Jean la bruyère
MAIS QUE UM SONHO
Tenho o DOM de pensar coisas imaginárias
que nada tem como significado,
Contemplo o mundo com minhas
mãos padecente e não mim contento com pouco.
Minha mente é percuciente
tive uma perda permanente
Isso dos meus próprios pensamentos
Que um dia foram sonhos alfegantes
Tenho em mim uma penumbra
Sou um mero petiz tentando escalecer
Em um novo mundo no qual ele seja
Quadrado e tenha quatro cantos.
A força maior é o amor!
Não me importo qual o nome dado a essa força, se é deus ou não!
O importante é que beneficie a todos igualmente!
Sem inferno e sem céu!
O paraiso é aqui e deve ser o agora!
Esta dentro de nós!
Meu coração voltou
a morar no peito.
A impressão é que ele
andava a vagar por aí...
Cansado de tanto amar
tornou-se andarilho,
máquina descompassada...
Agora sinto-o calmo
palpitante e feliz.
Hei de lembrar como tudo era antes...
Se bem me recordo, você vinha e eu ia.
Por que paramos mesmo?
Você olhava a aurora... eu o crepúsculo.
Você buscava estrelas... eu as flores.
O que me disseste? E o que eu falei?
Ah não lembro!
Fiquei aqui... estática,
No mesmo lugar que paraste.
Preciso que largue minha mão!
Deixe-me prosseguir... e por favor
Continue caminhando...
O nosso amor
Esperei o renascer do nosso grande amor
Vi você correndo ao meu encontro
Parecia que em teus olhos
Habitava o meu horizonte...
Porque eu te quis
Como a terra quis o sol
O nosso encontro foi o único
Foi o mais bonito
De todos os encontros
Houve encanto!
Mas você me olhou, sorriu, me abraçou...
Falou com a voz do vento
Cantou minha suave melodia
Decantou o mundo em versos frios e calmos
Abraçou-me ainda mais forte e silenciou...
E foi nesse instante que o nosso amor
Pediu para não morrer!
Tenho medo
De percorrer uma estrada e não te encontrar
De sonhar... sonhar... e um dia acordar
De tudo ser apenas um doce engano
Tenho medo
Deste amor cheio de preconceitos
Deste querer indeciso
Do desejo que nunca acaba
Desta espera sem fim...
Tenho medo
Das palavras que sempre murmuro
Da verdade que nos cerca
Das vontades que nos envolve
Do permanecer imóvel diante da realidade
Tenho medo
Desta falta de coragem
Desta fragilidade imatura
Da crença ingênua
O meu medo... talvez...
Seja te amar sem medo
E não ter medo do segredo de te amar!
E por que temos que ignorar
A escuridão da noite
Se a lâmpada acesa ainda clareia
E o astro rei há de surgir um dia?
Por que temos que fingir
Se tudo o que queríamos era sentir?
Por que temos que matar esse amor
Se ele pode nos dar vida?
Por quê?
Sempre que você vem ao meu encontro
Deparo-me com a realidade cruciante
Feito vidraça blindada
Fico sempre onde estou
E você não se move
O coração pede pra sair do peito
Virar borboleta... ir buscar o teu pólen
Mas de repente...
Sei o quanto ainda preciso aprender
E você sabe o que precisa fazer!