Pétalas
Te dei olhares
Sorrisos,
Te joguei pétalas
Te cantei em sonhos !
Te dei parte de mim
A melhor parte
Te entreguei em versos
Te mandei flores.
Te falei dos rios
Te falei de amores
Divididos, proibidos...
Te contei de dores
Dividi lembranças
Saudades,
E por fim
Toquei teus olhos
Magoei teu riso.
E bateu a dor
E bateu o medo
E perdi o rumo
E guardei segredos !
31/07/2017
A flor me encanta pela simplicidade de suas pétalas, pela harmonia de suas cores e pela fragrância que apaixona a todos que se aproximam dela.
[Trecho de Chove lá fora.]
Entrei numa floricultura e vi muitas folhas caídas, hastes mutiladas, pétalas descartadas, tesouras e alicates por todo o lado. Na verdade, aquele lugar era um açougue de rosas.
Estação do amor
O amor não regado morre.
Amor flor, se não cuidada, desfolha...
Pétalas se espalham ao vento.
Estações mudam
Céu da boca não se vê estrelas
Sol resseca lembranças
Chuvas de lágrimas formam enchentes
Tempestades invadem a mente...
Mas a esperança primaveril
Prevalece... Serena, pensativa, reflexiva,
a espera do tempo certo...
Tempo de fertilizar corações
Para se permitir florir
Em essência
E completude do
verdadeiro amor.
O que antes eram delicadas e coloridas flores,
hoje são "pétalas aladas" pairando ao vento...
Sabe-se lá aonde, exauridas e quase mortas, pousarão
e, onde terão seu derradeiro fim...
Cika Parolin
Os Vivos são adornadas flores levantadas; os Mortos simples pétalas caídas!
© 15 agosto 2002 | Luís Filipe Ribães Monteiro
Ofereceram-me uma flor e os meus olhos abriram-se para ela quando ela abriu as suas pétalas e sorriu para mim.
Pétalas
Hoje pétalas caíram do céu,
Nas mais variadas cores,
No trajeto formavam um véu,
Expelido pelos vapores.
Em cada pétala uma tonalidade,
Mas entre tantas uma se fez especial,
Por vir representando a amizade,
Da poetisa Eloisa Carvalhal.
Pessoa querida e maravilhosa,
Sempre nos oferecendo cortezia,
Com alguns minutos de prosa,
Ou simplesmente com a poesia.
Com fortes traços na rima fina,
Referenciando o seu passado,
Relembrando os tempos de menina,
Vividos ao lado de seu amado.
Mulher coberta de vaidades,
Desfrutando de suas riquezas,
Hoje desfila entre as beldades,
De suas mais lindas princesas.
São bens que poucos conhecem,
Por não terem a oportunidade,
Acredito que muitos merecem,
Conhecer a verdadeira amizade.
Sinto as vezes saudade,
Daquela prosa pedida,
Mas tenho a felicidade,
De chamar de minha amiga querida.
Du’Art 07 / 04 / 2017
Era um mar de rosas, violetas, jasmins.
Mergulhávamos sobre pétalas, o perfume do primeiro amor.
Mas a correnteza corre e todo o cheio se dissolve.
Deságuam as rosas sobre as cachoeiras.
Então sob as pétalas, no caule, os espinhos.
Os meus espinhos, os seus espinhos.
Qualquer aproximação brusca, machucávamos um o outro.
O espinho é a defesa da rosa, como o orgulho e vaidade na gente.
Espinhos sobre espinhos e todos já estavam feridos.
Feridos, sem lembrar bem do que houve, só o peso do ódio, do mal humor.
Tentamos nos aproximar pouco a pouco
Era quase um estudo anatômico.
Cutucávamos as cicatrizes. Doía.
Eu cutucava suas feridas ferozmente,
queria chegar à raiz, à verdadeira natureza de si.
Não podíamos remover o passado,
mas remoíamos paulatinamente.