"As Boas Ações" Bertold Brecht
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O conhecimento pode até nos trazer um certo poder, mas o auto-conhecimento nos coloca na trajetória da invulnerabilidade.
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Se sua vida é repleta de momentos insossos, tipo raspas de chuchu, lembre-se que uma pitada de pimenta arranca-te do senso comum.
Na minha alquimia, aprendi que tudo pode ser eternizado e que minhas grafias otimistas são incensuráveis.
Quando me censuram, de alguma forma transformo o spray de pimenta em tempero e sigo adiante, ortografando minha euforia.
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Algum EGUM, OGUM.
Já desatinei muito ao longo da vida, conjuguei o verbo "doer" no infinitivo, no particípio e no gerúndio. Gritei: - "EGUMedeixa", e ele sempre se foi, ofuscado pela minha luz própria e inata. Oxalá!
Quem aqui nunca sentiu aquela pedrada abstrata, aquela dor tão disseminada que você se perde ao interpretar causa e efeito? Acredito que esta seja a melhor forma de entender que só se afoga quem sabe nadar, e eu comecei minha vida submergindo em quase tudo que tentava.
Sempre terminava com a temida faca de dois gumes nas mãos. Ou afunda na areia movediça ou cria uma carapaça tão forte quanto a armadura de Ogum.
"OGUMeveste", e ele me vestiu, iluminado pela minha luz própria e inata. Oxalá!
E eu? Eu, inconscientemente, saí cavalgando pelas estradas da vida.
Eu, Mariô.
Tu, Mariás.
Ela, Maria.
Maria amanhece aurora
Eduarda vence outrora
Filha do sol
Cria da luz
O canto do rouxinol
Pequena que me seduz
Maria desabrocha uma flor
Eduarda enobrece o amor
Oriunda do ventre materno
Respiro de uma oração
Criança do riso fraterno
Que fez casa no meu coração.
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Em um mundo repleto de padrões, um pouco de transgressão pode ser até bom e rentável.
Às vezes é certo estar errado.
Tenho a convicção que começar errado pode fazer com que aquela sugestão considerada controversa acabe tornando tudo possível. O que isso quer dizer? Que inovações não partem da rotina que estabelecemos. Também não são originadas a partir de métodos tradicionais e consolidados. Pelo contrário, o que provoca o “UAU” e modifica o mundo, em geral, vem de alguém que ousou ir por um caminho diferente, ainda não normatizado.
Exatamente, um pouco de transgressão nos padrões diários pode trazer resultados surpreendentes. Aliás, ter segurança para poder “tentar, falhar e aprender” é um ciclo valorizado justamente por quem busca inovar.
Já pararam para pensar que toda lei é uma transgressão da liberdade, e que as grandes riquezas, sejam elas materiais ou de espírito, nasceram de uma emancipação? A imaginação não passa de um modo emancipado da ordem do tempo e do espaço.
Seguir e acompanhar o que eu digo pode ser um bom "ponto de partida" para você sair da caixa. Aprenda com quem vive fora dela e - às vezes - ri dos próprios erros.
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Não sou louco, sou apenas um criativo que encara a monocromia como uma profusão de cores. O efeito e a magia estão na beleza do coração de quem enxerga o azul no meio do cinza.
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Em tempos de guerra e matança, trago para reflexão o que disse Jesus aos seus discípulos: "Vós sois o sal da terra e a luz do mundo".
Reflexão... Se o sal vier a perder o sabor, qual seria sua real função? Nenhuma, pois o sal não funciona sozinho. Além de não ser um alimento, também não sobrevivemos apenas com ele.
Entretanto, na medida em que o sal se relaciona com a comida, sua presença afeta completamente o contexto do que comemos. Não podemos vê- lo, mas sabemos que está ali porque sua força se faz sentir.
Se exageramos na dose, estragamos a refeição por completo. Se deixamos de colocar, a refeição perde o gosto e a personalidade. Nós, seres humanos - assim como o sal - mudamos aquilo em que estamos inseridos.
E a luz? Como a luz, alteramos tudo aquilo que está à nossa volta. Quando nos fazemos presentes na medida exata – sem excesso e sem omissão – justificamos nossa vida perante à Deus.
Resumindo... EQUILÍBRIO.
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Agora, sem hora, na varanda da minha casa. Contemplo o detalhe, ressignifico o silêncio. Eu, ela, nosso filho e uma melodia encaixada. Um café delicioso, nenhuma palavra.
Olhos fechados.
Nariz e ouvidos apurados.
Paladar aguçado, saciado.
Nuvens divorciadas.
A solteirice amarela, queimando.
Olhos abertos, sentidos harmonizados.
A casa inacabada.
Primavera em cada árvore.
Profusão de cores como assinatura.
Cidade com identidade própria.
O templo do azul e branco.
Travestido de dragão.
A confluência de possibilidades.
Quem quer ir, quem quer chegar.
O galo cantando fora de hora.
E a vida me dizendo: - relaxa, se aquieta.
Ansiedade abduzida, eu livre.
Um pedaço de papel.
Uma esferográfica falhando.
Sensações partilhadas.
A prova da minha vida materializada.
Aleluia, simplicidade.
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Vocês conseguem imaginar o poder de uma contemplação profunda? Quando esvaziamos a mente de todas as suas distrações, atenuamos o fluxo mental, regulamos o relógio biológico e reencontramos o prumo.
Quando o remanso está presente no contraste de selvas - virgens ou não - o medo esvazia e o âmago flerta com a paz interior. Este é o ensejo que precisamos para compor o adubo que fertiliza a semente da criatividade.
O intelecto que difere o bicho homem dos demais bichos é o que nos permite debruçar sobre o sofrimento ao caminhar na direção oposta. Miseravelmente, a honraria da racionalidade nos faz esquecer que também somos bichos a cargo de emoções, intuições e espasmos de impulsividade. Que somos apenas um entre tantos fios com os quais Deus tece a sua infinita teia. Vez ou outra, paramos para ouvi-lo em silêncio, e nos refazemos do desgaste de vivermos a mercê do incontrolável.
Siga, pare, respire, contemple e se prepare para mais uma semana de vida. Tome as rédeas do imponderável.
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Me torne autoconsciente no momento que descortinei a consciência dos meus papéis. Aticei a reflexão ao me observar no espelho e ao enxergar o impacto da minha personalidade naqueles que me circundam.
Tive (e tenho) que trabalhar muito minha inteligência emocional, e isso só foi possível no momento que reconheci minha autoconsciência – o que faz sentido quando recorrermos à mitologia e constatamos que o Oráculo de Delfos aconselhou milhares de pessoas há milhares de anos atrás: “conhece-te a ti mesmo”.
Laconicamente, posso dizer que autoconsciência significa uma compreensão profunda das próprias emoções e impulsos. As pessoas com esta característica acentuada, não são nem críticas demais nem irrealisticamente esperançosas. Pelo contrário, praticam a honestidade holisticamente.
Se queremos saber para onde estamos indo - e o porquê desta caminhada - precisamos nos reconhecer antes de achar que conhecemos o caminho e as pessoas que estarão ao nosso lado direta ou indiretamente. Foi assim que evitei minha esquizofrenia, conhecendo todas as minhas loucuras antes de achar que os loucos estavam à minha volta.
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Na essência ela é hiperbólica.
Na quimera é paradoxal.
Na compaixão, metafórica.
Gosta de coisas díspares.
Pessoas análogas.
Situações descoincidentes.
E de elos congruentes.
Hoje é assim.
Amanheceu, se reinventou.
Mas abomina personagens.
Ou personificações voláteis.
É simples e complexa.
Mistura nonsense.
Debutante da casca verde.
Senhora do miolo sensato.
Se perde de propósito.
Sabe onde se achar.
De vez em quando silencia.
Persuade na surdina.
É "papum", nada de rodeios.
Real, sem devaneios.
Riso fácil, choro descomplicado.
Corajosa e sem receios.
Não suporta metades.
É amante por inteiro.
Amiga de verdade.
Via de regra: 100x minha.
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O que o seu "EU" (do futuro) diria para o seu "EU" (do passado) se este contato fosse realmente possível? Será que o seu atual momento mudaria? Pequenas decisões pode levar a grandes consequências.
Antes quero abrir um parêntese para a Teoria do Caos. Este tipo de diálogo pode causar sérias consequências e eu poderia nem estar aqui para contar, mas me reservo o direito de soltar a imaginação sem alterar o meu destino.
EU (do futuro): - Alô, tudo bem? Estou ligando para dizer que nos momentos que você venceu, perdeu e disse umas verdades na hora errada - está tudo certo. Continua acontecendo isso com você aqui no futuro. Faz parte da vida.
EU (do passado): - Tudo bem, graças a Deus. Você se arrependeu de alguma coisa?
Do futuro: - Várias vezes. Pensei até em pedir para você evitar certas situações. Mas talvez eu não fosse eu, se você fizesse isso. Poderia alterar quem somos. Melhor deixar quieto e aprender com os equívocos.
Do passado: - Sim, tem razão. Sem prejuízo, não existe glória.
Do futuro: - Exatamente! Fora isso, vou te pedir para ser menos ansioso. A ansiedade quase acabou comigo. Ela me consumiu naquilo que você achou que aconteceria.
Do passado: - Sempre suspeitei que teria problemas no futuro com esta questão da ansiedade.
Do futuro: - Pois é, terão vezes que você achará que é o fim - e será mesmo. Na maioria das vezes você achará que está coberto de razão, e pode acreditar, estará completamente enganado. Quanto a família, fique bem pertinho do seu irmão. Todos merecem seu carinho, mas dê uma atenção especial para ele.
Do passado: - Aconteceu alguma coisa com ele?
Do futuro: - Controle sua ansiedade, tudo no seu tempo. Só faça o que eu te pedi, ok?
Do futuro: - Mudando de assunto, herdei de você um talento especial para atrair olhares invejosos e estereótipos equivocados. Confesso que vivo tentando te desconstruir quando falo de você. Talvez seja o ímpeto de querer que pense como eu aprendi a pensar. Essa tal de maturidade tardou, mas chegou com força.
Do passado: - Como estou no futuro?
Do futuro: - Não quero acabar com a surpresa, só posso adiantar algumas coisas: Você vai ser pai duas vezes, e ainda tentará (e conseguirá) uma terceira. Vai se casar, divorciar e acertar na segunda tentativa.Tudo vai valer a pena, e você escreverá um livro. Vai ser você e eu, sem brigas pelo protagonismo. Até breve!
Do passado: Até breve!
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Quer vencer?
Confie no seu talento.
Quer progredir?
Pratique diariamente.
Quer crescer?
Crie raízes.
Quer evoluir?
Sirva outras pessoas.
Quer resultados?
Persevere com resiliência.
Quer aprender um pouco?
Leia muito mais.
Quer falar bem?
Escute ainda melhor.
Quer fazer a diferença?
Se diferencie.
Quer ser feliz?
Viva o hoje.
Em cada resposta percebemos o quanto FAZ sentido o verbo FAZER. A mágica não acontece nos arredores, a caminhada até lá é colossal. E sinto informar, sua jornada só terminará quando a falta de fôlego jogar sua persistência nas cordas e o seu brio na lona.
Até lá, FAÇA sua parte... e aí, quase que de repente, sua vida começará a ganhar um novo sentido, e mesmo nos desafios mais surreais, você sentirá que pode ser feliz de novo.
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Nada é por acaso.
O isolamento nos uniu de uma forma nunca antes vista. A misantropia perdeu espaço para o sentimento altruísta, e tivemos que lidar com algo invisível e maléfico para largar de vez o egocentrismo. O amor tinha se perdido, a solidariedade se esvaído, dissipado em meio a notoriedade egoísta repleta de preconceitos. Um mundo globalizado, porém, cheio de muros e discórdia. E discordando um dos outros caminhávamos a passos largos para um poço lotado de camadas verticais e desigualdades sociais.
Será que tem algo divino nisso tudo? Será que vidas inocentes precisavam ser perdidas para uma reconexão de valores e princípios? Temos por hábito aprender somente na dor, algo inerente ao ser humano. Mas a dor precisava ser tão intensa?
Espero no fundo da minha alma que a lição seja aprendida e nunca mais esquecida. Que todas as pessoas possam dar as mãos e entender de uma vez por todas que o coletivo de toda e qualquer união verdadeira sempre vai se chamar vitória.
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Quando nossos demônios agonizam, nossos anjos triunfam. Existem batalhas que ninguém pode lutar por nós, e os exércitos rivais estão entrincheirados no nosso inconsciente coletivo.
Quando o inverso acontece e nossos anjos são derrubados, somos manipulados pela afronta das camadas mais profundas do nosso psique.
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Acordei com um impulso descomunal de semear o positivo e enterrar o meu lado cético.
Expor minhas teorias.
Alimentado de audácias.
Refletir minhas experiências.
Nutrido de constâncias.
Acender meus propósitos.
Sustentado de certezas.
Não sei onde vou parar.
Só sei que não estou perdido.
Que apesar de uma boa retórica.
Meus pensamentos não são midiáticos.
E mesmo dentro de um loop.
De frases e eco.
Cabe a mim decidir entre:
Rir ou chorar.
Desistir ou lutar.
Permanecer ou inovar.
Calar minha mente.
Ou escrever minha alma.
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A vida é tão lacônica.
Não comporta reprises.
Emendarmos os erros.
Sabotamos os acertos.
Somos forçados a agir.
Reagir por impulsos.
E determinar o futuro.
Somos atores e dublês.
Interpretamos dramalhões.
Com eloquência.
A arte do bem dizer.
Do mal dizer.
Tudo sem ensaios.
E scripts ligeiros.
Somos seres intuitivos.
Sem avaliações prévias.
Validações sequentes.
Somos humanos emotivos.
Sem álbuns e recortes.
Das gargalhadas, cenas amargas.
Sem vestígios da nossa novela.
E aí invertemos sentimentos.
O choro vira riso.
A chuva vira brisa.
O barulho vira silêncio.
A poesia vira eco.
E eu viro folhas em branco.
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Somente quando temos coragem suficiente para explorar a escuridão, descobrimos o poder infinito da nossa própria luz.
Somos seres efêmeros e questionamos o sentido desta efemeridade. Uns dizem que é o suficiente, outros discordam e todos concordam que nossa existência é um mistério. Exploramos a escuridão do desconhecido e vemos a própria luz pulsar através do nosso ectoplasma. Buscamos propósitos tangíveis para justificar uma trajetória sem angústias. Os que não conseguem, naufragam em um mar repleto de aflição.
Alguns indivíduos se apoiam na abstração de algo divino, e caminham com a convicção de algo evolutivo com início, meio, fim e um ciclo que vai motivar gerações cada vez mais avançadas. Outros creem na existência do celestial, e caminham com a certeza de que a evolução – por si só – não se sustenta. De que somos seres de matéria mortal, consciência imortal, e de que existe uma desassociação entre corpo e espírito.
Fato que precisamos acreditar em algo, não importa se na ausência ou na presença de um Deus ou de uma Ciência que tente explicar o motivo da nossa existência. Eu prefiro associar as duas coisas, e propor uma reflexão sobre a Metafísica, algo além da Física. Uma matéria que absorva Deus, Ciência em uma associação que nos leve a entender que um não existe sem o outro. Estamos aqui por um propósito, e este sentido está gravado nas nossas camadas mais profundas, no inconsciente e no fio invisível que nos conecta a todos os nossos ancestrais.
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Se você tivesse a honra de interpretar Michelangelo, como faria na obra: "A Criação de Adão"?
Em uma das telas mais famosas do planeta, Michelangelo retrata Deus e Adão: no primeiro ele traduz o divino, no segundo ele constitui os homens.
Na obra percebemos Deus esforçado, com o dedo indicador completamente esticado. Ao passo que Adão está relaxado, falanges contraídas e um dedo indicador quase que desistindo do contato.
O livre arbítrio de Adão - concedido por Deus - nesta imagem, tem a conotação de pensamento excluso, como se o homem pudesse caminhar independente do seu Criador - e na verdade, pode. O crescimento do ateísmo no mundo mostra isso. Os cientistas adeptos da visão monista (corpo e mente indissociáveis) também.
No entanto, todos temos a prerrogativa da escolha, e acho pouco provável que Adão e seus adeptos estejam certos. Tenho o direito de discordar, e apresento aqui a minha versão.
A psicanálise, chamada de pseudo ciência pelos anti-reencarnacionistas, já provou (cientificamente) que nossa consciência se expande quando a matéria (corpo e mente) morrem - mesmo que por um lapso de tempo.
A psicologia, também rechaçada, já provou (através das regressões) a existência de memórias passadas e histórias reais de bebês recém encarnados.
A própria ciência já está dividida, e grandes neurocientistas já optaram pela visão dualista. Sim, corpo e mente são indissociáveis, porém, existe uma alma com consciência e identidade espiritual que está aqui para evoluir aos olhos de Deus. Jesus Cristo, maior exemplo de evolução não há.
Diante de tantas provações, com a certeza absoluta que nosso propósito é a evolução espiritual e que a morte é um tabu alimentado pela cultura do medo e da falta de fé, estico bem o meu dedo pois sei que estou fazendo a minha parte.