Aviso
GERMINAR
Sem respiração.
Então,
Te aviso de antemão
Que este verso será vão!
Mal cabe na palma da mão,
Que dirá em meu coração.
Gostaria mesmo que fosse grão
Para germinar neste chão.
Don Tiago da Rocha Sales Piauhy, Sampa, Sp, Outubro/2015
Aviso -
Vós que vedes os poetas
sentados em esplanadas
filhos negros dos ascetas
irmãos tristes da idade
almas pobres, condenadas,
incógnitos, sombrios, p'la cidade,
sabei que, a sua magra ilusão
seu nostálgico sentido
seu pecado sem perdão
fruto de árvore, proibido
é rasgar o horizonte
como encanto e castigo ...
Porque é castigo ser Poeta!
É ser rei sem ter castelo
ser corrida sem ter meta ...
Ser pajem, ser aia ou donzela ...
Ser poeta é indiferente,
é ser louco, é ser belo,
pintura negra numa tela.
E fechem-lhes as portas ...
Não os olhem no olhar ...
Não lhes aceitem as demoras ...
Seu pensar é nada ...
E em nada se resume ...
Dizem querer amar, amar ...
É mentira, loucura, queixume ...
Mas algo tendes de aceitar!
Respeitai sempre os novos laivos
de poesia que eles trazem no olhar ...
Sede prudentes no entanto,
e afastai-vos sempre desses goivos,
quando algum deles vos fitar!
Quando coisas ruins acontecem é de repente, sem aviso prévio. Os desastres naturais chegam, bagunçam nossas vidas, e não importa o quão possamos dar o nosso melhor. Apertamos nossos cintos, numa vã tentativa criamos barreiras afim de evitá-los, mas quando os tempos difíceis chegam, nada podemos fazer senão aceitar. E embora esqueçamos que as dificuldades surgem e também findam, o que importa é como reagimos durante esse intervalo. O que aprendemos nesses momentos e o caminho que escolhemos.
SINTA...
Tudo que quero e desejo
Seu rosto perto do meu
Devagar, fecha os olhos
Um beijo
Sem aviso chego
Com um cheiro
Agora sorrindo
Outro beijo
Dessa vez, com abraço
Paro, te olho novamente
Não te largo
Te falo, te provo
Te olhando nos olhos
O que temos
É raro
Aviso aos navegantes,
entre calmarias e intempéries
vamos navegando e acreditando.
O barco da vida vai seguindo,
com o balanço das ondas...
Se decidires
Se decidires não mais me amar,
afasta-te de mim.
Por favor, vá sem aviso prévio!
Busca outra estrada pra caminhar.
Procura outro jardim pra o perfume das flores sentir.
Busca outro mar pra mergulhar.
Se decidires não me amar...
Afasta teus olhos de mim...
Se decidires não me amar,
vá... de nada valerá querer me explicar
por que decidiste o que decidiste...
entendo... é o fim de nossa estrada juntos,
cada um seguirá seu próprio caminho
sozinho.
Ficarei, por aqui, taciturna, silente... por um bom tempo... até parecerei doente.
Pensarei: estava eu tão acostumada a nós...
É difícil quebrar velhos hábitos...
Mas eu hei de quebrar...
E abrirei meu coração pra outro homem nele entrar...
Fazer morada...
Serei namorada.
Tudo num instante conciso irá acontecer.
Nós dois houve um tempo em que era pra ser... agora não é mais... quando chegar a hora, eu vou entender.
Uma enorme dor
Uma fração de tempo
…apenas.
E tudo se esvai... tudo embora vai.
Não há aviso prévio.
Clica um botão – uma divindade que não se vê... que não se sabe onde está – e para o coração.
Último respiro.
Nada levamos.
Todos os choros e risos a nada reduzidos.
Antigas lembranças... lembrar pra quê?
O exemplo é o que deixamos.
Dor a muitos causamos – não porque queremos.
Um pouquinho de nós em outros se preserva.
E isso, juro, me enerva.
Logo que eu souber qual o tamanho do estrago te aviso
Não pretendo mais ser teu abrigo
A princípio não pensei direito sobre o perigo
De me envolver de novo
Então me lancei na água turva de desejo do teu corpo
Mesmo conhecendo o teu jeito torto
Tive que provar mais uma vez o gosto
Do desgosto
A ganância e a ambição desmedida levam o homem ao cume da montanha e sem qualquer aviso prévio o empurram para o precipício.
AVISO
As palavras que se seguem podem ferir a sensibilidade aos teus vazios :
Natureza;
Autoconfiança;
Leitura;
Resiliência;
Exercício;
Viajar;
Conversar;
Autoestima;
Gargalhar;
Amar;
Acreditar.