Coleção pessoal de baratieri_basso_beatriz

101 - 120 do total de 246 pensamentos na coleção de baratieri_basso_beatriz

Aquilo a que você resiste, persiste.

Só aquilo que somos realmente tem o poder de nos curar.

Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.

Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta.

O sofrimento precisa ser superado, e o único meio de superá-lo é suportando-o.

⁠Dúvidas...

As dúvidas me corroem...
São tantas...
As mais cruéis são as do coração.
Por que alimentou
essa fantasia de amor?
Deixaste te enganar?
Na primeira chama
podias ter apagado o fogo.
Deixaste o incêndio se arrastar?
Por quê?
Queimando todos seus sonhos.
Impotente, a vítima nem respira,
Mas o chacal só observa
o incinerar dos ossos.
As emoções, sim essas emoções,
são testadas ao limite.
Qual o prazer de ver uma alma
Queimando no fogo do inferno?
Essas ações que determina
o carácter de um homem.
O silêncio também é
cúmplice do mal.
Quem observa? Quem põe fogo?
Ambos são condenados,
pela própria consciência.
A justiça dos homens é falha.
Não há mal que sempre dure,
Todo dia o sol nasce na colina.
O tempo cicatriza todas as feridas,
Mesmo as do amor.

Todos os dias, quando acordo, vou correndo tirar a poeira da palavra amor...

E quando acaricio a cabeça de meu cão – sei que ele não exige que eu faça sentido ou me explique.

E ela não passava de uma mulher... inconstante e borboleta.

O medo sempre me guiou para o que eu quero; e, porque eu quero, temo. Muitas vezes foi o medo quem me tomou pela mão e me levou. O medo me leva ao perigo. E tudo o que eu amo é arriscado.

Não me corrija. A pontuação é a respiração da frase, e minha frase respira assim. E, se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar.

Não se conta tudo porque o tudo é um oco nada.

Eu sou mais forte do que eu.

Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.

Estou atrás do que fica atrás do pensamento. Inútil querer me classificar: eu simplesmente escapulo não deixando, gênero não me pega mais.

E a vida é curta demais para eu ler todo o grosso dicionário a fim de por acaso descobrir a palavra salvadora.

Entender é sempre limitado.

As coisas não precisam mais fazer sentido. Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.

Porque no fundo a gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro.

Mas tantos defeitos tenho. Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas.

Sou um monte intransponível no meu próprio caminho. Mas às vezes por uma palavra tua ou por uma palavra lida, de repente tudo se esclarece.

Corro perigo como toda pessoa que vive. E a única coisa que me espera é exatamente o inesperado.

Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma ideia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou maduro bastante ainda. Ou nunca serei.

Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. (...) Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso.