Poemas Entardecer
O céu deste
entardecer
parece até
um chiffon
multicor
esvoaçante,
E como um
beijo a noite
no cânion
nos deixou
perto de Órion;
Não sei se
é imaginação
minha ou
se foi a Lua:
Algo vem
me dizendo
que és meu,
e eu sou tua.
Neste peito
que é oásis
e paragem
romântica,
a existência
do teu amor
vem sendo
uma miragem.
Rodeio no entardecer
Rodeio no entardecer
sobre o Médio Vale do Itajaí
seja em tardes nubladas
ou multicoloridas
Tem si a poesia de ser
terra de Santa Catarina.
Rodeio no entardecer
sinfônico da passarada
ou pedra m silêncio
me leva com toda calma
de volta para casa
e a olhar para dentro.
Rodeio no entardecer
enluarada ou não
sempre surpreende
e convida quem sabe
cantar ou ouvir uma canção.
(Porque aqui o importante
é ter paz no coração).
Rodeio Coroada
O entardecer enfeita
Rodeio com a sua
coroa de ouro a altura
devotando toda a ternura.
Os laços de afeto entre
ancestralidade
e a brasilidade
escrevem a História
da nossa cidade.
O poema dança solto
com malemolência
pelo Médio Vale do Itajaí
e a linha deu por reverência.
Decretando que nada
e ninguém terá poder
sobre a nossa paz,
porque todos nós
amamos aqui demais.
Rodeio na Época dos Namorados
Um bonito entardecer dourado
beija o Médio Vale do Itajaí
das minhas expectativas
onde cultivo as minhas poesias.
Em Rodeio na época dos Namorados,
eu sou a tal poetisa de uma espera sem hora e sem data marcadas
para comigo se enlaçar na vida.
O Pico do Montanhão não me deixa
nunca desistir e sem faz com que eu
não perca o hábito de me inspirar
e estar sempre pronta para vivenciar.
Assim vou escrevendo sobre a espera
num mundo que boicota o tempo
todo o romantismo de quem
vive um amor querendo esperar,
nada vai me fazer desistir
de querer o teu amor para amar.
Bererés alegram
o entardecer,
Tenho escrito poemas
para te derreter,
Um dia sobre tudo
isso você irá saber.
O entardecer multicor
do Médio Vale do Itajaí
aqui em Rodeio dançando
com o luar de antanho,
E eu continuo buscando
continuar rimando
na correnteza com
apenas um par de remos
no rio profundo
da minha mente poética infinitamente: (o)remos.
Ao final de cada dia temos mais uma prova de que a mão do Senhor nos sustentou, nos guiou e nos deu muitas vitórias.
Obrigada, Senhor, por cada etapa que temos o privilégio de concluir. Prepara a nossa segunda-feira, que ela venha recheada de surpresas e muitas bênçãos.
Você verá a bênção de Deus.
O dia que você olhar para o horizonte
e contemplar o amanhecer, o entardecer e o anoitecer.
Às vezes eu abro a janela e a paisagem me toca.
Um instante para a contemplação do belo!
Um instante para ficar a sós com a natureza...
Um instante para uma maior intimidade com Deus
Admirar o entardecer é aproximar-se do Criador
A tarde cai. O sol se põe.
Cenário envolvente
Espetáculo indescritível...
Mais um dia que termina.
Mais uma volta completa da terra...
Confusão de sentimentos
Melancolia...paz...
silêncio que cala fundo na alma.
É tudo muito rápido!
O sol que se vai
A escuridão que desce
Amanhã tudo estará novamente preparado
Para que o espetáculo se repita
Ande, venha ver o sol poente!
__________Rotinas
A luz do dia Chegou, faz tempo!
As portas e janelas ainda fechadas
Guardam um friozinho grudado nas paredes.
Fim de inverno.
Isso dá saudade!
Ufa! É o só o tempo de espantar a preguiça
E entrar no banho para despertar.
Passar uma minúscula gota de perfume
Ah! Não dá para esquecer...
Tomar um delicioso café da manhã
e energizar-se
Totalmente.
Então, o dia vai indo com o sol.
E se a gente não correr
Perde a hora, perde o 'trem'.
E nem vê o entardecer chegar.
O trabalho toma conta da gente!
Cruzes! É preciso dar corda nos pés
Porque, logo, logo, a noite já vem.
Ainda bem que sempre existe um amor
Que fica esperando a gente chegar.
Rotinas...
É tudo de bom!
_______DelzaMarques
Linda é a poesia que Deus escreve em cada detalhe do pôr do dia ! Feliz é quem tem a serenidade na alma para poder sentir a harmonia em cada verso do entardecer.
Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/06/2021 - Araguari, MG
DENTRO DA TARDE
A tarde seca e fria, de maio, do cerrado
Cheia de melancolia, deita o fim do dia
Sobre cabelos de fogo tão encarnado
Do horizonte, numa impetuosa poesia
A tarde seca e fria, de maio, do cerrado
O mistério, o silêncio partido pelo vento
No seu recolhimento de um entardecer
Sonolento no enturvar que desce lento
Do céu imenso, aveludado a esbater
No entardecer, seco, frio e, sedento
Perfumado de cheiro e encantamento
Numa carícia afogueada e de desejo
Seca e fria, a tarde, tal um sacramento
Se põe numa cadência de um realejo
Numa unção de vida, farto de portento
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
Atarantadas as minhas meninas.
Carrapatos miúdos
e mosquinhas do chifre
lhes sugando sangue dia-e-noite.
Fui lá socorrê-las: apliquei do injetável
e, também, um mosquicida 'pour-on'.
É bom vê-las sem abanações
de cabeças e rabos.
Sem inquietudes: pacíficas, dengosas,
lá na vargem da Vertentinha.
Me demorei um tanto.
Mas é da lida,
é a vida...
Voltei pra casa respirando
o hálito perfumado
da boca da noite.
"Será que é tão ruim assim
Ver a vida como um jardim
Carregada de flores perfumadas
De encanto sem fim?
Há espinhos também
Em algum amanhecer
Mas o que seria das flores
Sem os espinhos as lhes proteger?
E o que seria da vida
Sem sorrisos ao entardecer"
. Passos (Genelucia Dalpiaz)
Passos que vão ao longe
quase perto do infinito
sempre a procura de um lugar
mais aberto mais bonito.
Tentando sempre alcançar
a linha do horizonte
mas nunca vai lá chegar
é tão longe, tão distante.
O lugar que se quer chegar
não se sabe ao certo
mas continua a caminhar
pois pode estar perto.
Um lugar o sol possa brilhar
sem da humanidade se envergonhar
sem mortes, sem guerras, sem destruição
onde tudo funcione com o coração.
Um lugar onde haja fraternidade
um ajude o outro
onde exista muita igualdade
e tudo seja somente bondade.
Onde as rosas possam florescer
sem nada para perturbá-las
que seja novo cada entardecer
e belo cada amanhecer..
Espreitar
Quando
no caminho
à sombra do silêncio
o sol se deitar...
Faz sentido a casa voltar!
-- josecerejeirafontes
Por entre a sombra do bambuzal
Vazam os derradeiros raios de sol
O lago vai sombreando
Os pássaros recolhem-se
O dia se acaba de forma tranquila
Vento calmo de chuva que vem
Certamente, pelos clarões ao longe
Cheiro de umidade
Traz boas lembranças
De quando se era criança
Pingos no teto
Canção de ninar
Acalma a alma
Facilita respirar
Abrigado então
Fecho os meus olhos
Vejo as folhas, as flores
Acenando à criança
Que sorri ao passar
Responde o adeus
Retornando ao lar
Na face o sorriso
Mais sincero
Sorte a minha
Presenciar
Cai a tarde azul calma e fria
trazendo um quê de tristeza
e também de nostalgia
no toque da brisa suave
que também tem sua beleza
Nos traz reminiscências
do cantar da Ave Maria
by edite/2016
Novembrosas
Desce o poente entardecido por novembrosas precipitações.
E impotente se afiguram as palavras benfazejas que renovam a esperança
ao aterrado desconsolo de minh’alma desarmada, desamada, talvez.
Queira morrer-me um pouco mais por esta noite,
absorto em fantasmagorias da religião.
Se em tua taça houver um pouco mais que amargor,
oferece-a à insaciedade de minha sede.
Abranda a secura que me aflige.
E, incauto, vem tragar minha paixão
no poente infindo em que vivi.