
Quando a vida tinha valor
E o homem, valorizar
Mas hoje por um simples olhar
Há de engatilhar uma arma
E a vida se acabar.
A saudade não tem face
Mas sempre a vemos no tempo
A imagem da pele que tem a enrugar
Mesmo que o céu se escureça
Ela jamais irá deixar de existir
Alexandre C.
Poeta de Libra
A Vida também é ingrata,
Tantas vezes nos maltrata,
Tantas vezes perdemos tudo,
Pelo facto de não termos nada!
Não se
prende um
inocente
e leal
soldado
da Pátria,
não se
maltrata
o físico
de quem
em missão
a vida toda
ao povo
entregou,
e à ele nunca
se recusou.
É a epopéia
e indignação
de quem
sabe de
quem se
trata,
e tem
aleveza
que pela
liberdade
de quem
merece
não cruzou
os braços,
e a boca
jamais calou.
Não é
a primeira,
e nem será
a última
vez que
declaro
que da
trincheira
sou o último
soldado
mesmo que
ninguém
em mim
acredite,
sou a tal
poesia que
ultrapassa
a fronteira
mesmo
que se
encontre
fechada
para tocar
o coração
e pedir por
Humanidade.
Triste quando somos cúmplices de quem nos maltrata com atitudes ou com palavras, juntos agindo em prol do nosso próprio desgaste que sufoca a nossa alma, o dissabor da irracionalidade, quando o amor próprio infelizmente se apaga.
Quem você despreza ou maltrata ao longo do seu caminho, pode um dia ser a ponte para a conclusão do seu destino.
Decadente a humanidade que maltrata, odeia, queima, diminui, desrespeita, discrimina, desvaloriza, humilha, fere, mata, ignora e agride a existência...
Enquanto, preserva,protege, valoriza, santifica, acredita, ama, adora e defende o invisível, imaginário.
UM AMOR NATURAL DE SÃO PAULO
Ah, amor doído, me maltrata
Saber que fui apenas recreio
Que inda arde no peito, creio
Que a dor me teimará ingrata
Com o engano, verídica errata
Ardo na agrura e no devaneio
Mas com o tempo, tu, receio
Irá se calar na súplice serenata
Os teus olhos deixarão de ser:
A força e planos no meu olhar
Tudo gira, no eterno aprender
Nego-te o meu sofrer e pesar
Se lamento é para te esquecer
Nesses versos de amor e amar!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Agosto de 2020, 31 – Triângulo Mineiro
Terra linda, abençoada e mal cuidada, que o humano maltrata, falta pão, falta carinhos, derrubam as matas e os ninhos de passarinhos.
Maltrata quem te deu carinho atenção respeito, negou cuidados tuas migalhas não alimenta a quem te acolheu.