Fundo
"O que são gotas de chuva, para quem já esteve no fundo do poço?
Era pintura, meu sentimento por ti, e o seu, mal era um esboço.
E volto eu, mais uma vez, com minhas palavras, um louco.
Que por ti, já fez de tudo e além do tudo, o mais um pouco.
No teu abraço até encontrei refúgio, mas não encontrei socorro.
Abram-se as cortinas da minha solidão, palmas para ele, meu coração, 'O Tolo'.
A peça que, me prega peça, o tempo todo.
Repito tudo isso, com amarguras, de novo.
As lagrimas da chuva, lavam as águas do meu rosto.
Eu fecho os olhos e é só você que ouço.
Me implorando mais um abraço, um beijo, um consolo.
E nessa corte, eu é quem sou o bobo.
Por crer que, à mim, voltaria com gosto.
Graças à ti, já não existe nem brasa, onde era fogo.
Já abri mão de nós, já não caio no seu jogo.
Espero que seja o fim, do nosso ciclo vicioso.
Rogo à Deus, para que, nunca mais me venha a sede, das águas do seu poço..."
O amor que sinto foi plantado tão fundo que ninguém poderá arrancá-lo, e, se eu viver, estarei condenada a cada dia imaginar quão doce poderia ter sido viver plenamente este sentimento que tive o privilégio de sentir e receber. Ah, seria necessário muito mais do que uma vida para que se esgotasse tanta benquerença. Mas hoje, em que tudo me foi tirado, sinto-me fraca como se a vida se esvaísse de mim junto com cada lágrima que derrubo. Penso que apenas ainda não me fui porque Deus deve achar que necessito sofrer um pouco mais, ou talvez seja aquela migalha de esperança que ainda insiste em me alimentar…
Esperança? Não, a esperança também se foi…
Nada apaga um sorriso que vem do fundo da alma;
Nada derruba a ideia de ter e ser vitorioso,
quando se acredita realmente com fé.
E o desejo de vencer barreira,
nos faz ser forte o suficiente,
para sermos colaboradores de um bem maior.
A solidão, que tanto tememos e no fundo almejamos, quase sempre se torna nossa maior mestra e amiga.
Pra alguns, talvez eu seja só um louco
Afogado nas loucuras desse mundo
No abismo, no fundo do meu ser
Um homem absurdo
A liberdade é aquele respirar fundo que nos limpa a alma e a partir disto vem a nos dizer: as horas são tuas, o dia é teu e o mundo está sob teus pés. Assim, pisa fundo, porém leve ao labor do vento, do tempo, do teu melhor querer bem-fazer.
É carnaval, tempo de alegria
Do sonho e da fantasia
De guardar no fundo do peito
A dor que a gente sente...
Esquecer tudo que tira a paz
Que teima mesmo na canção
Mostrar uma realidade
Que ficará para depois...
Afinal este é o país da alegria
Neste momento a fantasia reina
Trazendo alegrias e descontração.
A relva molhada, um paiero aceso
A paca correndo, o riacho barulhento
O rádio ao fundo toca baixo, o berrante empoeirado
O tédio consome, não sei se aguento
O velho resmunga, o eucalipto balança
O manga-larga trota, a muriçoca rondeia
O lago se remexe, o pinhão já tá no fogo
O guardanapo todo duro, é o luar que me norteia
O pinto avisa, D'Angola cacareja
Daqui eu imagino, como é que seria
Se aquele Preto-Velho ainda
Estivesse na Bahia
Um bom trago na cachaça e já devolvo para a pia
Respiro fundo e olho fixo, para além da cocheira
Um menino se aproxima, de bota e chapéu marrom
Parece até que me conhecia, desde os tempo da trincheira
De longe desconfio, aproximo a espingarda
Traz um santo na mão, com os olhos me pedia
Aqui tem um recado, de alguém que me mandou aqui
Num papel velho e amassado, de alguém que se asfixia
Passa um gato como um tiro, parece que já sabia
A paz que aquele piá, sem querer me trazia
Ô meu pai mas que saudade, esse estradão é muito cruel
Não entendo muito dessas coisa, nem escrevê eu sei direito
O que sei é desse aperto, que deixastes em meu peito
No horizonte vejo mato, um rio fundo e o mesmo céu
As garrafas não dão conta, me afogo diariamente
Qualquer comida que me atrevo, só consigo sentir o fel
Interrompo aquela carta, não consigo prosseguir
Ninguém sabe meus motivo, o que me trouxe até aqui
Sou um chucro fí do mato, criado no sertão
Minhas coisa resolvo assim, me afasto pra refletir
Não sei se certo ou errado,
Mas me puno com a solidão
A Ilusão -
No fundo,
ninguém tem interesse
na cruel realidade
da vida:
a verdade e a mentira.
A ilusão: é ela que nos
resta.
É a fuga momentânea,
o acholimento instantâneo,
a sedação paliativa,
o breve conforto,
a sutil proteção (ainda assim,
tão necessária).
Inevitavelmente,
uma companheira humana
- cúmplice da esperança,
da imaginação e dos sonhos.
Contudo,
cedo ou tarde (no Tempo),
ela também morre.
E a nua e cruel e inevitável
realidade da vida
sempre prevalece.
Acredita?
Eu acho que piorei, venha constantemente mentindo e achando que não, mas no fundo um sentimento grita, um grito que faz com que eu sinta algo mexendo em mim e comigo.
O que poderá ser ?
Para ter anseio pelo futuro
Vemos o passado oriundo;
As vezes sem fundo, mas as vezes com muito;
Mas, o que pensar neste momento,
Uma vez que fico louco de pensar na tal solidão.
O que Será então?
Desde que seja, e me faça feliz
Está bom, não será em vão.
A Miragem
vejo la no fundo onde não posso enxergar;
uma miragem de apreço singelo;
que de certa forma mexe com meu ego;
que me faz suspirar de uma forma jamais pensada;
que me faz rugir de uma forma jamais escutada;
que me faz transcender da terra de uma forma infinita;
isso é o que eu exerço quando começo ver a miragem que há em mim;
não é algo subjetivo no qual no possa ver;
só é algo interativo no qual consigo sentir;
isso é algo que me afeta interinamente, tanto no brilho quanto na escuridão;
é uma forma de eu poder ver aquilo que só sinto.
Tudo passa nessa vida, até um café forte passado na hora, então respira fundo e saia já dessa gaiola os passarinhos cantam e te esperam lá fora...
Estou caindo, caindo
Continuamente estou descendo
Mais fundo e mais fundo
Não estou te vendo
Estou mergulhando na escuridão
Já não tenho mais visão
E o meu coração está desacelerando
Estou perdendo o controle
Estou quase chegando no fim
Meus olhos estão se fechando
Mas queria lhe ver
Apenas mais uma vez
Mas o que vejo é a cor cinza
O que escuto é a voz do silêncio
O que sinto é a morte
Realmente estou sem sorte
E daria tudo para ver seu olhar
Mas agora nos momentos finais
Vejo seu sorriso, sinto seu toque
Mas percebo que é uma alucinação
Tempos de saudade
Algo que nos bate fundo na alma
Secretos túneis que nos recordam um gostar,um amar,aquele carinho que nos faz falta,aquele conforto que nos acomodamos sobre um sofrimento que é reflectido nas nossas emoções.
Saudades quem as não tem.....
Ou possa a vir a ter.....
Saber viver rodeado de caminhos que nos levam ao tal amor ao próximo,e sustentar o nosso interior sobre várias vias até dar a uma o coração.
(Adonis silva)09-2019®