Coleção pessoal de anna_flavia_schmitt

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⁠Fico tentando ler
os teus olhos sem saber
como é o seu rosto

Do mesmo jeito
fico tentando beijar
os teus lábios sem saber
como é o seu gosto

Fico tentando ler
os seus pensamentos
sem saber como
você pensa de verdade

Da mesma maneira
fico tentando criar
um paraíso para fazer
parte dos seus sonhos

Se é que estás a reparar
ao ponto de realmente
de com delícia me desejar

Há muito tempo tens
me causado curiosidade
e desejo de perdição
com um misto
infalível de batalha
entre a loucura e o juízo.

⁠Sem pedir a arte
das tuas mãos
tu haverá de me dar
com a liberdade

Sem ócio e sem
quartel quero amar
cada território seu,
Do jeito que Deus
te fez e me deu.

Amar-te bem mais
do que do que
demais ainda não
será o suficiente:

Só quero loucuras
de amor entre a gente.

⁠Com a longa e bela cauda
a Cocrico hipnotiza o olhar
divertindo neste tempo,
em nós não há distanciamento.

Sinestésicos lemos iguais
sinais na Natureza porque
conhecemos o paraíso selvagem
que só para nós é acessível.

Não haverá nunca parecido
porque por dentro já está
escrito o destino tão querido.

Agora só é preciso o tempo
aberto para dar o passo
concreto rumo ao caminho certo.

⁠Com a sua de cor de coral
das profundezas a revoada
da Scarlet Ibis dá um sinal
da nossa aliança renovada.

Por dentro nos pertencemos
inabaláveis na fortaleza
que construímos sem prever,
e o amor só está a crescer.

Nas nossas mãos está
o quê há de mais precioso
e ninguém jamais deterá.

Não há nada que seja capaz
de nos superar ou distrair,
conhecemos por onde seguir.

⁠Sem saber o porquê
de tanto silêncio,
Sem saber ao certo
na vida quem é você
tem me colocado
prisioneira sem fim,
e temo perder
o melhor de mim,
Falando com as paredes
invisíveis e com
o meu tumulto interior,
Apenas concluo
que falo e só eu escuto
sangrando neste jogo
possível de sedução
e estranho oculto.

⁠Antes da aurora vespertina
a Lua Crescente chegou
no céu graciosamente azul
do Médio Vale do Itajaí
aqui na nossa Rodeio
que com sua beleza fascina,
Ela sempre ela a Lua
dos povos e de toda a poesia
que centro e cinquenta
primaveras embala o legado
da imigração italiana
que ergueu a Pátria
a partir deste abençoado chão
que todos os dias celebro
com amor e profunda gratidão.

⁠Uma vez contaram
que beber Jurema
é fazer feitiço,
Amor forçado
para mim é castigo,
Francamente não
preciso disso,
Se o seu coração
não for meu,
é porque não está
escrito no destino.

⁠Bocado é
o quê sustenta,
Teus lábios
hão de me alimentar
como um poema
fazendo-me flutuar.

⁠O biscoitar de outrora
era a esperteza indevida,
O biscoitar de hoje
é a atenção que se
deseja chamar para si,
O biscoitar de outrora
não me interessa,
Sou feita de agora
e o quê quero tem pressa
e ao mesmo tempo
essência bem vagarosa,
Se você me biscoitar
é óbvio que retribuir
onde os beijos colocarão
as palavras para descansar
e os lábios para se encontrar.

⁠Não é segredo
para você que
te bredo no silêncio
poético e hipnótico,
Cada poema meu
te namora de um jeito
mais forte do que
qualquer psicotrópico,
Não preciso ler
nenhum Horóscopo.

⁠Ser toda para você a sua
pombinha mansa e rara,
a sua Pomba de Granada
pela qual o seu peito dispara.

Divina e poética ambição
embaladora do coração
que me põe em preparação
para não querer outro não.

Sem te ver e sem saber
a hora e o dia de acontecer,
fiz a jura de assim permanecer.

Em nome da minha intuição
assim mantenho-me porque
sei que do amor não vamos correr.

⁠Nos tempos de antigamente
quem mordia na batata
cachaça é o quê bebia,
Do Câmara Cascudo bebo
mesmo é do Folclore
porque eu não nasci sabendo,
Quando me dei por alfabetizada
na vida acertar na batata
aprendi que era acertar em cheio,
Poesia é o quê acho que escrevo
sempre não acerto em nada,
quem acerta mesmo é a danada.

⁠Nos tempos de outrora
quando mandavam
o outro 'sossegar'
mandavam é beber água,
Hoje ninguém quase
bebe água e geralmente
todo mundo quando
se irrita manda mesmo
é para 'aquele lugar',
Como prefiro salvar
a lucidez prefiro é ignorar.

⁠Lá nos tempos
de antigamente
as pessoas quando
ficavam zangadas
ficavam é azeites,
Prefiro não fazer
parte das zangadas,
e jogar azeites
nas minhas saladas.

⁠Os bagos de Jaca
de ontem são
os mandados de hoje,
Prefiro não preferir
nenhum deles,
e sim prefiro a Jaca
que veio da Índia
e nos traz alegria
sempre que a gente come.

⁠Badejo é um peixe
que sempre me trouxe
alegria na mesa
em Santa Catarina,
No Brasil de outrora
algo que era badejo
ou até badeja
era exaltação da beleza,
Algo bem parecido
com o quê teu silêncio
entrega de bandeja,
porque sei que algo
em ti por mim fraqueja.

Coloriu o nosso olhar
o Papagaio-de-São-Vicente,
Os seus olhos exibem o quê
o peito está a transbordar.

Em mim há a tua festa que
você não consegue resistir,
E muito mais que nem mesmo
o tempo é capaz de subtrair.

Tomei para cada espaço
teu sem regresso,
sou eu o teu destino certo.

Porque em mim há tudo aquilo
o quê você mais ama, te repleta
e venera nesta face da Terra.

.⁠

⁠Ser de paz não
é ser banana,
É só alguém
que evita o quê
a guerra traz,
Ser de paz não
é alguém tolo,
é apenas alguém
que evita
entrar em rolo,
No fundo quem é
o verdadeiro Banana
é que busca provocar
e depois escapar daquilo
que si mesmo plantou.

⁠O Arroz-doce-de-Pagode
de ontem
é o mesmo que
ser de hoje
o famoso Arroz de Festa,
Tem gente que
a este papel se presta.

⁠Entre o Angu de Caroço
e o Angu no prato,
Prefiro é o Angu no prato
feito de qualquer jeito
porque é o meu gosto,
Mas o preferido
mesmo sempre será
o Angu à Baiana,
um poema perfeito que
o coração não se cansa.