Engolir

Cerca de 876 frases e pensamentos: Engolir

⁠Ando engolindo sentimentos,
E mesmo engolindo cada dia mais,
Mais vazia me sinto!

Inserida por Amora29

Calabouço

Pouco importa o esforço
Se de todas as formas
Sou engolido
Martigado por meus medos...
Se tudo que fito
São miragens
De conflitos,
Das minhas indagações.
E quantas vezes morro
Renasço,
Me perco
Nos mesmos embaraços,
Os becos escuros
Deste coração?
E quantas vezes fugi
Numa loucura infame,
De achar
Que não seria alcançado,
E que em meu peito
Não seria infligida
Tão momentânea segurança?
Sou forçado a me levantar,
Suportar o peso da culpa,
Os fardos da derrota,
Forçado a alimentar minhas dúvidas,
Duvidar das respostas,
Viver minhas inquietações...

Inserida por BUNDLE_TRHASHING

Se o pensar e a poesia
Fosse carne no churrasco,
Tanta gente engoliria
O pitéu, mesmo com asco.

(Carlos de Castro, in Há Um Livro Triste Por Escrever, em 15-06-2024)⁠

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠Há uma diferença entre ser tolerado e ser quisto; ser engolido e ser bem-vindo; ser aturado e ser amado. Esse liminar pode ser representado como uma fenda enorme ou uma linha tênue, dependendo da forma como enxergamos ou queremos enxergar a sua forma. Compreender isso é dar um passo em direção à compreensão de vida.

Inserida por ricaardomf9

E o mar se cobriu e encobriu a minha traição que a noite engoliu junto com o sol que se pôs no horizonte.

O mar que existe em mim lampeja luzes de uma estrela que em meu coração se afagou.

Há mar, luzes, há só marcas na areia onde escrevi seu nome e o mar levou.

Inserida por gnpoesia

⁠Engoli minhas palavras
A sua arrogância, não.
Guardei-as dentro de mim
E pra não engasgar
Soltei-as nos versos

Inserida por ZENILDA2020

Prosa Experimental

'Engolido"

(...)

Vaga a mente numa exaustão profunda e encontra o fim do que parece ser a tolerância, trama o plano de fundo fronteirando o inalcançável, segue o longo, estreito e profundo abismo estendido infinitamente sob o céu escarlate de poeira vermelha vagando com o vento seco levando consigo resquícios de esperança qual clama por seguir adiante e atravessar o desfiladeiro dos cânions abissais que cercam e emparedam-o aos cantos escuros das sombras geladas.
Teme os estrondos longínquos que vagam pela grande vala, das nuvens carregadas em algum lugar a despejar torrentes de águas a escavar e aprofundar valetas no solo que de tão seco não enxarca. Tempestades que ameaçam dar por fim um gole sedento e refrescante engolindo para o fundo dessa garganta todo irrelevante presente, presos, entalados, incapazes de se defenderem do tumultuoso reboliço gélido e embarrado da saliva secular que torna a jorrar dos céus para terra numa faxina destrutiva reiniciadoramente confortável.
O sol lá fora ferve e frita os que vagam num passeio infernal por entre as areias escaldantes e entorpecedoras, passos que levam o ser cada vez mais perto do fim de seus curtos tempos. Enquanto lá em cima desejam o fechar do tempo e o cair da chuva, aqui em baixo só se procura sentir novamente um confortável sopro de vento refrescante. Cansado de olhar para a silhueta das bordas do precipício, vaga procurando por algo caído, folhas, galhos, flores, sementes, qualquer coisa que alimente a esperança desconfiada da remota chance de sair dali, espera que esteja descendo rumo a um lago ou riacho, pelo menos o fim dessas paredes que o engolem mais a cada hora que passa, a cada passo que hora em hora ficam mais insensíveis à caminhada fatídica infindável do vale que engole a todos e digere até mesmo a sanidade.

Restos de carniça, abandonada, esquecida, refugada pelos livres urubus a voar tão alto que daqui parecem moscas no risco de céu que se vê. O derreter paciencioso da carcaça fedorenta vai sendo banqueteada calmamente por vermes lúgubres
habitantes isolados nesta garganta que a tudo abandona
deixa morrer
se findar
acabar
porque ela
final
não possui.
Desprovida de fim serpenteia a eterna víbora por entre o quente e desértico solo, rico em ausências e espaços, imensidões vazias que põe qualquer infeliz vivente à condenação de ser devorado mais pelo tempo que pelos vermes. Vastidão isolada de qualquer presença, tendo o uivar dos ventos no alto das entranhas como companhia, o aguardar paciente das aranhas em seus emaranhados nós tricotados com exímia destreza milenar, calmamente a espera de um inseto qualquer que por azar o destino lhe finda a vida neste fim de mundo enrolado numa teia tendo suas últimas lástimas ouvidas por um vagante tão azarado quanto ele que de tando andar no fundo do abismo já alucina e ouve lastimando a pequena criatura que alimenta o predador com suas energias, lembranças, sentimentos e sonhos nunca alcançados.

(...)


Esvai-se o tempo paralelo aos precipícios
seus passos ressoam pelas paredes e correm para longe
ouve-se nada

De olhos escancarados e pernas bambas
cai
fita o esvoaçar das areias no céu crepusculoso
esfria

A noite vem chegando aos poucos
sua anunciação provoca espanto
medo

A possibilidade cada vez mais real daquela garganta vir a tornar-se
a sua tumba
seu eterno descanso
repouso
sem lamúria
de um cadáver que aos poucos derrete
calmamente
sendo apreciado com elegância pelos vermes
de outrora
e sempre

A noite
sem os ventos
traz o ensurdecedor silêncio
que até conforta
O céu
super estrelado
surge na fenda
que se estende por cima dos olhos

Como se estivesse frente a frente com um rasgo na imensidão única do espaço, numa brecha para as estrelas, distantes luzes a vagarem violentamente pelo negro esplendor entre as galáxias emaranhadas nas teias do cosmo. Leve, separa-o do chão flutuando hipnotizado pelo infinito espaço celeste conduzindo seu espírito elevado para além do cânion , para além do vale, percebe-se afastando de si seu mundo deixado para traz, pronto para abandoná-lo à própria condenação. Vai para o eterno abismo escuro onde o mundo ainda está a cair, cercado por distantes pontos de luz flutuando no vazio.
Torna-se ausência...
some
Enquanto seu corpo o perde de vista mergulhando entre os astros, deixa de sentir, morre o tato, olfato e paladar. Como uma pedra qualquer, ignora sua dureza e passa a afundar na areia levando consigo a insensibilidade fria para o passeio petrificado de quem nunca sai do lugar. A partir de agora é vaga lembrança de si, aos muitos esquecida e mil vezes fragmentada em poeira de olvidamento.

(...)

O vendaval o desperta, caído, esgotado, já havia desistido de manter-se em vida. Caído aguardava esvaziar-lhe os pulmões e findar-lhe as batidas cardíacas gritando aos ouvidos; 'estais a viver', insuportável verdade que lhe implica a inspirar novamente o escasso ar empoeirado da vala, a garganta seca que lhe engolira já não se sabe quando e porque. Deitado observa o cair dos grãos de areia e alguns galhos velhos, as nuvens correm de um lado para outro sobre a poeira enlouquecida, cada vez menos se ouve o coração que a pouco ensurdecia-o pois trovões rolam das alturas como despencar de imensas pedras.
Dá um pulo e põe-se de pé quando muito próximo o chicotear de um raio lhe arranca a alma do corpo por um instante, acerta em cheio o solo que cospe para cima estilhaços e deixa um rasto de fumaça a vagar perdidamente pela ventania. Tentando esfregar os olhos cheios de areia para entender o que acontece ao seu redor, avista um javali apavorado fugindo em sua direção, foge do temido gole titânico da garganta abissal, uma onda de água barrenta carregando pedras, galhos e tudo o que houver na caminho; carcaças, aranhas, sonhos de um inseto, esperança de um vagante perdido.
Engolido é, o caldo lhe arrasta moendo sua sanidade rumo a longa digestão em algum lugar do bucho deste gigantesco demônio do serrado, tudo some, se finda, acaba. Liquidificando e varrendo suas entranhas num gargarejo infernal o monstruoso cânion solta murmúrios assustadores de enfurecimento ouvido pelas estendidas planícies. Aridez que ansiava à meses por algumas gotas tem agora o solo lavado e levado com as enxurradas seus pedaços de qualquer coisa que por aqui para sempre se perde.
Caem ao longe raios sobre o resistente mato seco que rapidamente se torna uma roça de altas labaredas erguidas contra as nuvens, labaredas que parecem alimentarem-se da chuva, enquanto o vento lhes dão força para seguir devorando o restante do que estiver sobre o solo estalando um pipocar diabólico e apocalíptico neste agora caótico recanto abandonado.

(...)


Escorrem violentamente as turvas águas barrentas
por dentre a garganta cada vez mais larga
avermelham as terras baixas e formam um gigantesco lago sujo
como sangue coagulado
pus
pedaços
hemorrágica manifestação barrenta de um fim de mundo.

Lá no meio daquilo tudo
secretado
expelido
abortado
de sua paranoica semi-existência
o vagante perdido
se encontra.

Inserida por crislambrecht

Este é um mundo de nomes alternativos para pessoas engolirem, mesmo elas sabendo os nomes reais.

Inserida por swamipaatrashankara

As risadas quebravam apenas seu tempo de observatório, engolindo falsos teóricos.

Inserida por ClaudethCamoes

A cidade de um homem é engolida pela morte...
Calor que tem no ultimo suspiro senti o ador da vida...
sufoca no ápice do desejo... do corpo nu,
perfeito momento, no emblemático sentimento,
escoa pelas escadas ate que descambe
numa cava fria, estando esquecido
apenas a poera que voa nas mais infamas correntes,
choradeiras se debatem num ar escuro.
adeus bem pouco o conhecia,
mais minhas lagrimas morreram com ele.
sobre sórdidos sentimentos que denotam seu olhar
num passado imerso na desilusão... passa se
o ar da sarjeta se afogando na corrente da chuvas,
num passado imerso na desilusão tudo tem forma de saudades,
embora seja o sofrimento e agonia atravesse seu peito
como bala que desferiu o terror inúmeras vezes, respirei fundo,
desejei que fosse parte de uma alucinação
que corriqueiramente deixei passar como o amor.
poema vivido ate tempo o transforme em pó.
by Celso Roberto Nadilo

Inserida por celsonadilo

É chegada a hora de evoluir é critério seu seguir ou deixar ser engolido por falta de ações acredite nada é fácil mais o tentar é melhor que desistir

Inserida por michelle_pereira

Quem arrota santidade, engoliu arrogância, inspira intolerância.

Inserida por yussefdealexandria

Dia e noite

Desdobrei-me de Janeiro a Janeiro
Gastei-me a sola do sapato
Engoli choro remendando os caminhos
E joguei sementes de sonhos
Dentro do meu quarto

Rabisquei nuvens de algodão
E o sorriso alcançou meu coração
Abracei as asas do passarinho
E acreditei que também poderia voar do meu ninho

A vida nunca foi um mar de rosas
Mas o mar sempre há
Por vezes parece que vaza
Derruba meu riso
Lava minha casa
E noutro dia se recolhe
Como se me mandasse recomeçar

É só
Mais um ano que se vai
Mais um luar se escondendo no oculto
E em meio todas essas incertezas
O tic-tac do relógio virá mostrar-me o novo
Poema de autoria #Andrea_Domingues ©

Todos os direitos autorais reservados 04/12/2019 às 19:40 horas

Manter créditos da autoria original #Andrea_Domingues

Inserida por AndreaDomingues

Escrevo salivas engolidas de muito tempo.

Inserida por leilaboas

Eu tentei me libertar longe dessa monotonia
Revirei o meu passado, descobrir o que me engolia
Toda vez que me olhava no espelho percebia
Era mais um fruto burro dessa louca burguesia.

Inserida por OnZeJr

"Não fale o que tanto sente
Explode por tudo que engoliu"

Inserida por aelia_santiago

⁠E a gula é meu maior pecado,
Cada pedaço de mim,
Mordido,
Mastigado,
Triturado,
Engolido,

Inserida por Madasivi

⁠"Se fosse um verdadeiro leitor, jamais engoliria histórias sem fundamento, muito menos as heresias disfarçadas de verdades absolutas."

Inserida por wagnerlopes

⁠"...lentamente pude sentir seu último suspiro...sua última aspiração era engolida pela morte que viera buscá-la para o descanso eterno...partiu sem poder se despedir...foi seu último ato...sua última afirmação perante a vida...seu fim." ✨

Inserida por KadudaFreitas

Estou em um daqueles momentos em que uma fenda se abriu em mim, engolindo tudo que entra, pouca coisa consegue ficar.

Inserida por ednafrigato