Coleção pessoal de PensamentosRS
O uso de drogas é uma admissão tácita de uma verdade proibida. Para a maior parte das pessoas, a felicidade encontra-se fora do alcance. A satisfação é encontrada não na vida diária, mas em fugir dela.
A busca tecnológica da imortalidade não é um projeto científico. Ela promete o que a religião sempre prometeu — libertar-nos do destino e do acaso.
O ser humano mais livre não é o que age de acordo com razões que escolhe para si mesmo, mas o que nunca precisa escolher. Em vez de se agoniar entre alternativas, responde sem esforço às situações tal como surgem.
O tempo e o lugar em que nascemos, nossos pais, a primeira língua que falamos – isso são acasos, não escolhas. É o fluir casual das coisas que molda nossas mais significativas relações. A vida de cada um de nós é um capítulo feito de eventos acidentais.
Não foi Deus que nos transmitiu a moralidade. Fomos nós que criamos Deus para personificar nossos instintos morais.
Assassinato em massa é um efeito colateral do progresso tecnológico. Desde o machado de pedra, os humanos têm usado suas ferramentas para trucidar uns aos outros.
Existe uma felicidade profunda que prefere a privacidade, que floresce longe dos olhos do público, que não exige a validação de ser conhecida: uma felicidade que existe apenas para as pessoas felizes, que é, em si mesma, suficiente.
A teoria de Darwin nos diz que um interesse pela verdade não é algo necessário para a sobrevivência ou a reprodução. A rigor, é uma desvantagem. Enganar o outro intencionalmente é comum entre primatas e pássaros.
Não apenas as origens da ciência, mas também seu progresso decorrem de atitudes contrárias à razão.
O progresso técnico deixa apenas um problema a resolver: a fraqueza moral da natureza humana. Infelizmente, esse problema é insolúvel.
Ninguém mais sabe perder e é na hora do insucesso que os bem-sucedidos mais demonstram sua grandeza.
Se a física com suas fórmulas e números longos parece uma coisa complicada, as ciências sociais são muito mais. É que o reducionismo, isto é, a possibilidade de quebrar um fenômeno complexo em elementos mais simples para entendê-lo, funciona melhor nas ciências exatas do que nas que envolvem seres humanos.