Intensidade em que ela Dura
A nossa busca reflete o grau da nossa necessidade. Eu preciso buscar na mesma proporção que necessito.
Alguém disse que... O bom de querer um artista é que eles são intensos, são quentes, querem para agora; Eles sentem muito. Sentimos muito, mais do que podemos disfarçar ou daquilo que temos que representar ser. É tudo para agora e tudo muito intenso! Quente, bem feito, com a alma e ‘faz a hora’! Sorte dos que já estiveram do lado, parabéns para os que já provaram, e mais sorte ainda dos que permanecerão... (27/04/2017)
Ali, onde não deste bola,
Estavam todas as respostas,
Inteiras, ocultas, expostas,
Perceptivas a quem entrasse de sola.
Minhas prioridades, são diferentes da sua. Afinal prioridade, é uma questao de opção, uma escolha.Em um momento de nossas vidas, as escolhas foram semelhante, mais não com a mesma intensidade.
O amor é relativo ... Possui várias interpretações e nuances.
As vezes está tão perto e sequer enxergamos, mas ... se não enxergamos é porque não o queremos como está!
O amor pode ser apenas poesia!
Porém, o que vivemos em busca, ou no dia a dia é muito mais intenso e profundo!
É um amor que quase não rima com poesia, mas que vem com toda intensidade!
(…) E, no fim, o íntegro se desculpa
E o assassino faz vitória
Porque dizem que liberdade é solidão
E cara de choro é vexatória.
Força de dentro vira nada
Esquecem que ela vem da maior fraqueza
Mas eles dizem que faca nas costas
É pura falta de destreza.
Então,
Desculpe-me, mas não posso ficar.
Galileu foi louco
Einstein foi burro
E eu sou o drama desnecessário.
Desculpe-me, mas não posso ficar.
O traído é caçoado
O traidor é aclamado
E eu sou a culpa desse falsário.
Desculpe-me
Desculpe-me!
Mas eu, realmente, não posso ficar!
Eu ponho exclamação em todas as coisas
Porque todo o resto, é banalizar.
Desculpe-me
Perdão!
Eu não sei lidar com este mundo!
Não posso ficar calma
Porque tudo o que sei
É ficar
Fundo.
Se tendo a ser intenso, penso. Se tendo à compaixão, comparo a mim. Gosto de viver, fluir o rio do tempo, deixar transparecer. Como mortal, almejo a felicidade no mais íntimo do meu âmago e também na sua plenitude reluzente, que me transborde mas que nunca me deixe faltar em mim. À mim, minha liberdade, minha dor, meu mistério.
Queres me entender? Estou estampado nos contos de Paulo Coelho, eu sou a dor que Clarice transpassa, guio o mistério como feito nos poemas de Carlos Drummond de Andrade. Sou tudo ou nada, meio termo não faz sentido.
Eu sou o fogo, apraz dessa dor / labareda / te atraio, assim como a mariposa, que pousa no decesso.
(...)
E para o amante, uma dica: O perigo me compete. Desfruto e contemplo a tormenta. E a faço.
Parece impossível encontrar alguém que tenha os parâmetros que eu busco, e ao mesmo tempo é tão egocentrismo atribuir parâmetros. Mas é que não saberia viver com alguém sem intensidade, intensidade nas conversas, na música, no olhar, no abraço, no beijo, ... A intensidade é o que me dá energia, é o que me faz diferenciar cada dia, porque cada dia é único. E além de toda essa intensidade, ser alguém que não prenda minha liberdade, porque ela não é uma ameaça, ela é a chave da minha alma. Ser livre é não se limitar aos padrões de outro, é ser você por você.
Há de existir, no bater das asas de uma borboleta, qualquer coisa que de tão belo não se explica, qualquer coisa de fragilidade e leveza, qualquer coisa de imprevisível e incompreensível.
Um bater de asas do outro lado do mundo pode mudar os caminhos que definem a sua vida em um sentido ou outro.
Viver é flertar com o caos, é dançar com as possibilidades, é se jogar de cabeça e sentir tudo intensamente, ou se conter e nunca saber como seria, é como querer e se esquivar ao mesmo tempo. Cada decisão que tomamos compreende um universo novo, habitado pelas consequências dos nossos atos, e pelo mal-estar, que ninguém quer, mas é necessário e estruturante.
A inexorável beleza do tempo entre as coisas e a fugacidade da vida é como um bater de asas, talvez esse seja o motivo de existir tanta beleza nas asas de uma borboleta.
Ela me beijava intensamente e eu retribuía radicalmente de uma forma estratosfericamente ardente. Nossa química era álcool e fogo, explosão intensa que deixava nosso corpo em chamas e o quarto em graus elevados de calor.
Ela é despida de preconceitos, orgulho e maldade, por isso vive o que ama tão intensamente que não lhe sobra tempo pra cuidar do que não é seu.