"As Boas Ações" Bertold Brecht

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A espiritualidade em um mundo enfartado de materialismo. Uma busca que começou assim que percebi que Deus não é meu, seu ou de qualquer qualquer grupo organizado que dissemine dogmas.

Deus é luz, amor e está dentro de todos nós. Só precisamos entrar no fluxo para deixar essa energia expandir uma consciência que não precisa de matéria para evoluir.

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Nossa vida é um acervo de conhecimento corrente. Por meio desta sede insaciável de aprendizado, projetamos o nosso destino ao distribuir as nossas motivações indeclináveis: interesse, disposição e tempo.

Se você não possui DISPOSIÇÃO para encontrar TEMPO, é porque nunca existiu real INTERESSE.

Aprendemos com os nossos erros, mas esta ciência nem sempre será exata. Os acertos também ensinam. Isto é, (não necessariamente) algo precisa dar errado para dar certo.

Precisamos de automotivação para encarar o destino travestido de acaso, extrair o aprendizado em qualquer circunstância e evitar o processo de autossabotagem.

Agir contra si mesmo é amputar nossa capacidade de transformar a prática em sucesso.

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A vida é um ciclo. Nela tudo é passageiro, e até nós estamos aqui de passagem. A felicidade, a tristeza, o fim de uma dor, o início de outra, a ausência completa de sofrimento - condições fortuitas. Problemas viram solução até surgirem outros contratempos à espera de resolução. Nenhum conhecimento adquirido cessa a nossa sede de aprendizado, e vamos aprender na sorte e no revés.

Saciamos as curiosidades da infância e entramos nos medos da adolescência, os temores são vencidos e passamos as batalhas da vida adulta, para depois, enfim, enfrentarmos as dificuldades da velhice e fim de vida.

Passamos a vida em loops temporais com intervalos de presença e ausência de dor. É natural surgir em nós o sentimento de impotência, mas não precisamos tê-la em excesso. Exatamente, viver é estar entre o céu e o inferno em equilíbrio.

Cultivamos o autoconhecimento, a criatividade, a convivência, a caridade e o nosso amor-próprio. Criamos bons hábitos e tentamos abandonar tudo aquilo que nos deteriora. Só temos o agora. Desconhecemos o futuro enquanto encarnados e se existe algo além do nosso desencarne, contudo, creio que o nosso loop temporal é infinito e evolutivo.

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A fraqueza do forte se travestiu de resiliência para caminhar na direção do desejo latente, e assim suprimir as ratoeiras que abreviam as fronteiras da paz desejada.

Não poder destruir a avidez transbordante da impotência, é a angústia mais solitária da consciência.

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Estupidificar meus trechos podem viralizar minha estrada, mas escolho caminhar ao lado da sapiência e ser avistado por olhares que enxergam além dos estribilhos que viram bordões na boca dos insipientes.

Sou a cólera do vulcão.
Com lágrimas de erudição.
O frenesi da criação.
Com gotas de frustração.

A voz vencida por estereótipos.
O grito abafado por protótipos.
Resiliência contra a parede.
Alguém que vive com sede. 

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Iniciei desencarnado.
E encarnado.
Escolhi uma flor.
És Margarida.
O primeiro elo se fechou.
E o destino começou.
Na conexão de um cordão.
No poder do livre arbítrio.

Prossegui incorporado.
E decidido.
Escolhi mais uma flor.
És Girassol.
O segundo elo se fechou.
E o jardim angariou.
O branco, o amarelo.
E as bênçãos do Astro Rei.

Avancei encorajado.
E despreparado.
Busquei o meu caminho.
Esbarrei com alguns espinhos.
E concebi uma linda Prímula.
És minha primeira rosa.
Mas meu terceiro elo se quebrou.
E o jardim virou saudade
Melancolia e pétalas de lembrança.

Resisti entorpecido.
E aliviado.
Conheci mais uma flor.
És orquídea.
O meu sonho restaurou.
Atravessei o mar com ela.
E o quarto elo se fechou.

És mulher.
Seja ela qual flor.

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Atinjo a realidade através dos sonhos. Se percebo que estou na antessala de um deles, portas trancadas. Eu pulo a janela.

Definir uma única alternativa.
É limitar as possibilidades.
Podemos encontrar caminhos.
Quando acendemos princípios.
Desejos e irregularidades.

Não falo só do óbvio.
Mas de uma única porta.
Um escape singular de sentimentos.
Desencadeado por ações.
De uma Sociedade Madrasta.
Com senso comum manipulado.

E diante de algo que não vemos.
Mas sentimos nas esquinas e ruas.
Ser indivíduo criativo.
Na cegueira coletiva.
Precisa ser um estado de espírito.
Algo que perpetue além do ócio.

Inserida por andre_villasboas

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Vida morna, pela metade.
A resposta estampa na cara.
Nas rugas sem histórias.
Na distância sem sorrisos.
Na indiferença sem memórias.

Sobra covardia.
Falta coragem.
Meio termo sem virtude.
Quase felicidade.

O quase não ilumina,.
Não inspira,.
Não acalma.
Apenas amplia o mórbido.
E comprime sua alma.

Derrota prévia.
Dúvida da vitória.
Não abrevie sua régua.
Busque sua glória.

Se incomode.
Se revolte.
Se afaste.
Se transborde.

Viva sem medidas.
E se tiver que errar.
Se quebre lá no topo.
Mas não hiberne e procrastine.
Na sua zona de conforto.

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Quando o abstrato.
Acomete o concreto.
Sábios se alfabetizam.
Velhos rejuvenizam.
Razão vira emoção.

Sensação de poder.
Transgressão do saber.
Escuridão vira clarão.

Vulgarizamos o ter.
Vangloriamos o ser.
Trancendemos o chão.

Receio vira anseio.
Meio vira cheio.
Azarão vira alazão.

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Quando resgatamos e colocamos nossas memórias em ordem cronológica, percebemos as mudanças de ciclo e as alternâncias de comportamento dentro de uma nitidez absoluta e até cruel. Um verdadeiro cinema mudo, cheio de simbolismos e entrelinhas. Vivenciamos nossa própria atuação através de personagens que criamos inconscientemente, roteiros idealizados com o objetivo de interpretar o melhor papel de nossas vidas. No entanto, poucos conseguem protagonizar e muitos morrem tentando. A grande maioria vira coadjuvante na história de outras pessoas.

A verdade é que nossa trajetória não precisa de supérfluos, mas de recíprocos. Esta reciprocidade também não envolve somente seres humanos. Podemos nos relacionar com a natureza, com o conhecimento, e estes sempre vão retribuir o seu sorriso e a sua expectativa. Quanto ao relacionamento entre pessoas, traga para sua peça somente aqueles que devolvem as mãos, os abraços e a alma que transcende os vínculos de sangue.

Logo estarei com meio século e algo de positivo posso tirar dos capítulos que escrevi até aqui. Protagonista ou não, morrerei tentando escrever minha própria obra. Sendo coroado ou não, persistirei até ser entorpecido com aquela deliciosa sensação de vitória.

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Tente fechar os olhos para divagar.

Quantas vezes você fez algo incrível, e ninguém aplaudiu? Quantas vezes disse algo maravilhoso, e ninguém parou para ouvir? Quantas vezes escreveu algo significativo, e ninguém reservou um tempo para ler?

É assim que funciona.

Você costuma substituir o que é fácil pelo que é certo? Já percebeu que, invariavelmente, o certo passa pela dificuldade?

Ter esta consciência na hora de agir não coloca você no patamar de vítima. Apenas encaixa você no papel de militante.

Quando você está cercado de olhos, ouvidos, bocas, braços e nenhuma atitude; a desistência passa pela sua cabeça. No entanto, exatamente no momento que você questiona sua missão, existe algo muito maior te vendo, te ouvindo, falando com você e afagando seu rosto. Assim experiencio, e com certeza você também já experimentou esta sensação por diversas vezes.

Como sou um exímio expectador dos meus próprios experimentos, posso garantir que a força que me faz realizar é a mesma que acompanha todos os seus passos.

Você só precisa sentir e acreditar no que é certo. Não vai ser fácil, mas se eu posso; você também pode.

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Metaforando e viajando do nefasto ao fausto.

Divaguei de olhos cerrados.
Percepção do reverso.
De fora para dentro.

Descortino o cerne.
Ultrapasso dermes.
Transcendo artérias.
Excedo o que me mantém vivo.

Vislumbrei a essência.
Estou no caminho certo.
Interiorizo demasiado.
Reprimo a ânsia de externar.

Continuo em frente.
Quero beber na nascente.
Fonte que banha minha alma.
Que desvenda o imaginário.
Amigos ordinários.
Que cunharam moedas da discórdia.
E sabotaram meu triunfo.

Tudo clarificando.
No âmago, abençoando.
Cavaleiro de espada.
Tormenta estirpada.

Hora de retornar.
Sem as sombras da inveja alheia
Livre, alforria assinada in loco.

Guiei de olhos espertos.
Percepção do anverso.
De dentro para fora.

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Mentirosos nunca triunfam.
Apenas abdicam de si próprio.
Entregam suas realidades.
Viram servos do destinatário.

Meros condenados à perpetuidade.
Transgressores que falseiam.
Que enganam a verdade.

São dependentes da ilegitimidade.
Reféns das inverdades.
Que pagam por destruição.
Assolação do que era objetivo.

Quem mente é escravo.
Cativos da própria vontade.
Sequestrados no próprio cativeiro.
Cavaleiros da impobridade.

Se eu quero que caminhem comigo?
Prefiro ter poucos autênticos.
Que uma gangue de embusteiros.

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À medida que desemburramos com o tempo, substituímos o viço da mocidade pela autenticidade das marcas de expressão.

Descobrimos uma riqueza que nenhum dinheiro pode comprar, o processo extraordinário em que você se torna a pessoa que sempre deveria ter sido.

Aí passamos a invejar o vigor dos jovens, e percebemos que os mancebos não estão preocupados com a nossa austeridade. Eis que surge mais um esculacho da vida: uns conhecem o que perderam, outros desconhecem o que lhes falta.

Ainda posso trocar a inveja pela consciência de perceber este movimento tão natural.

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Nada de extraordinário.
Só aceitei minha paz.
Nada de algemas.
Só clamei por alforria.
Nada de acaso.
Só acatei a consciência.

Trabalho por conta própria.
Sem fronteira.
Dono do próprio tempo.
Sem miopia.
Vigilante do próprio destino.
Sem supérfluo.

Sonego o aculturamento.
Com diversidade.
Dissimulo os padrões.
Com foco.
Exerço o minimalismo.
Com simplicidade.

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Prefiro ter lampejos de coragem e genialidade que uma vida repleta de covardia e pão com manteiga.

Sem bizonhices, quero algo realmente FOD4. Quando percebi que todos os caminhos me levavam para uma vida mediana, simplesmente me perdi de propósito.

A sobrevivência das minhas convicções não é algo negociável. Pagar apostas com meu destino não vai mudar minha realidade. Prefiro aceitar o fardo da própria vitória a desistir dos sonhos quando eles se tornarem tangíveis.

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Ao longo da vida criamos mecanismos de autodefesa. Meu lado feminino, por exemplo, foi a forma que encontrei para conservar minha Mãe bem próxima. E através desta simbiose entre o dom e a dádiva, posso transformar minhas quedas em passos de dança, meus medos em escadas, meus sonhos em pontes e todas as minhas procuras em encontros.

“Filho, bons sonhos”. Ouvi esta frase incontáveis vezes, e nunca me atentei para o seu real significado. Enquanto eu dormia e sonhava, ela se mantinha vigilante e nada podia embargar o que me fazia fluir. Este campo de força camuflou minha vulnerabilidade, e invulnerável deixei minhas digitais em todos os grandes marcos da minha história.

Nada que eu fazia passava desapercebido. Sermões de correção, palavras de absolvição, beijos e abraços de comunhão. Caí do ninho, bati minhas próprias asas e nunca cheguei ao chão.

Na minha eloquência, percebo que jamais serei livre do que me liberta de ser escravo de uma vida sem você. Por isso cuido do meu lado mulher, assim tenho minha Mãe sempre aqui comigo.

Ser Mãe é um dom.
Ser filho é uma dádiva.
Você, privilégio.
Eu, privilegiado.

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Quando despertamos alavancados por sonhos e desejos que precisam ser transformados em veracidade, vivemos no presente e na espreita de dias ainda melhores.

Não se trata de inconformidade injustificável, mas de propósito legitimado no cotidiano.

A vida vai estabelecer condições limítrofes e ultrapassá-las não será questão de sorte, mas da inspiração e da transpiração dosadas com sabedoria. Ambas atuando em uma perfeita simbiose.

Terão dias que a criatividade poupará o esforço, outros em que os poros vão aliviar a ausência de imaginação, e nós saberemos como proceder sem deixar o ritmo declinar.

Quanto à consistência evolutiva de todo o processo, tudo vai depender da nossa capacidade de progredir.

Avançar diante dos aplausos.
Evoluir perante as vaias.
E florescer defronte o mórbido silêncio.

Inserida por andre_villasboas

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Me agarro na metamorfose
Duas pernas me levam bem longe
Degusto meu café, minha dose
Não espere que eu te desaponte

Distante da resignação
Desperto e adormeço tentando
Bem longe da acomodação
Avalizo minha fé, vou lutando

Tem dias que entorpeço feliz
Tem dias que adormeço doído
Escapei da expiação por um triz
No mais estou sempre sorrindo

Valente, me tornei imigrante
Carreguei minha bagagem, família
Do caos, virei itinerante
Meu jargão, minha filosofia

Na estrada vi muitos espinhos
Ferrões, e eles não são meus
Nem fui, nem sou Zé-Povinho
Sou grande, acredito em Deus

O triunfo em verso e prosa

Inserida por andre_villasboas

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Nossa história não tem simetria.
Somos reais, leais e à margem do óbvio.
De dentro para fora e ao contrário.
De cara lavada, sem receios e âncoras.

Nossa glória requer liberdade.
Somos ócio quando o criativo aflora.
Sócios quando a responsabilidade deflagra.
Corais sem recifes inertes.

Nossa memória instiga valores.
Somos bom senso sem senso comum.
Enamorados do ofício sem cordas.
Amantes do ônus com bônus.

Nossa fé não é compulsória.
Somos cristãos sem doutrinas e templos.
Desviados do que catequiza.
Escudeiros do livre arbítrio.

Nossa banca prioriza a vitória.
Somos descrentes do apocalipse.
Otimistas do que é merecido.
Comungamos o mesmo propósito.

Estamos no Porto sem ancoradouros.
E do Porto, podemos virar best-seller.

Inserida por andre_villasboas