Calor
A tecnologia robotizada não possui ainda a capacidade de gerar grandes resultados em um mundo que ainda é constituído de pessoas movidas por sentimentos e emoções. Robôs não abraçam, não transmitem calor humano.
Quando já não houver nenhum traço de sentimento no coração do homem, então seremos uma humanidade constituída de robôs, e a vida que conhecemos hoje, já não fará mais nenhum sentido.
O ser humano, para saber o que é luz, tem que saber o que é a escuridão. Para sabermos o que é calor, devemos saber o que é frio, finalmente, para sabermos amar, temos que saber como é odiar.
O privilégio de receber amigos queridos em casa é sempre maior do que o privilégio de ser recebido. A hospitalidade encontra-se no âmago das relações humanas, e o acolhimento ao seu visitante tende a potencializar e a alimentar sobremaneira tais relações humanas, corolários de paz e harmonia. Jamais deixemos de receber o viajante. Respeitemos o peregrino. Protejamos e afaguemos o visitante. Aprendamos com o hóspede. Escutemos as suas histórias, memórias e desejos. Ofereçamos o que puder para que ele se sinta confortável. Ultrapassemos o distanciamento da etiqueta formal para a intimidade sincera do calor humano.
ENQUANTO VOCÊ DORMIA
Enquanto você dormia,
O mundo girava
As coisas aconteciam.
Enquanto você dormia,
A vida se estendia
E nada pra você acontecia.
Enquanto você dormia
Alguém que te esperava,
Com outro alguém se envolvia...
Enquanto você dormia,
O tempo corria...
E seus sonhos “adormeciam”.
Enquanto você dormia
Havia sol e chuva,
Calor e Frio.
Manhãs e noites se faziam.
Enquanto você dormia
Nada a sua volta parou...
E no dia em que acordou,
Era tão tarde!
E então você chorou.
Colar de Prata
Colar de prata
cai sobre o pescoço
de princípio é um pouco gelado
Mas a pele viva
com seu calor aquece o colar
Ele cai sobre a pele
balança de um lado para o outro
e as vezes quando esta exposto a luz, ele brilha
e quando esta escondido por entre a roupa
ele fica guardado em secreto
De alguma forma se torna algo tão
parte da pele e do corpo
que na sua ausência,
o corpo sente falta do colar
Pois se tornou algo tão cotidiano
que mesmo durante o banho
ele fica pendurado no pescoço
Faça chuva ou faça sol
e não importa qual é a estação
o colar estara sempre pendurado ao pescoço
em movimento sobre o coração
fazendo tic-tac
Na escuridão dos teus olhos, me perco.
No sabor de sua boca, derreto.
O perfume de sua pele, vicia.
No toque de suas mãos, morria.
Perseguido pelo calor
Sinto uma brisa quente chegando
Carregando um mormaço inebriante
Que castiga esse pobre viajante
Que enfrenta o poder desse sol causticante
As nuvens amigas o abandonaram
O céu límpido azul é sinal que a temperatura só vai aumentar
O alívio de uma sombra é coisa rara por aqui
As horas passam e o calor só tende a elevar
Sua armadura o proteje dos raios do sol
Evitando um desgaste ainda maior
O calor é tão grande que o faz transpirar
Suas costas encharcadas de suor devem estar
Água gelada é uma luxo que ele não tem
Se contentando com a natural que carrega em sua bolsa
Hidratando seu corpo para continuar a resistir
Ao sol escaldante que não vacila
Ao final do dia, ele procura um alento
Deitando-se ao chão para relaxar por um momento
Na esperança de fugir desse calor fugaz
Que insisti em persegui-lo sem o deixar em paz
TEMPORADA DE VERÃO
Já é mais uma temporada de verão
Está por certo mais quente, moreno
O vento abafado, e a baforada então
Tempo quentão, e dias de sol pleno
O suor no corpo no calor obsceno
Arde os poros, escorre sem demão
E sempre brilha e nunca é ameno
O verão que tosta na sua exaustão
Se tua cor é carmina - mais ardor!
Efa! Gerando uma noite de molesta
E do dia, um dia de muito lamento
E nesta trova de verso abrasador
Enquanto houver na prosa questa
O verso será cálido no fundamento
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Dezembro, 2018 - Cerrado goiano
copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol
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Fui querer,
Fui querer calor de quem era frio,
Fui querer sentimentos de quem era pedra,
Fui querer carinho de quem era incapaz de amar,
Fui querer fogo de quem era água,
Fui querer paixão de quem era furacão,
Fui querer vc,
Fui te querer.
E querendo eu fui querer,
Intensamente e loucamente,
Eu fui querer logo você,
Porque eu fui querer ?
Não tinha nada haver com você,
Não tinha eu,
Não tinha você,
E na agonia de te querer,
Eu me perdi em mim,
Me perdi em você,
Fui Querer.
ÍAS - Viih_
O Calor do Frio
O céu escondeu suas estrelas
A lua deixou de brilhar
O vento passou em meu rosto e esqueceu de falar
Que o frio se jogou em meu corpo
E sem pensar me apertou
Não disse que a chuva eram lágrimas que ele deixou.
Eu senti que era pesado
Seu invisível coração
Que seus passos eram largos
Mas não alcançavam o chão
Seu suspiro eram palavras
Que formavam uma canção
Era gélido mas ardia
No fim tinha uma razão.
O frio em mim gravou frases
Dizendo ''Quero mudar''
''Essa solidão me esmaga''
''Por favor vem me salvar''
Correu do tal desespero
Algo queria encontrar
Procurava pelo mundo
Mas não conseguia achar.
Era rápido e tão simples
Não sabia o que pensar
Dei um abraço no frio
Eu tentei o confortar
Esqueci só uma coisa
E o final feliz mudou
Junto a chuva minhas lágrimas
Novamente só ficou
Ele deixou de existir
Ali naquele lugar
Passou no vão dos meus braços
Eu não pude segurar
A lua triste acordou
Uma por uma estrela voltou
Pra ver o frio virar calor
E agora quente chorar.
Gosto do jeito que você fala sorrindo
Passa uma energia tão boa...
Meio doce, as vezes com uma pitada de acidez,
Mas sempre com um delicioso calor,
Daqueles que a gente procura pra se esquentar naqueles dias frios com tarde de céu azul
Se alguém te oferecer grosseria devolva fineza, é com o fino fio de água que se corta o gelo... é com o doce beijo que se alimenta o calor do teu desejo.
não existe amor.
entre rosas todas estão mortas...
enfeites num mar de solidão...
o braço do infinito.
tudo está entregre num deserto.
simplemente...
agonia se passa...
o ador é simulação do espírito perdido.
o castigo de viver é imposto.
pois a lua é minha amante.
sentimento cansado de viver.
num começo nu displicente realmente.
irreal o clamor de desejar o amor.
apenas o vazio.