Jean la bruyère
E tudo fez-se silêncio
Ouço atordoada uma ausência
que fala
que pede: -Afaste-se!
Entendo como tudo agora
é notório.
E não reclamo.
Só aceito!
Percebo que minha alma
já não anda tão à toa
que meu olhar encontra
outros olhares...
já consigo caminhar à noite
sem medo da escuridão
Porque encontrei em meio
aos escombros de minha solidão
uma viola, uma caneta e
versos pra uma canção!
Ele sempre me quis...
como os poetas querem a noite:
Assim linda... triste e distante!
E eu sempre o quis...
Simplesmente!
Final de semana:
Período para pensar
Várias formas de te esquecer
Quando faltam opções
Apenas encho a cara
Finjo ser alguém de respeito
Para arrumar uma vaga no seu peito
Sendo apenas um poeta sacana
E querendo te levar pra cama
Se um dia eu for assassinado que seja por você, para que todos saibam que meu sangue correu por aí por tua causa, e que pelo mesmo motivo que meu coração batia, ele parou de bater.
É proibido sofrer
querer e não poder...
esperar e não chegar...
Amar e desamar
É proibido pensar
em tudo que faça chorar.
O meu silêncio
é a ressaca
do choro de ontem...
é que dormi embriagada
com todos os sonhos
que você me permitiu sonhar.
E no instante
do meu grito reprimido,
você chega
e coloca reticências
onde eu teimo
em colocar ponto final.
Loucura é estender os braços
e não conseguir te abraçar
sentir teu cheiro
e não poder te beijar
caminhar
e não te encontrar...
Loucura é entorpecer um coração
que só pensa em ti
é não dizer nada
quando se quer gritar
é viver e não poder te amar.