Deficiente Surdo
E o que eu sou, exagerado?
-
Nos teus momentos de fúria
ácidos e indolores.
Na surdina excitante
trazendo o teu hálito
fresco e molhado da chuva.
No mapeamento das estrelas
que viajam estonteantes
pelo céu da sua boca.
No brilho tortuoso e corrupto
que ousa de me alarmar
com falas gritantes.
-
Sem sentido eu era, convertido eu sou,
você mudou meu mundo (_)
e a forma de eu enxergar as coisas.
A PAREDE é uma adolescente ingrata, malcriada e semi surda, com uma imaginação maldosa que faz com que ela escute um "oi" e espalhe que do outro lado tem um boi.
<Sambista Considerado>
O sambista considerado entrou no pedaço já lotado
Na cadência do surdo, lentamente caminhando
Sorridente, cheio de marra, a todos saudando
Sacou logo aquela morena faceira, garbosa, se exibindo.
Sem vacilar, encarou e foi desafiar, vem comigo sambar
Linda, atrevida, a Morena sorriu, logo aceitou,
No sapatinho, cheia de graça, foi se aproximando
O casal, enlaçado, no ritmo adequado, foi causando.
Roda formada, aplausos, incentivos e eles rodando
Alegres, felizes, seguros, o samba solto rolando
Na pista o casal se superando, igual Mestre Sala e Porta Bandeiras
Empolgados, todos caem no samba sincopado, bem balanceado.
Alegria geral na comunidade da Vila Sacadura Cabral...
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Juares de Marcos Jardim – Santo André / São Paulo - SP
O silencio com seu turbilhão de ideias, deixa surdo aqueles que acreditam ser o dono da razão e do saber.
Perdemos a capacidade de nos ouvir baseando-se e desejando ser quem não somos, ficamos surdos quanto a nós mesmos.
Essa regra absurda de mudar sempre de lugar
quase sempre deixa minha alma surda sem poder escultar
que fujo do comodismo que enlouquece
que durmo quando ninguém adormece
tudo e um grande caos quando amanhece
Amar-te baixinho em silencio profundo quero a calmaria do mar sem ondas, o barulho surdo abissal, o movimento da lua visto da terra quando estou na minha rede, a fumaça do supersônico a mil duzentos e vinte e quatro kilometros por hora. Todos afinados com diapasão em lá sendo interrompidos pelas batidas do meu coração em dó maior quando te ver.
Não temas
Seja perseverante e vá em frente.
Cega e surda para o mundo.
Aguça a sensibilidade no profundo.
Vença no meio dessa gente.
Deus lhe coloca 300 homens para te ajudar.
300 de Gideão.
Coloca um exército vitorioso.
318 de Abraão.
Não temas siga adiante.
Do jeito que se apraz.
Aquele inimigo que se levante.
Abatido no mesmo instante.
Não olhe para traz.
Apresente uma carta ao senhor.
Diga as afrontas que lhe tira a paz.
Seja qual tamanho o exército de satanás.
Eu digo, sou Deus, te responder eu vou.
Não temas digo e repito.
Seja em frente corajoso e decidido.
Desmancho as arapucas e fecho a boca dos crocodilos.
Dou te as pastagens verdejantes.
Surpreendo abatendo o inimigo.
Maná no teu deserto não faltará.
Água da rocha vou tirar.
Abro o mar e vou ferir teu opressor.
Conheço teu coração.
Imite a fé de Abraão.
Sou eu que digo, teu Deus único senhor.
Como é possível viver surdo às derradeiras, às dramáticas perguntas? De onde vem o mundo, para onde vai?
O ápice da Inteligência Emocional é ficar cego para indiretas, surdo para fofocas e mudo para pessoas invejosas.
Olhos podem não ver, mas a alma pressente, o coração sente, ouve os impropérios proferidos na surdina; e decodifica as mensagens subliminares escritas, entoadas, compartilhadas.