Coleção pessoal de PensamentosRS

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⁠Há décadas falam que o Brasil está melhorando, que é o país do futuro, mas a miséria continua grande, não existe água potável e saneamento básico em um número enorme de residências, a violência urbana é cada vez maior e cresce a força do crime organizado. O futuro nunca chega.

Criar (e também descobrir) significa sempre quebrar uma regra; seguir a regra é mera rotina, mais do mesmo – não um ato de criação.

⁠O poder, para ser exercido, precisa manter sempre a aparência de eficácia. Quando ele passa a ser ignorado, termina por se tornar patético, deixando de ser poder.

⁠A morte é melhor do que a vida sem honra, sem dignidade e sem glória.

⁠No Brasil, os discursos são lindos, mas as ações são vagas e inúteis.

⁠Diante da finitude da vida, somos todos perdedores.

⁠O Brasil tem tradição de civis dispostos a lamber as botas dos militares em troca de um golpe que os salve do fantasma do comunismo.

⁠Quem sabe o que o amanhã vai trazer? O adiamento da satisfação perdeu seu fascínio.

Pouco importa o que os poderosos vomitem, o Brasil só tem leis para quem não faz happy hour com os poderosos em Brasília. Para os amigos tudo, para os inimigos a lei.

⁠A ociosidade só é fatal aos medíocres.

⁠É preciso tempo para viver. Como toda obra de arte, a vida exige que se pense nela.

Em tudo que fez na vida, até quando ganhou, Bolsonaro perdeu.

⁠A escolha do consumidor é hoje um valor em si mesma; a ação de escolher é mais importante que a coisa escolhida, e as situações são elogiadas ou censuradas, aproveitadas ou ressentidas, dependendo da gama de escolhas que exibem.

⁠A infelicidade dos consumidores deriva do excesso e não da falta de escolha.

Quanto mais os valores preservados no pensamento forem protegidos da poluição, menos significativos serão para a vida daqueles a quem devem servir. Quanto maiores seus efeitos nessa vida, menos essa vida reformada fará lembrar os valores que induziram e inspiraram a reforma.

⁠Os jornalistas podem e devem lutar pela objetividade, mas nenhum de nós pode escapar totalmente da nossa estrutura de preconceitos e crenças.

⁠Posso ser horrível, mas o outro cara [Lula] é péssimo.

⁠Alguns jornalistas só faltam babar em frente das câmeras, ou nas páginas de grandes jornais, quando falam, escrevem ou ouvem a palavra "Lula".

⁠A bondade nada exige, nada espera, nada impõe. É pura hospitalidade. É abertura e reconhecimento.

⁠Unicamente o meu consenso, a minha vontade, a minha compreensão carinhosa são necessários para que todas as coisas sejam boas, a ponto de somente me trazerem vantagens, sem nunca me prejudicarem.