Poesia Completa e Prosa
Lindas flores da Tamurá-tuíra
no meu jardim celestial da poesia
que sempre fascina e inspira
para refugiar de tudo o quê desanima.
Visto-me com essas e outras
flores com amor e magia
para espalhar amor e paixão
por esta Pátria e pelo dom da vida.
Minh'alma brasileira plena e floral
segue com a mesma fé insistente
naquilo que nos guia ao sobrenatural.
Porque no final o quê sempre fica
é o quê cultivamos no dia-a-dia
e com o amor que sempre contagia.
A minh'alma feminina se esconde
nas rendas e nos versos:
respira, sente e escreve a poesia,
que brota da alma florida.
Não resisto ao amor à moda antiga
Sou uma doce cantiga,
que só com a gentileza combina.
Por mais que venham as nuvens da rebeldia,
não consigo mantê-las para sempre.
Intimista subverto a escuridão em clarão,
e semeio as rosas sem espinhos pelo chão.
Sei de mim e sei de você,
o tempo tem o seu próprio tempo
de fazer brotar a paixão.
Nos perscruto, nos escuto e nos perpasso
a fim de percorrer contigo todos os nossos
- espaços. -
Vou te adorando solenemente a cada passo
- estou nos namorando -
e com a minha poesia te envolvendo
em meus carinhos, beijinhos e abraços...
Tenho por nós o zelo extremo
como a chuva que rega terra
para que a semente brote;
desejando que o amor e a paixão nunca nos falte.
E o sonho infindo de juntos nos banharmos
nessa doçura de dois conduzindo-nos
rumo ao apogeu do amor,
e que nenhum pouco refeitos nunca nos
faremos satisfeitos de nós dois;
E as frações de segundo são e sempre hão de ser
a fiel e teimosa expressão da eternidade.
Melhor do que escrever poesia,
Tu bem sabes como fazê-la;
Adorei a tua grata surpresa!
Ontem, invadiste-me o corpo,
E inundaste o meu coração,
Não é exagero escrever,
Que você sabe como instigar
A minha poética inspiração.
O coração vibrou de euforia,
E o meu corpo de excitação,
Quero você compulsivo,
E vibrando com a nossa paixão,
As tuas saudades são como as minhas;
Estás inteiro em meus versos,
Poemas e tens invadindo-me
Com a tua magia.
Recolhida fiquei imaginando
O nosso encontro de regaços,
Nossos suspiros e a nossa intensa
Sinestesia - uma primorosa vinha.
Quero a tua ternura bem fogosa,
Estendida bem entregue à minha;
E por fim, pertinho de você
E bem abraçadinha,
Bem carinhosinha - e muito levadinha...
A poesia te busca na escuridão,
Estou no exílio, e só na imensidão;
Sem a tua companhia o ar é solidão,
Vivo procurando por tua atenção,
Um pedaço teu é do meu coração.
O coração erradio busca pelo teu colo,
Está na hora das nossas destrezas,
Desfrutaremos de todas as sutilezas,
Estrearemos o nosso espetáculo íntimo,
Com uso e fruição de todas as belezas.
A aventura que busco é a alegria
Renovada a todo instante e a dose
Equilibrada entre elegâncias
E as boas safadezas
- nossas -
Poéticas indecências,
Nirvanizaremos as nossas malemolências.
A abóbada celeste incita que eu escreva
Daqui do exílio tudo isso e mais um pouco:
Ela tem um pouco dos olhos do tripulante
Dos meus sonhos e desse desejo
Que se expande deliciosamente louco...
Surgiu um pedido
teu por poesia
Como um luminar
descido na terra,
Perfumando
a atmosfera íntima.
As tuas palavras
são um par de tentação
Plenas de provocação,
não temo ser tua,
E sei que não é vão;
irei mergulhar inteira
No teu coração.
Fazes o quê bem
queres de mim,
Bem, sabes que
estou em tuas mãos,
Estou sob o jugo
da tua sedução,
Dizer que estou aborrecida:
é o jeito que criei
Para ser atendida,
é o meu grito
Poético pedindo
para ser por ti aquecida.
Bem sabes que o teu
eu Dionísio
Pegou de jeito
a Atena distraída,
Ela estava adormecida, e se viu
de estalo renascida
Colhendo o lírio
mais precioso: o teu lindo amor
Para que não te
ponhas em retirada,
Ela te abrigou no Olimpo - protegido.
Para não se fazer
por ti esquecida,
Ela mudou o olhar
perante à vida.
A poesia não sumirá,
ela surgiu com a tua
Lira poética
que é capaz de fazer de Atena
Uma poetisa do doce
transe de ti - endoidecida.
Perfumada, arrepiada,
apaixonada, apimentada,
E nem por um instante
arrependida de pertencer à ti.
Atena, deusa vestida
de versos intimistas,
Despiu-se desavergonhadamente,
enluarou-se dionisicamente,
Lançou-se desejosamente
para satisfazer como um lírio branco
O teu desejo
ardente por poesia.
O amor de Atena e Dionísio
é cercado por todos os lírios:
poéticos, iriais, épicos, musicais, Espirituais - e infinitos...
Estamos construindo
a nossa poesia
Experienciando todo dia
Sabemos que nos viver
é sabedoria
O mais saboroso
do amor é livre
O nosso voo é
acompanhado
Sabemos que o nosso
amor é sagrado
Estamos nos conhecendo
pouco a pouco
Aprendendo um com o outro
Diariamente nos amar
nunca será pouco
Saber que você aprecia
a minha poesia
É a melhor forma
de me querer
Não deixa de ser
um jeito
De cumprimentar o dia
Somos dois anjos flechados
e ensolarados
Vivemos projetando beijos
O Universo mantém
os nossos corações Irradiados
Moramos no mais belo país
No país da poesia tudo pode
Só o nosso amor nos sacode
A poesia é um país de gente feliz
Você é um sonho que eu sempre quis
No país em que a freira se perde
Em meio a estação invernal
E depois se encontra feliz
No país onde a santa vira meretriz
Só para te endoidecer e te ver feliz
No país da poesia, estamos a sorrir
Estamos à espera do lindo porvir
Somos habitantes do país da poesia
No país da poesia a espera é alegria
É desculpa para escrever versos e poesias
No nosso país da poesia
O caminho da perdição é um prazer
Incito com as minhas palavras
Escrevo sobre nós para você não se esquecer
Que viver no país da poesia só cabe eu e você
No país da poesia tudo é normal
Tudo pode, até devaneio
Até prazer carnal no meio da perdição
Acaba virando celestial
Somos parte de um todo angelical
No país da poesia não há traição
Somos um do outro, verso e dedicação
Sonhos cheios de imaginação
Somos eu e você, um projeto e um só coração.
De verso e poesia presente, A nossa história vai se desenhando, As cores dos nossos desejos aos poucos se misturando-estamos nos apaixonando.
...
Só pelo teu olhar castanho, Faço questão de deslindar o que há de oculto, Como presa no transe do caçador, Entrego-me sem medida ao teu amor.
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Mergulhada na magnitude desse mistério, Sei que o amor nos conduz bem alto, E que te amar é cultivar o jardim da cumplicidade...
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Trago uma rosa na mão, Você está tatuado no meu coração, A tua liberdade é mágica, Só de pensar em você, Viro verso - fruição...
...
Faço da minha rebeldia, um desafio sutil. É uma forma colorida para fazer-te diligente e que me tomes por tua, e me faça obediente.
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Sei que o teu coração fica a embalar, E quando fechas os olhos a pele fica a faiscar - destino de alguém que irá se apaixonar...
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Não abro mão dessa sublime loucura de te provocar, Vou te amando vagarosamente até você 'não aguentar'...
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Dessa tentação - quero esse doce penar. Na cadência desses versos fortes, escritos por esse amor cigano para sempre te amar.
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É nesse verso malícia que te provoco o teu despertar, Este é um dos primeiros passos do encanto para fazer o teu corpo iluminar...
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O teu corpo tem o poder do transe perfeito, Lábios que me rendem, Olhos que me seduzem e mãos que me prendem.
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No mel desse amor, Quero flutuar nesse céu de carícias - te amando assimetricamente - sei que chegará a hora de nos amarmos perdidamente.
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Com a tua mão que desliza, Vou escrevendo versos sobre nós, E sem dó de ser provocativa, Exalto a tua pele macia...
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O teu irial sorriso fascina, alucina e cativa, Apreciar rendida é uma dádiva que confirma que te amar tem o signo celestial - é especial.
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Apreciar o teu corpo é uma êxtase que não se esvai, A cada eco da tua respiração, Não me canso de dizer: - Você me atrai...
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A cada véu revelado, O mistério reverberado ao pé do ouvido, É nesse profundo dos castanhos dos teus olhos - o amor será a cada dia revelado
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No melhor do amor-fruição. Ouso com generosa provocação fazê-lo que não consiga tocar os pés no chão. Eis o amor que cumpre a levitação.
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É nesse cio poético que faço questão de me perder em verso, Para que me voltes, sem reverso, Para que eu me perca só com você, Eu me entrego.
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Quero me perder nessa travessura amante, E me encontrar nessa doçura radiante, E nos teus braços ter sempre a coragem para seguir adiante.
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A cobiça elegante de escutar esses teus ais semitonados, Acariciam poeticamente os meus desejos ocultados, Sei que estamos apaixonados.
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A noite surge de mãos dadas com a poesia, Sob a regência das estrelas, Ela vem com graça me presentear com a sua companhia.
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A noite embala o coração, O teu nome soa como uma canção, Te trago tatuado no peito, Você é meu, não tem mais jeito.
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Esse amor que não se encerra nas PALAVRAS, Carregamos no pensamento, O amor vai valsando e contagiando os mais discretos sentidos-secretos.
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É chegado o tempo do amor, Do amor assimétrico, Do amor florido, Do amor que compõe verso, Que vai além das linhas e do que é estético.
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O amor é infinito, sublime e incansável. Ele enxerga na escuridão e se alimenta de devoção.
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E quando reparares que eu existo em teu peito, Será chegada a sagração da primavera, E a quimera derrotada.
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Quem vive de amor infinito, Traz no peito uma constelação, Sorri para as dificuldades, Faz dos pequenos momentos uma grande celebração...
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O amor que carrego protegido na fortaleza do coração - está bem protegido pelas flores de mim. De todos os amores que tive, o teu é sem fim...
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O teu coração reconhecerá que o amor quando for amor de verdade, virá acompanhado de paz plena e de singelo contentamento - felicidade.
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A alma poética é feliz com todos os amores... Ela vive de contentamento com os amores que embelezam o mundo - plenitude.
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Doce aparição amorosa, A minh'alma serena o teu nome, O amor brota no jardim na forma de um poema cor-de-rosa._doce reverberação.
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O destino te trouxe para mim, O meu coração se derrama por teus mistérios, Viver sem teu amor é lira sem fim, Mas um dia você virá para mim.
...
A saudade é para o poeta um convite repleto de sutileza, Ela surge sempre para dizer ao poeta que é preciso viver a tua ausência com beleza.
No fim, tudo é poesia. Sol-te, fica. Parte, arte. Sala abandonada não está vazia. Liberdade não faz descarte. Toda morte faz algo viver. Toda força abraça o doer. Nada nunca realmente se vai. Só voa quem ninho não trai. Dar a volta por cima é saber voltar aos entornos. As cinzas explicam madeiras ou madeiras explicam as cinzas? Todo estudo merece retornos. Trânsito ou árvore? Razão ou emoção? Murchar ou brotar? Pra quê divisão? Na lateral, um ajuda o outro a florescer. Depender é também ser independente. No comercial, esqueceram de dizer. Crescer é também não seguir em frente. Entre ter tanto e ter (n)ão, só depende de viver sentindo. Olha por outra angulação? Tem mais um olho em estar r(indo).
(Vanessa Brunt)
Frases, textos e citações by Josy Maria
Dia Nacional do Café - 24 de maio
Café é poesia que se bebe. É o contentamento do cansaço. É o júbilo do paladar. Muitas coisas se amenizam com uma xícara de café. Ele é como um abraço quente nas manhãs frias, se bem que, para mim, não tem hora certa para um bom café. Ele vai bem com tudo. O café tem licença poética: Ele transforma a rotina em arte, faz da pausa um momento de contemplação e dá às manhãs um toque de magia. Hoje, mais do que nunca, precisamos dessas pequenas grandes coisas que nos trazem conforto e alegria. Porque, no fim das contas, o café é isso: uma arte líquida, uma dança de sabores e aromas que nos envolvem e nos transportam para um lugar onde a vida é um pouco mais doce, um pouco mais leve, um pouco mais cheia de poesia.
Por isso, que hoje, nós, amantes do café, celebremos este dia e brindemos com uma boa xícara de café!
Josy Maria
Não Invento!
Não invento Poesia,
A minha Vida é feita dela!
Há dias em que a escrevo com lágrimas,
Há dias em que a pinto numa tela...
Não, não invento Poesia,
A minha Vida vive nela!
Há dias em que a escrevo com sorrisos,
Usando os raios de Sol,
Que batem na minha janela...
Não, invento Poesia,
A minha Vida acorda com ela...
Há dias em que a escrevo com a Saudade,
Do tempo em que colhia Macela.
Não, não invento Poesia,
Ando de mão dada com ela,
Sempre com a Alma em transe,
Andando de ruela em ruela...
Não, invento Poesia,
A minha Vida é extasiada por ela,
Seja dia, seja noite
lusco-fusco, ou boreal,
Eu moro nos braços dela.
Não, não invento Poesia,
A minha Vida nasceu dela,
Nasceu do Amor de Meus Pais,
A Poesia de Amor mais Bela!
"Quando minha Alma se Cansa,
Dos desatinos da Solidão,
Entrega-se á Poesia,
E Compactua com a Dança...
Entre suaves suspiros, Canta!
O Meu Corpo Rodopia, Balança...
Nos passos da contradança,
E vai-se elevando a Magia...
Que me enche o Coração.
Na Valsa feita de Vida
Na Valsa tornada Canção!"
Epifania
Uma poesia soava
Um cântico se ouvia
A cada nota, uma explosão de sons, numa perfeita harmonia.
Seu corpo é a partitura mais perfeita já escrita por Deus.
De todos os sons criados por Deus, sua voz é a mais pura melodia.
Seus passos é como a batuta do maestro, guiando todos os instrumentos
Não há valsa mais graciosa que seus mais puros sorrisos, que me leva a flertar com o amor.
És a epifania.
A cada compasso desta valsa, meu coração dança como o passo mais gracioso de uma bailarina.
Apesar de tentar nega-la
a poesia continua...
Sim, mesmo com a falta de amor
e reciprocidade.
Ainda há exemplos poéticos
no cotidiano dos dias.
O poeta é o poema.
É a empatia que verbaliza.
Poesia que nasceu para ser dita,
não escrita.
Imagina se alguém imita?
E reproduz essa beleza contida?
De povo prosaico seriamos
poesia.
Por isso
mesmo ante a tanta
violência ao menor sinal de empatia.
Poesia.
E poetas.
E poemas,
quem diria!
Há sim
miopias,
mas enquanto houver
homens de palavra
e dispostos a encarnar
o verbo dos dias,
haverá ainda toda esperança
contida no olhar de criança
e de uma poesia.
Haverá voz.
Haverá revolta,
haverá justiça,
Haverá mais um dia.
Na sombra da tua poesia, eu me perco,
Entre os versos teus, encontro o meu caminho.
Tuas palavras, como um sussurro, são um cerco,
No silêncio da noite, fazem-se carinho.
Recordo ainda o que lia, com fervor,
Cada estrofe tua, uma nova descoberta.
Teu poema, um espelho de amor,
Reflete em mim, alma aberta.
Versos que fizeste, ecoam no peito,
São melodias de um coração pulsante.
E eu, humilde poeta, aceito,
Teu convite a este enlace vibrante.
O que achei dos teus versos? São estrelas,
A brilhar no infinito da minha mente.
São chamas que se erguem, a aquecê-las,
Minhas noites de sonho, tão contentes.
Respondo-te assim, em rima e canção,
Grato por cada palavra que me ofertaste.
Nos teus versos, encontro a direção,
E na poesia, nosso laço, eternizaste.
Em certo dia, quando eu escrevi uma poesia, embora apaixonado, eu estava tratando da grande dificuldade que eu tinha e tive na vida de me entregar plenamente a uma pessoa.
Lembro-me
quando eu a escrevi.
Eu fiz essa coisa mais triste que eu já escrevi.
Entre as linhas, a dor que me acompanha,
Um desejo latente de um amor pleno,
Mas o medo, uma sombra constante,
Impede-me de me entregar por inteiro.
As palavras ecoam no papel,
Como um grito sufocado de anseio,
Sonhos de uma entrega total,
Reprimidos por um coração receoso.
Cada verso, uma lágrima disfarçada,
Cada estrofe, um lamento silencioso,
A poesia, um reflexo da alma ferida,
Ansiando por um amor que não conhece limites.
Escrevo com a esperança de um dia
Poder viver o que minha caneta descreve,
Um desejo transformado em realidade,
Um amor que me permita ser vulnerável e livre.
Até lá, continuo a compor
Minhas tristes melodias de saudade,
Na espera de que a poesia,
Um dia, deixe de ser um desejo,
E se torne a minha verdade.
No silêncio das noites e no brilho do dia,
Eu sou sempre o poeta, nunca a poesia.
Sou aquele que molda com palavras e traços,
Mas nunca o que sente os efêmeros abraços.
Sou sempre o que escreve as cartas, com fervor,
Nunca o que as recebe, carregadas de amor.
Em cada linha traçada, uma parte de mim,
Mas nunca sou alvo do destino, enfim.
Nos detalhes da vida, sou atento vigia,
Sempre reparo, mas não sou observado.
Como um pintor que desenha com maestria,
Mas nunca sou tela, nunca sou retratado.
Sou sempre o artista, com alma e emoção,
Mas nunca a inspiração, a centelha, a canção.
Vivo nas sombras do que crio, do que faço,
Mas nunca sou luz, sou apenas o espaço.
Assim sigo meu caminho, com versos e cores,
Carregando em mim os sonhos e as dores.
Sou o eterno poeta, que do mundo se alheia,
Na busca incessante de ser, e não só ideia.
Metade de mim em uma só poesia e conexão
Eu tô carente desse amor que me liberta,
Que me deixa leve, feito brisa na janela,
Tô carente dos teus olhos, abismos de melancolia,
E desse sorriso branco, feito neve que acaricia.
Eu tô carente do teu olhar que despedaça,
Dessa boca quente que reverte o vazio em vida,
Tô com saudade da tua face, a mais linda tela,
Me pedindo: Fica, só mais um segundo, na espera.
Tô tão carente, feito um prisioneiro sem grades,
Com vontade de desafiar o mundo, em suas duras fases,
Ser pra sempre o guia, o farol do teu coração,
Sou a metade de um amor que vibra, uma eterna canção.
Sem você, a solidão me devora,
Sem você, sou menos que a metade,
Uma alma perdida, num mar sem maré,
Vagando na saudade, esperando teu "volta, amor, vem cá".
É ...se eu transformo tudo em poesia, é porque aprendi a viver após o caos assim. Aprendi a dar voz a minha alma pelos poemas que oscilam discretos e inquietos.
Aprendi a chorar pela beleza das palavras profundas e simples.
Aprendi a amar, a sobreviver, a insistir.
Os poemas são meu grito de resistência, de desistência, de inércia, de ebulição!
Os poemas...
Eu os sou!
SONHO POÉTICO
A poesia possui corpo físico. Sente dor, alegria e tristeza.
Sobretudo é sentimento que freme.
Qualquer um pode escrever um poema porque isso é expressão de sentimento, intrínseco a qualquer ente. Quando adolescente toda mocinha, todo rapaz, guarda em seu diarinho algumas frases de amor, rebeldia e desilusão.
Embora mais tarde quando as encontra-las, quase esquecidas, amasse em bolinha e descarte. Ou talvez alguns guarde-as consigo para a posteridade. Mas a vida contemporânea nos torna produtos comercial. E isso nos desalenta da produção literária, quase que involuntariamente. Pois quando somos rotulados “responsáveis, racionais”, partimos em busca dos bens frívolos na intenção de uma suposta aceitação social.
- A poesia em sua essência, não!
- Essa subverte...
Porque a arte por si só não permite negócio.
Ela possui a magia de oferecer sentimentos e sentido às coisas.
Já dizia o poeta Leminski o ato de escrever
A linguagem da poesia é um ambiente de santidade.
De tal maneira a fazer aplacar ou indignar o sonho poético.
Eu estou muito cansado da vileza de tudo que não é natureza.
Porque a natureza é a representação da arte.
E a arte materialização do Deus imanente.
Nem mesmo a vasão dessa solidão que carrego sobre os ombros me alenta.
A potência e fragilidade da vida, o nada que a gente representa diante disso.
- A humildade diante de nossa condição frágil
- De nosso próprio espirito imperfeito assusta
- E com a prudência do sábio
Me refugiu na santidade da poesia como essência da vida.