Comboio da Vida
A vida é esse trem veloz. É uma viagem às vezes breve, às vezes longa. Em cada estação uns embarcam, outros desembarcam. Enquanto sua estação não chegar, não se queixe demais do balanço, simplesmente aproveite a paisagem...
Por mais que as vezes você não entenda os acontecimentos, o trem da vida precisa sair dos trilhos, te obrigará ampliar os horizontes e você conseguirá percorrer e encontrar novos caminhos...
Se um dia por um motivo simples você perder seu voo, trem ou ônibus, não reclame e nem fique irado ao ponto de blasfemar, apenas eleve os seus pensamentos a Deus e agradeça pelo milagre da vida.
Sou mineira de “antigamente”.
Como boa mineira não perco o trem. Nem o tempo. O tempo, porém, me faz perder algumas coisas. Às vezes perco a razão, que logo encontro. Curtir o frio do inverno ao lado de um fogão a lenha, comida em panelas de ferro, ou no tacho mexido com colher de madeira, água esquentando e me aquecendo com o calor que sobe, aroma do café feito na hora, a cozinha puro aconchego, iluminada apenas pela luz da lamparina … Ah! Só na lembrança. São coisas perdidas no tempo. O tempo não permite que eu as encontre mais.
"Na linha do papel esse “trem” de poesia
Na linha de embarque, partidas
Na linha das mãos, o destino
Na linha do destino, a vida.
Na linha do horizonte, a rosa-dos-ventos
Na linha imaginária, o Equador,
Na linha do meridiano, Greenwich
Na linha do sentimento, o amor.
Na linha do bordado, a agulha
Na linha da agulha, o croché
Na linha do tempo, a arte
Na linha da arte, você."
Viviane Andrade
A vida é passageira então ame e faça cada momento valer apena antes que o seu trem bala resolva partir.
Quando estamos longe, a saudade vem, intensa e imponente como um trem, mas quando estou com você no meu olhar surge um brilho, e instantaneamente aproveito o momento e apagam-se os trilhos!
Lá vem o trem da vida
Vem trazendo fantasias
Pulando em versos
Melodias
Sambando em poemas
Poesias
Lá vem o trem da vida
Apitando
Cantando as flores
O vento
Dançando com os pássaros
Com o mar
Lá vem o trem da vida
Conjugando
Declamando o verbo amar
Amo tu
Você
E eu
Amo vós
Vocês
Lá vem o trem da vida
Na passarela do tempo
Escrevendo a história
Em rimas
Prosas
Vem fazendo festa
Zoeira
Pra nós a cantar !
"A vida é uma viagem de trem inesperada onde embarcamos numa estação qualquer, e só percebemos que deixamos nossa bagagem em algum lugar do passado, seja no ato do embarque ou desembarque. Por isso estamos constantemente perdidos procurando a mala (o equilíbrio ou o peso de nossa existência...)
"...E em cada estação que o "trem"
da sua vida passar..
plante sementes do bem...
Espalhe flores pelo ar..."
►Viagem de Trem
Estou esperando o trem chegar para me levar
Para qualquer lugar, misterioso, que irei desvendar
Estou esperando o trem aparecer
Quando ele partir da estação eu vou esquecer
As péssimas lembranças serão deixadas para trás,
E a emoção de querer cada vez mais irá me acalmar
Com o objetivo difícil de encontrar a paz
Eu irei me despedir da dor,
Irei em busca de calor, em busca de um amor
Visitarei lugares que não conheço.
Para uma nova vida o trem vai me encaminhar
Vou recomeçar e me aprimorar
Eu nem mesmo sei para onde ele vai me levar
Mas não estou me preocupando
Estou apenas me imaginando,
Viajando para um novo mundo
Uma nova vida, quanta instiga
Louco para apreciar a nova vista
Observar as colinas pela minha janela
Observar as imagens belas.
Estou pronto para uma nova experiência
E suporto a impaciência que me condena
Vivo rodeado de lobos em peles de ovelhas
E não importa quantas vezes eu veja, dá na mesma
Por isso quero um novo lugar,
Este eu já não consigo mais ficar
Meus ouvidos me avisam que o trem está a se aproximar
Finalmente, já está na hora dessa terra eu deixar.
O meu propósito é conhecer o mundo, como um estudo
Quero saber o que me aguarda, quem sabe encontre uma beleza rara
Espero ansioso pela vinda dele, almejo um mundo perfeito
Talvez exista um lugar onde eu possa meditar
A cidade é agitada, e fumacenta,
Drena a vida de forma lenta
O ambiente aqui é estressante, estou preso, usando uma algema.
Minha passagem não possui destino traçado
Não sei para onde irei,
Mas quero me afastar do meu passado
Minha viagem de trem será marcada, disso eu sei
Toda dor que sinto será guardada, me machuquei
Me disseram para viajar de trem pelo menos uma vez
Estou eufórico para escutar ele, sentir o tremor
Aliviar aquela dor, ver lá de longe o condutor
E uma voz locutora dizendo para os passageiros adentrar
E quando entrar, pela janela poderei notar,
A velocidade irá aumentar, e começarei a voar
Pelos trilhos que me guiarão ao novo destino indefinido
Sentindo um aconchego, feito um amigo de infância
Não me importa a distância, e sim a elegância
O belo trem que passa bem perto
E é nele que serei levado para um futuro sem rosto.
Trem
Não importa a dor contínua
Nem todo o caos a nossa volta
A vida vai em frente, e continua
E mais forte do que a morte
Segue como trem sem freios
A vida não para
Nem por nossas percas
Nem por nossas lagrimas
Morre a mãe, morre o pai
Morre a criança
A vida segue em frente
Passa como um trem sobre os trilhos
A vida segue numa ânsia infinita
Que às vezes a gente cansa
E quer pular desse trem
Que não para em nenhuma estação!
A VIDA É TREM- BALA, MAS É BUMERANGUE TAMBÉM
A vida é sim esse “trem-bala” de que todos estão falando. Ela realmente passa assim, veloz, e se a gente bobear pode até ficar para trás. Mas ela é também um belo de um bumerangue, que nos trará de volta todo ato e palavra lançados. E olha que serão observadas as devidas proporções!
Talvez não nos devolva com essa mesma velocidade com que passa por nós, mas é certo que ela trará de volta todo amor ou desamor, respeito ou falta dele, caridade, perdão e o que mais tivermos oferecido a ela.
O fato é que pensamos pouco nas consequências que nossos atos terão sobre nós mesmos. Esse é um grande equívoco, já que tudo pesará sobre nós. Somos o que deixamos transparecer, e seremos avaliados e tratados de acordo com esse quesito. As pessoas conhecerão nosso íntimo pela forma como nos portarmos e interagirão conosco baseadas nesse mesmo critério.
E por melhores que sejam as outras pessoas, elas terão dificuldades em nos tratar bem se perceberem que não damos valor a isso; quando deixamos transparecer que não nos importamos com os outros, cedo ou tarde, é isso que receberemos de volta. A falta de empatia voltará, assim como voltarão as más intenções que tivermos nutrido.
Tem uma multidão se enganando ao achar que é só correr e entrar nesse trem da vida, sem parar na estação do bem-estar coletivo; bem como andam esquecidas as estações da educação e do bom senso; tem quem ache que o espaço é todo seu, e seu ego preenche sozinho um vagão inteiro; tem muitos se iludindo ao pensar que a vida é um embarque pra se fazer sozinho.
Todos viajam alheios ao fato de que a vida anda sempre atenta, e repara tintim por tintim.
Mesmo que a resposta não venha de forma imediata, um dia ela virá. Devolverá todo bem, ou o mal praticado, tudo perfeitamente medido. E por isso mesmo, a vida torna-se condutora de sucesso ou de fracassos, dependendo do que lhe é ofertado, cabendo a cada um escolher o tipo de retorno que pretende receber.
Leve-se em consideração que atitudes têm passagem de ida e volta garantidas.
E já que a vida é capaz desse reembolso inevitável, um aviso caberia bem aos passageiros de agora, antes que lhes chegue a hora de partir definitivamente:
Cuidado com a vida, parceiro. Ela é trem-bala sim, mas é um grande bumerangue também!
Somos apenas passageiros de um trem que nos conduz para a morte. Para que a viagem não seja tão enfadonha o percurso é ladrilhado com uma dádiva chamada vida, com todos os seus paradoxos. No entanto, o que faz toda a diferença é a paisagem que avistamos da janela. Essa é um bônus que só ganha os que foram feitos pra voar.
O QUE RESTARÁ DESTE POEMA?
O que restará deste poema
quando a boca silenciar?
Quando a mão trêmula
cansada, desnorteada
não conseguir o papel segurar
o que restará deste poema?
Ainda que haja vida além
que faça reviver, suscitar
como lê-lo sem se importar
com o próprio sentimento
se a escrita é triste, singular?
Como saber conciliar
vida, tempo, envelhecimento?
Quando a precisão do tempo
tomar de assalto o momento
e, percebendo-se a fragilidade
do corpo, d'alma, da mente
o que do poema permanecerá?
O silêncio do adeus?
a dor, a tristeza, a saudade?
Ou a última lembrança do desejo
incapaz de poder versejar?