Coleção pessoal de MariaAlmeida

381 - 400 do total de 1298 pensamentos na coleção de MariaAlmeida

Em pedaços de papel escrevem-se espantosas histórias.

Como o pequeno-almoço a olhar pela janela.
Hoje a madrugada fundiu-se na manhã.
Talvez dois minutos de silêncio, mas são o suficiente para um trovão cortar o ar.

A derrota, sem dúvida, traz mais recompensas do que perdas.

Sorrio. Somente obedeço a Deus. E Ele diz-me para continuar. Não há desencorajamento que me faça parar.

Um obrigado enorme a todos.
Obrigado por tornaram o meu mundo muito mais livre e amistoso.
À minha filha, simplesmente por existir.
À minha mãe, pelo seu infinito e inqualificável amor.
Ao meu pai - a estrela maior para sempre presente no meu coração – pelos valores que me transmitiu e pelo carinho que me permitiu ser humilde e orgulhosamente humana.
Aos meus irmãos, por não terem desistido de mim.
A ti, pelo apoio silencioso quando eu mais precisei de o sentir.

Arranjou-se com o seu melhor vestido, o da simplicidade, e saiu ao encontro da humildade.

Sem ti nada é como deve ser.

A amizade verdadeira é um cocktail de sabores.

Hoje deu-me para a poesia…

O teu jeito simples de ser,
mas de ser plenamente mulher.
Mulher na vontade e no querer,
o que faz de ti mulher no feminino.
Mulher sereia abraçando o mar,
entre as ondas, à noite, ao luar.
Gentil e frágil como a flor,
que em terra serviu de abrigo
ao seu livre e magnifico beija-flor.

A vida sorriu-me e eu sorri de vida.

A semente – há milénios – se lançou, já Cristo padeceu e perdoou.

Sinto-te como se fosse ontem, vejo-te como se fosse de dia.

Luar e música são uma combinação incrivelmente suave.

Choro de gratidão.

Tu, que me deste a vida
e me geraste no teu ventre de poesia.
Tu, que me deste o sonho
e me afagaste na tua balada de mãe.
O teu ser do meu ser,
como o teu sonho de mulher calma,
eterno no teu grande sorrir,
contigo quero o mesmo sentir…

Tu, que me amaste, velando
e me ensinaste também a amar.
Tu, que me apoiaste, doando,
e me mostraste o imenso mar.
O teu olhar sempre atento,
como é a vigília da mulher mãe,
carícias de um regaço imenso,
que a infância lembrada tem…

Tu, que me choraste, na partida
e me falaste no silêncio do olhar.
Tu, que me orientaste nos rumos da vida
e me mostraste como também ofertar.
O teu alento invisível presente no coração,
como estrela de uma noite enobrecida,
e a par de uma certeza adormecida,
lentamente transformada em canção…

Tu, que és mulher e mãe
e me deste a bênção do mundo.
Tu, que és esposa e companheira
e me deste o grande sonho de fundo.
És a luz da minha estrada e a leve brisa da enseada.

A madrugada tem olhos bonitos.

Perdoa-me por seres tudo o que amo e o que quero.

Saiu à rua. Sorriso nos lábios. Os olhos brilhavam. A alma resplandecia. As pessoas olhavam-na e ela correspondia. O bom dia brotava. A gratidão servia-se. Sentia-se bem. Sentia-se viva. Com o pouco que tinha. Com o muito que era. E Deus em si. Entrou na livraria. Escolheu um manuscrito. A dona elogiou-a. Ela sorriu-lhe. Saiu a cantarolar. Uma canção que sabia. O coração nas mãos. O bem que fazia.

Ame com tudo o que há em si. Ame com a alma e com o coração. Com o riso, com os olhos, com as mãos. Ame e sinta o amor dentro de si, porque a vida – ah, a vida! – só tem sentido assim.