Poemas Sombrios
Fagulhas da fogueira de vaidades,
sobre as sombras do amor,
a afronta se doma na libertinagem
sonsa alma na pandemia
se torna se translucida
na fome a ânsia de viver...
até insanidade se tornar irreal,
simples singularidade altiva
sobre o clássico tom de cinza...
oportunidade explicita,
boa companhia que transpõem
o gosto da tua carne...
fruto do maior do doce viver...
transe momentâneo...
expressa se o amanhecer,
nas magoas apenas o calor do corpo,
suor que se da com o amor.
O que somos no dever do desastre,
alucinações de uma vida perfeita,
nas sombras a perfeição do desejo
fardo da morte purificação,
se existe tem um fim...
nos mare sem fim os acordes da humanidade,
sobre essa a infame fruto do desacordo
límpido ar na amargura,
de fato os amplos fatos torna se tornados
na singularidade da incompreensão
os caminhos da escuridão,
o clássico do caminho da luz para exclamamento,
o final do firmamento...
A noite é o amor,
diante a madrugada há paixão,
notando a vejo como anjo nas sombras
anjos cantam no clima a luz te ama...
virtuosa e abrangente nos da vida
e transcende no além que queremos existir...
MINHA RUA (soneto)
Das tuas sombras dos oitis a saudade ficou
És a rua do príncipe dos poetas, laranjeiras
Coelho Neto, onde sonhei de mil maneiras
E alegre por ti minha felicidade caminhou
Das tuas pedras portuguesas, o belo, cabeiras
Ao chegar de minas só fascinação me criou
Se triste em ti andei também o jubilo aportou
Me viu ser, indo vindo emoções verdadeiras
Em tuas calçadas a minha poesia derramou
Criando quimeras, quimeras tais derradeiras
Da Ipiranga a Pinheiro Machado o tempo passou
Em ti a amizade os vizinhos em nada mudou
Carrego tua lembrança, lembranças inteiras
Rua da minha vida, estória comigo onde estou...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro, 16 de 2017
Cerrado goiano
ao dia 16 de fevereiro 1976,
quando chegamos ao Rio de Janeiro...
SONETO AMEDRONTADO
O medo amedrontado está em mim
Poetando sombras de uma tristura
É um vazio cheio duma vil amargura
Num silêncio: mudo, surdo, sem fim
E neste vácuo sem a essencial figura
Entrajam faltos ornados de serafim
Dum temor com seu satírico festim
Assestando o poetar na ossatura
Então, do medo se alimenta, assim,
Cada vez mais tétrico fica, e procura
Um tal arrimo, sem doçura, carmim
E a ousadia onde fica? E a ternura?
Se o medo no medo, é trampolim!
E o fado sem medo, é vã ventura...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
_Nas sombras revelas a derradeira alma_
_O somos e vivemos faz parte do destino_
para mais ou menos vivemos.
existimos num paradoxo qualquer.
ainda assim existimos,
na flor do esquecimento somos poeira,
para tantos do pó para o pó...
o amar por amar é o veneno da alma...
nas sombras as sobras do amor...
derradeiro sonho de amar...
por amar o amor que é vivido por um momento...
sob presente ausente obras do destino.
Anjos
Quem conhece as histórias de anjos
Não vê o que há por trás
As sombras
As mentiras
O quê não é contado
Sumidouro
No espaço quebrado do tempo
que se apaga lentamente
Sem sombras de dúvida
ao que devorar
ferozmente
Desmente
mitificando sem voz
todo traço de certezas
absoluta fraqueza
equívoc(ação)
Suga às tripas o mundo
universo
suas luzes ligeiras
passageiras
no trono do tempo, imperando
solidificando abstratos pedaços
traçados tortos caminhos à serpentear
no escuro vazio da inexistência insistente
que resta
que sobra
linha reta
que dobra
o sopro voraz
Nas sombras
Entre vaidades, o narcisismo,
Entre prazeres tão passageiros quanto o trem bala, o futuro sem chão,
de fato a o vazio e a existência apagada.
Teatro de sombras
Tarde angustiante
Vento sorrateiro,
Quarto fechado
Espelhos iluminados.
Frio.
Vestiu-se com apuro.
Preto e prata.
Amoras colorindo a boca.
Amores secretos.
Silêncio
Brincos aprumados,
Nos dedos anéis engessados.
Gritos no estômago,
Alarde de afetos famintos.
Palavras alteradas,
Olhares esvaídos
Pulseiras.
Encanto nos aros,
Apegos secretos aprisionando o calo.
No pulso
Compasso
O sufoco de um bandorion afogado.
Passos acre.
A calúnia dos dias.
Edificação de inverdades
Aperfeiçoamento embebedado de ternura.
Marcha e ditado.
Guerra.
Mortos.
Feridos.
Fuga
Escoamento.
No luto,
A rua,
O mundo,
A diversidade,
O conceito,
A lâmina da integridade.
Palco.
Episódio
Enfeitado de sombras.
Marionetes e palavras.
Malabaristas equilibrando sonhos.
Frases perfumadas com cardamomo.
Formato e bastidores.
Escrita
Lacrimejado em letras
Literatura,
Teatro do amar
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
Em lampejos me recordo
sombras de noites viradas
um sorriso acalorado
colhendo sinceras risadas.
Contra a maré de paradigmas
um encontro breve e intenso
depois de um relativo tempo
me sinto um tanto ainda tenso.
Ela abordava alguns assuntos,
mas eu ainda não entendia...
Com certeza um outro mundo
e hoje vejo o que eu perdia.
Infeliz de ter encontrado
justamente naquele tempo
com meu ser despedaçado
tempos difíceis, lamento.
Mas eu realmente agradeço
eu carecia dessa amarga dor
a consciência me acompanha
lhe pintarei com muita cor!
LIVRO DE SEGREDOS
Vilma Oliveira
Esse livro é de sombras e claridade
Fala do riso, da dor e de toda emoção,
Fala da lágrima, do amor e da saudade,
Da luz eterna a iluminar a escuridão!
Esse livro é de ilusão e desventura
Fala de sonhos, de cor e eternidade,
Fala da vida, da morte e da amargura,
Da flor das horas a verter piedade!
Fala de mim a buscar-te na primavera,
Fala do tempo e dessa longa espera,
A qual tenho que vivê-la inutilmente;
Fala de ti a surgir além do cansaço,
Dos beijos que não dei e dos abraços,
Que não tivemos consequentemente!
A noite absorta em súbita alegria
Jóvem e audáz criatura da era
Negreada de sombras animada se via
Naquele folguedo cavava crateras
Em todos planetas e jogava pra cima
Espaços empoeirados sem proporções
Lufadas passavam estavam no clima
Poeira empolgada se fez constelações.
Custei acreditar
Que aquele amor
Um dia se acabaria
Por vales e sombras
Caminhamos juntos
Mas quis o destino que nossos corpos
se afastassem
Você navegou nas lágrimas de meus prantos
Naufragou em minhas tempestades melancólicas
Remou contra os gritos de amor
E no final o seu barco de despedida bateu contra o meu coração de gelo
Se afogou nas minhas súplicas de desespero.
Boa Noite!
Aquiete seu coração, descanse nos braços das sombras noturnas. De nada tenha receio, esqueça os problemas lá fora e procure despertar em sua mente apenas bons pensamentos. Faça uma pequena oração e entregue seu corpo ao sono. Enquanto isso os sonhos chegarão e acalentarão seus momentos.
As horas passarão e pela manhã o sol lhe dará "bom dia" e a vida se renovará em esperança.
Sem sombras para que acompanha minha vida até no meu túmulo.
Desde que cheguei neste mundo não tenho nada que posso dizer que é meu, e isso entristecem qualquer pessoa, fazendo a vida não ser empolgante.
Mas eu encontrei o que posso dizer que vou levar para vida toda, que é a solidão.
Só ela pode ser real e acostume com sua presença, a sua existência faz suporta a minha existência miserável.
Meus sentimentos rasgam meu peito...
Nas sombras clamo por seu desejo...
Perdido num abismo platônico de ira e ódio.
Transcrição de amar o próximo até que enfim esteja morto...
Nada se condiz a contemplação...
O poder que está nas profundezas enterrado...
Ainda afronta com declaração de insanidade,
Se senti feliz por tantas atrocidades.
Nosso país é pouco mais triste por cada um que deixou essa vida...
Nada que indague se visto com bons olhos.
Os dias que viram lhe mostrará todos morremos um pouco.
Nada importa que dizer...
Apenas continuamos a vida.
"Fé, confiança no Mais Alto e esperança sempre! Que nada se perca apesar das sombras, e apesar das lágrimas.
Jesus, nosso exemplo maior, viveu semeando alegria e fé nos corações, e sabia que iria morrer na cruz!...
Não temos estofo para uma missão tão alta, talvez nossa missão se resuma a uma pequena tarefa num canto qualquer do Planeta, mas mesmo sendo pouco, mesmo sendo quase nada, quando o Mestre chamar, façamos o nosso melhor!
Assim procedendo, no lugar onde estivermos, mesmo fazendo o mínimo ou até tentando o impossível, Jesus estará conosco.
É assim que Ele prossegue trabalhando pela Terra: através de cada um de nós que respondeu ao seu chamado e que, confiando Nele, foi trabalhar com alegria também.
(Instituto André Luiz)
multiplicam-se sombras
ténue pestilência
sigilo absoluto
infestam mudas
o chão
a parede
o tecto
e a alma
à luz da noite
brotam
impetuosas
precipitando a diáspora
do corpo humano.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "infestação")