Colibri

Cerca de 71 frases e pensamentos: Colibri

Escolha


Eu te amo como um colibri resistente
incansável beija-flor que sou
batedora renitente de asas
viciada no mel que me dás depois que atravesso o deserto.
Pingas na minha boca umas gotas poucas
do que nem é uma vacina.
Eu uma mulher, uma ave, uma menina…
Assim chacinas o meu tempo de eremita:
quebras a bengala onde me apoiei, rasgas minhas meias
as que vestiram meus pés
quando caminhei as areias.

Eu te amo como quem esquece tudo
diante de um beijo:
as inúmeras horas desbeijadas
os terríveis desabraços
os dolorosos desencaixes
que meu corpo sofreu longe do seu.
Elejo sempre o encontro
Ele é o ponto do crochê.
Penélope invertida
nada começo de novo
nada desmancho
nada volto

Teço um novo tecido de amor eterno
a cada olhar seu de afeto
não ligo para nada que doeu.
Só para o que deixou de doer tenho olhos.
Cega do infortúnio
pesco os peixes dos nossos encaixes
pesco as gozadas
as confissões de amor
as palavras fundas de prazer
as esculturas astecas que nos fixam
na história dos dias

Eu te amo.
De todos os nossos montes
fico com as encostas
De todas as nossas indagações
fico com as respostas
De todas as nossas destilairias
fico com as alegrias
De todos os nossos natais
fico com as bonecas
De todos os nossos cardumes
as moquecas.

Era verde ou azul?
Sumiu num piscar de olhos
veloz colibri.

Venha colibri:
dentro do meu coração
já é primavera.

As experiências fazem de nós quem somos

Coração

O coração é o colibri dourado
Das veigas puras do jardim do céu.
Um – tem o mel da granadilha agreste,
Bebe os perfumes, que a bonina deu.

O outro – voa em mais virentes balças,
Pousa de um riso na rubente flor.
Vive do mel – a que se chama “crenças”,
Vive do aroma – que se diz “amor”.

Castro Alves
ALVES, C., Espumas Flutuantes, 1870

Como o colibri que degusta o néctar de uma flor, e dela sentem saudades, tudo se tornará lembranças e nos tornaremos lembranças também!

⁠Hibisco-Colibri

Flor nativa das três Américas
mel dos tempos infantes
e dos jardins de muitas memórias,
é o Hibisco-Colibri das nossas Histórias.

Fada de pétalas que surpreende
seja na cor rosa ou vermelha,
que além do mel diverte o paladar,
quero ver por muito o seu desabrochar.

Se por acaso o destino me agraciar,
quero deste mel poético na sua
companhia não importa o dia desfrutar.

Algo me diz que o quê o seu amor
e o seu carinho você não vai negar,
e pelos jardins do mundo vamos namorar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

"Pode-se privar o Colibri de voar, como pode-se privar o ser humano de amar. Porém, nos dois casos será uma sentença de morte".

COLIBRI
Gosto de voar por entre ventos
Ser alado sou desde que nasci
Cavalgando por entre nuvens e alentos
Meus olhos tem alma de colibri.
Por entre dias desperto minha confiança
A alvorecer meus internos desejos
Por entre luas sou criança
A despertar cordeis ternos in enredos .
Já quis sentar-me num barco à vela
Por medo de não me encontrar n'lgum porto
Mas o tempo me acordou com sua manivela
E minh'asa disparou-me a um cais de conforto.
Inda bem que trago n'alma bando de aves in dança
E ternura por entre rimas e fantasias
Se algum dia a dor teimar me vestir de lembrança
O vento se encarrega de virá-la poesia .

Alguém lá em cima sorri... Ri da nossa soberba; ri quando vemos um colibri; ri quando voamos em asas de aço.

Interessante é o Colibri que se alimenta das flores, mas automaticamente a cumprimenta com beijos.

Na folha de papel
Vi que palavras não se pode prender
Senti cheiro de liberdade
Enxerguei colibris
Descobri então
Que sou feita de asas.

Talvez a flor não retribua os beijos do colibri porque sabe que ele sempre volta . E mesmo sem ser beijado o colibri retorna pq a beleza e doçura da flor é irresistível, ele sabe que não vive sem ela

⁠FLOR E ESTRELA

Sempre que o sol se põe no teu jardim
fecham-se as rosas, dorme o colibri,
porém, ó Flor, eu sei que estás aí
olhando estrelas neste céu sem fim...

É que tu sabes que é também assim
que eu passo a noite a observar aqui:
olhando estrelas eu só penso em ti,
e tu, ao vê-las, lembras só de mim...

É dura, Flor, a dor desta distância
pois a saudade traz tua fragrância,
como se a vida, por puro ciúme,

o nosso amor quisesse separar:
tu vês a estrela, sem poder tocar,
e eu, sem tocar-te, sinto o teu perfume...

⁠A vida é o colibri fazendo pose para a fotografia, o resto é o vento de suas asas.

==== Ao Amor ====

O meu amor é um colibri,
que de quando em quando
beija minhas pétalas...
E rouba o meu perfume,
e me enche de alegria,
até me fazer sorrir...
As tuas asas batem
dentro do meu coração,
e o vento que produzem,
faz voar as minhas tristezas
E desencantos para bem longe...
Traz a luz do sol em meu dia...
Ah! Se soubesses!
Emudeço ao teu olhar e
Me embaraço ao teu falar...
Encubro com dor a minha saudade...
Não parta sem que a mariposa dos meus lábios
pouse nos teus...
A luz dos meus olhos
Está impregnada de você!
Minha forma de amar
Ninguém entenderia..
Nem minhas razões...
É tão sutil..me perco
Nessa transparência e até indecência...
O teu olhar que esculpe o amor em mim,
me faz morrer menos.
Tua imagem, de qualquer angulo
desfere golpes em meu caminho...
E eu evitando o amor
Que hoje é irreal...

Inserida por SandraDeGiulia

Colibri

Como quem não sabe o que senti,
Replico em algumas palavras caladas
Aquilo que foi perdido numa estrada,
Em qualquer entrada.

Anestesiar-me talvez... seria uma boa opção,
Para que? se nada do que sinto é em vão
Nem a dor, nem o riso,
Ambos fazem parte dessa confusão.

Um desvio emocional acalentado
Nas ruínas existenciais do alado
Sou eu ser das revoadas

Num voou com asas cortadas
Em silêncio suplico saber
Por que tanta indecisão em um só ser...

Inserida por HiastLiz

O Colibri .

Voando sem rumo ,sem ter pra onde ir .
Vejo que voa sem mim ,sem poder voltar ao nosso ninho ,
A como queria poder voar ao teu encontro ,sentir seu cheiro ,seu toque ...
Ainda te guardo dentro de mim
Sentir suas unhas cravadas nas minhas costas .
Mas saiba ainda te vivo ,te respiro
E por mais louco que possa parecer ainda
Te Amo . ....

Inserida por muriali

NATURÁLIA
A flor enrubesceu
Ao beijo do colibri
E duas lágrimas rolaram
De timidez e de emoção.

(poesia classificada em 2.ª lugar no Concurso de Poesias de Piedade/SP,
em 1993)

COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.


PEREGRINAÇÃO

Sobre o Himalaia da imaginação
Além, muito além das insondáveis alturas,
Através da névoa dos tempos, das eras,
Navega o peregrino das estrelas
Viajante do tempo, das dimensões.

Além, muito além das insondáveis alturas,
Num mergulho nas dimensões interiores,
Céu e Terra se fundem na imensidão
Do cosmos, do infinito, dos universos.


Através da névoa dos tempos, das eras,
Quantas roupagens, quantos fardos, quantos encontros.
Ascender, ascender, ascender,
Sempre e sempre, rumo ao amanhecer
D’outras existências, d’outras transcendências.

Sobre o Himalaia da imaginação
Além, muito além das insondáveis alturas,
Através da névoa dos tempos, das eras,
Navega o peregrino das estrelas
Noutras certezas, noutros encantos, noutros encontros.


COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
Homenagem a vinicius
Não quero rir meu riso
Nem derramar meu pranto em vão,
Por vãos gemidos.

Quero, sim, rir meu riso
E derramar meu pranto
Por vãos d’almas afins.

Não viverei vãos momentos
E por tudo serei atento
Pra me lembrar da vida
Que é eterna, ainda que chama
E infinita em si mesma.

(inspirado na poesia “soneto da Fidelidade”, do inesquecível poeta, Vinicius de Moraes.)

COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.



Metáfora
A imensidão é meu destino
A plenitude, meu regaço.
Por tantas terras percorri
Por tantas existências eu vivi.

Tenho por inevitável fado
O desabrochar da luz
Da luz que arde, da luz que queima,
Qual fogo amigo em noites frias
Aquecendo reminiscências.

Tenho por horizonte o infinito
E em meu caminhar alígero
A pressa de chegar;
Chegar ao portos d’outras conquistas.

A imensidão é meu destino,
A plenitude, meu regaço.
Nesta cósmica metáfora
Fecho as portas do passado
Pois sou futuro,
Neste eterno agora!
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.




Cristálida

Cristal, crisálida, cristálida
Desabrochar da luz
Em pétalas, em néctar, em sóis.

Explosão de auroras boreais
Despertar de mágicos cristais
Cristal, crisálida, cristálida
Sob os brilhos astrais, vendavais
De sons, de cores, de flores.

Nave luminosa, em voo final
Sonho de amores, sonhos siderais
Cristal, crisálida, cristálida
Sob as vestes angelicais
Fluir, fluir, além dos Portais.

COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.


CORRENTEZA

Peixe que sou, de todas as águas
Nado contra a correnteza humana.
Nado em direção aos oceanos
Pois, vasto que sou,
A imensidão é meu destino.

Passam por mim muitos cardumes
E, rindo e zombando
Amofinam-me: tolo, tu és!
Vais contra todas as tendências.

E passam os cardumes
E passam as maltas
E sigo eu, pequeno peixe,
Nadando contra a correnteza humana
Seguindo outras tendências dos rios,
Rumos aos oceanos
Pois, vasto que sou,
A imensidão é o meu destino.

COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.


TRANSCENDÊNCIA

Fosse eu apenas esta forma aparente
Seria feito pássaro empalhado
De bela plumagem tratada
Mas de baço brilho, mudo canto.

Fosse eu vida finita, luz passageira
Seria feito vetusto farol
De grossas, imponentes paredes
Mas na costa, escuro, aos ventos.

Sou bem mais que um simples grito
Ecoando nas praias do mundo
Através da vida, dos tempos.

Sou pássaro sem correntes,
Pelas ameias a voar,
De meu castelo de ilusões,
Rumo ao horizonte.

COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.


NAVE MINHA

Nave minha, me leva a outros rumos
Não me deixe em rota de colisão
Com meus desacertos.
Leva-me além dos sombrios horizontes
De meus erros
Além do palco escuro dos desencontros
Da triste, da medonha escuridão
De ser cruel, tirano, juiz alheio.

Leva-me, nave minha,
Ao encontro da luz, do dia, da vida,
Aos cumes dos grandes sonhos.
Leva-me aos ares das delícias puras
Rumo aos prados onde brincam, livres, seres outros,
Que alcançaram, da vida, outros Portais.


COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.



UNIVERSO

Universo, verso de meus versos
Trilha de meus anseios.
Universo, vasto, profundo;
Navegar por seus portais
Pelas dobras espaciais;
Conhecer a vida pulsante
Além, além das fronteiras
Do tempo, das dimensões.

Universo, por teus mares,
Velejarei pelas praias da comunhão
Até o porto, infinito porto,
Da eterna iluminação!.

COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.


MÃE TERRA

Terra, Mãe Terra, em teu seio depositei,
Há éons, a luz de meus cristais.
Na mudez de minhas formas,
Fui ígnea rocha, no cadinho de tuas entranhas
Até a plenitude de bela cordilheira.

Cresci mais, e encontrei guarida
Nas pétalas de tuas flores
E perfumei os ares,
Transfundindo o amor do Pai.

Galguei outros degraus
E encontrei o instinto, dos irmãos animais
E rugi alto meu grito, de domínio territorial.
Cresci mais e mais e, pela primeira vez, chorei.
Chorei as lágrimas do incipiente entendimento
De que era bem mais do que átomos
De rochas, flores e animais.
E, mesmo assim, ainda era parte
Da mesma terra, do mesmo mar, do mesmo amor.
Era apenas a primeira rocha que, lapidada,
Espalhou a luz de seus cristais
E, feito homem,
Agora, era anjo, em voo sideral,
De volta, ao Pai Primordial!

COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.

SIMBIOSE CÓSMICA

Terra-céu, Homem-Deus:
Simbiose cósmica.
Vive o Pai em mim
Vivo eu por Ele
Ele me ama em cada amanhecer,
Ao abrir as janelas dos mundos
Pra que eu respire o ar da Vida.
O seu sopro de amor é meu alimento
E eu laboro pra Sua seara.
O universo envolve meu Planeta
E meu ser aspira ao brilho
Dos gigantes sóis.
Nesta cósmica simbiose
Sou nota, da sinfonia-Pai.

COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.


COMUNHÃO

Num segundo finito
Viver a eternidade
Ver sem olhar
Sentir sem tocar.

Estar em toda parte
Sem de um ponto sair
Navegar sem um barco
E em todos os portos chegar.

De uma única gota
Ser toda uma fonte
De um único gesto
Ser todo o amor.

COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.


OMISSÃO

O sol se deitou, acobertado
Pelo manto rubro do poente...
Mas você não viu.

Nos jardins, as rosas se abriram
Inebriando o ar...
Mas você não sentiu.

Nas ruas, a criança pediu
Do lar, o velho partiu...
E você, nem chorou.

Sob a fúria da cavalaria
A multidão, trôpega, gritou,
Mas, diante da opressão,
Você se calou!

Às portas da Morte,
Você a viu, a sentiu,
Por ela chorou,
Em desespero gritou
Mas a Vida, outrora tão perto,
Repentina, te deixou.

Inserida por SergioDiniz001

ETERNIBREVE

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Pairando na flor,
o colibri para o tempo.
cena eternizada.

Inserida por demetriosena