Coleção pessoal de MariaAlmeida

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Valorizar quem valoriza, amar quem o coração ama, ajudar quem precisa.

Deus: a minha energia, o meu ponto de referência, o meu equilíbrio, a minha verdade e o meu eterno sentido.

O amor não se esconde, não se camufla, não se amordaça, pois, independentemente de tudo e de todos, o amor é para se viver, para sorrir e para se gritar. Quando é forte e verdadeiro, ninguém destrói, ninguém prejudica e ninguém separa.

O meu comportamento estranho torna-me imune.

Não se devem guardar palavras em gavetas nem sentimentos em bolsos e muito menos atitudes em envelopes.

Tu és um idiota. E eu amo-te.

Serei sempre responsável pelo que disser, mas jamais poderei sê-lo pelo que é entendido.

- Abraça-me. - disse ela.
E ele abraçou-a.
E o entendimento de que era para valer tomou conta dos dois, como rocha sólida num mar transfigurado e revolto.

Às vezes o tempo parece que sofreu um tsunami, quando toma a tonalidade de um melancólico cinzento.

Ela lia-o como um livro aberto e ele não percebia que já nada a surpreendia, porque agora ela sabia e ele não o entendia.
Ela lia todas as palavras, de uns e de outros, aqui e ali, e apenas sorria.
Ela seguia o coração, abraçava a intuição e amava-o como o menino perdido no interior do homem duro, mergulhando-o na sua compreensão, no seu carinho e no seu perdão.
Ele era a sua lareira acesa, o seu abismo infundo, o seu veneno e o seu antídoto.
Ele era verdadeiramente bom e sólido, guiando-a para a sua versão de equilíbrio e bastante inteligente para lhe conferir um sentido de perspetiva.
Ele era um ser inteiro e completo, que merecia ser amado.
E isto é o que o amor faz, quando é correto, quando está certo, e nos transforma em mais do somos e em mais do que almejamos ser.

A quantidade total de massa e de energia no Universo é sempre constante. Nem é criada. Nem é destruída.

Fico contigo para onde quer que vás, como duas almas na mesma asa.

Eu devia ter sido o rochedo milagroso, mas a vida deu-me a magia de sentir que o amor não tem limites.

Considere-se abençoada por ser mãe e poder cuidar dos seus filhos saudavelmente. Considere-se abençoada!

No ar fresco da noite tudo é diferente.
Para além das grades verticais, esgrimidas pela memória, podem-se ver as estrelas costuradas num céu manso, acetinado pelo calor da primavera.
Não existe dor aqui.
Inspira-se e expira-se.
Os sentidos apuram-se. Mais doces do que é habitual, num estremecimento exposto e palpitante.
O tempo revela-se à frente, rumo a um leque de sentimentos pungentemente reais, como se conseguisse voar dali para fora.
Ela vai melhorar. Sim. Claro que vai.
A sua voz está dentro da minha cabeça. O amor bate em cheio. Quando realmente importa, as pessoas tornam-se também sensíveis à família.
Nunca cheguei a conhecê-la verdadeiramente bem, o que é uma idiotice, uma vez que trabalhamos juntas no mesmo local, mas ela entrou num edifício em chamas. E é extraordinária.

Sinto-me segura dentro de ti.

Os dedos que arranham o espírito encontram sempre a memória desejada.

As minhas mãos descem do seu rosto para o queixo e movimentam-se suavemente para os ombros.
Fitando-me a mim, os seus olhos fitam os meus.
Abraço-a.
E ambas deslizamos pela consciência simultânea do cheiro das coisas que florescem.
Adoro a minha filha.

Não penso em desistir.

Sonho. E é por isso que às vezes olho intensamente para ti. A tua expressão é a de um rio que se perdeu a caminho do mar. Mergulho a ponta dos dedos e vejo os teus lábios tremerem ligeiramente, como se te tivesse danificado, mas depois abraço-te e tu sorris. “Não tenhas medo”, digo. E é tudo para dar-lhe sentido e é o sentido todo, como duas sentinelas na junção dos pensamentos mais íntimos.