Will Oliveira
Se não pensares antes de ler a seguinte linha "leio, sou capaz de compreender e preciso me concentrar", o teu cérebro, tão honrado ou desonrado, vai procurar ceder aos pedidos de quem falou, mas se não estiveres tranquilo, qual a chance de um barco sobreviver ao meio de um Poseidon furioso?
Qual a razão de não tornar algo simples em complexo? A simplificação trás tudo fácil de entender, mas em consequência, fácil também de esquecer. Cadê o homo sapiens? Tudo o que bate em tua porta, você deve perguntar o nome, dar boas vindas, perguntar a razão da entrada e procurar conhecer os seus amigos.
Seres complexos não se limitam por qualquer ato, se limitassem, aonde estariam o homem se não perdido no Universo? Se somos pó de estrelas, dotados de incomensuráveis variações, qual a razão de não mudarmos em cada mudança do encadeamento de nossas células?
Prefiro os que pensam por si só, mas sempre precisa-se procurar novas terras pra semear, nossos sonhos são infinitos, mas na natureza sempre tem catástrofes naturais e sociais, é preciso combatê-los também internamente.
De todo conhecimento, procure em mim terras tranquilas e férteis, pois semear em pedregulhos as sementes nascem machucadas e deformadas.
A educação é um meio aonde devemos abrir nossas mentes, o professor, deve ser um nobre agricultor, ensinar a cultivar as boas andanças, sem esquecer o seu passado e mostrar que o estudo da condição humana, fará-o conhecer-lhe a si mesmo, provar-se-ão de gozação dos ditos ínfimas, mas aonde tudo se caminha, quase tudo tem seu pântano.
Escrevo, para de mim essa tempestade,
A tempestade sempre volta
Cidade, estados, nações e a loucura coletiva
Procurei, com essas dúvidas do mistério.
Lia em qualquer canto
Notas, de almas se vendendo
Cada o doce de amar?
Vejo no objeto uma gota sua.
Vi ali, nas calçadas o teu sangue
relembrei as tuas andanças,
chorei tuas lágrimas
me perguntei: aonde existiu civilização.
Queria ligar todos os corações, tirar o melhor de cada um, olhar de cima e de lado. Caminhar em qualquer lugar, o mundo dos sonhos é tão perigoso, mas o bom dele é que podemos ter armaduras, sou do Universo, ele é tão complexo, qual o argumento para eu ser simples?
Quando imagino em ti meu corpo
cadê a luz desse mundo
cadê aqueles que procuram viver?
Vejo a música entrar...
tirou a razão que ocupou-se a realidade,
a maior luta é a interna
pois dela nasce todas as outras
Difícil encontrar belas terras
sempre não serei nada
mas cadê o homo sapiens?
Sempre pensando em não ser alienado
e esquece que tem sentimentos e a metafísica.
O homem que se diz: "não sou alienado"
se alienou nas próprias afirmações,
Hegel te deu os rios das incertezas,
Cabê a cada um encontrar tuas ilhas,
o problema Hegel, é que na nossa mente,
os sonhos são infinitos,
e nossos oceanos, raramente, são calmos
Sinfonia dos niberlungos
vejo em ti a tragédia grega
Schopenhauer, já dizia que não devemos atar
atar em terras que não são nossas
O levante, cai-se a gota,
fecha-se os olhos e respira
cadê o prazer de cada momento
o prazer de cada momento é a sua dominação
Fechei os olhos,
me perdi,
cadê a semente que estava ali?
ah!
esqueci de regar.
Na maioria dos casos, as pessoas consomem substâncias psicoativas porque esperam
tirar benefício de tal consumo, seja por prazer ou para evitar dores, incluindo o consumo
social, mas com a neurociência, descobre-se que é nós que deixamos elas florescerem.
Os nossos pensamentos nascem à partir de várias variáveis, que incluem de partes genéticas e experiências de vidas, o que é incrível, mesmo parecendo "robótico" no começo, mas nos mostra o quanto somos complexos e para mudarmos o nosso modo de pensar é apenas "recodificando". Como se "recodifica"? Ora, converse contigo mesmo e leia livros sobre o assunto, verá que conversar bem consigo mesmo não é demência, mas é amor próprio.
O poder te saciará? Dependerá de você, é como você interpretará o que está a sua volta, há partes suas que analisam os fatos à partir do que ela já viu, esse "já viu", nem sempre assobia, às vezes grita, aí é hora de se olhar no espelho.
Há coisas que acontece com os outros e você sabe, há coisas que olhamos e achamos entender mas não entendemos, isso é ruim? é uma maneira de analisarmos o mundo, mas atualmente, temos que ter incerteza, pois o "mundo", pelos olhos do ser humano, se tornou mais complexo, que o seu material genético não soube tratá-lo com eficiência, então, olhar pra si todos os dias e também os outros e pensar, conversando consigo mesmo, é mérito de quem, debate consigo mesmo, procurando melhorar a si e os próximos.
A corticeira que branda teu dado, já pode ser de borboleta ou uma vespa, teu olhar fixa o que é beleza por dentro ou por fora? A tua corrigenda tem marcas de risco vermelhos se és sábio para saber o raio de luz que te faz olhar, o lindo mistério que te faz fascinar-se é arte, é o estêncil mago de fazer algo, ser característico do divino.
Que de todo frescor dos céus, eu possa, enfim, mudar diversas vezes para cada prece, pois quem pouco muda, pouco se adapta.
Dos lábios meus
Eu peguei o meu bodoque
Eu ensaiei um roque,
Enfrentei, do medo, as sanções
Atirando-me aos canhões.
Um quase suicídio, uma loucura,
Que todo caos, formou-me em cura,
Pois toda poesia, que se destrua,
No final, ela se forma, ah luz da Lua.
Pois reflete toda castidade
Castidade, não tem idade,
E o faz de conta, terminou assim,
Pra lá de ser mar sem fim.
Eu, virei um bedel e um juiz,
No final, da guerra -eu sempre quis,
Pois pela minha lei
Somos obrigados a sermos feliz.
Vida, oh vida!
Sábias, teu nome, gorjeiam,
O tempo da maldade, era sabida,
Mas a poesia, em prosa, liam.
Daí eu te vi, a admirar,
E aí eu te fiz coroar,
Eu virei o teu brinquedo,
Eu queria ser teu preferido.
Tente apagar, todo meu pranto,
Tente me amar, pois estou te amando,
Baby! Te amo, meu coração apaixonando,
Já até me esqueci, que ano estamos.
Já não vejo mais nada de ruim,
Meus olhos estão sorrindo,
E eu não era tão feliz assim,
Pelas ruas eu vou te seguindo.
Ah! Se tu soubesses como sou carinhoso,
Eu te quero muito. Amor sonhoso.
Vem matar essa minha paixão,
Longe de ti, ele devoras meu coração.
MAIS UM DIA SE PASSOU
Vesti-me de camisa social,
Fito o raiar da matinal,
Que me despeço amargurado,
Por me despedir de algo amado.
Saio, percorrer por opaca ruas,
Esquinas cinzas e desoladas,
Chego a um refúgio. O bar.
Pego meu café, começo a me animar.
Saio, o vento me acaricia,
Levanto a cabeça, vejo livros mal lidos,
Nos seus mundos de fantasia,
Com capítulos que não eram contados.
Chego no trabalho,
Agora em retrabalho,
Com sons automáticos,
Naquilo que és robóticos.
Volto pra casa, vejo a enluarada,
Banhar-me com seus insights reflexivos,
Na tua música, que és perdida e aclamada,
Será que notei que estou vivo?
Mais um dia se passou,
Mais um capítulo se completou,
Mais um dia passei em branco,
Meu futuro, ficou em pranto.
PRENDI-ME A TI AMOR
Prendi-me a ti amor,
Impregnou-me teu olor,
Banhei-te com minhas lágrimas,
Senti-te ao meu lado, com tuas liras.
Lembrei das viagens de verão,
Dos beijos do quintal,
Dos pique-nique no sabadão,
E vi que éramos um lindo casal.
Você se foi, me sinto só,
Saudade, uma dor sem dó,
Com cicatrizes ardentes,
De um vazio de rangir e escaldante.
Um grito batia nas paredes,
Tremia, querendo matar suas sedes,
Saciar e percorrer pelo ar,
Para ver, que é uma maldade que há.
Sem você, tudo perdeu seu brilho,
Minha vida, ainda há sentido?
Minhas lágrimas banharão essas terras,
Que você já não mais percorrerá.
Hey amor, não chore,
Mesmo que demore,
Estamos unidos, em qualquer lugar,
Em todos momentos, juntos vamos estar.
Momentos ruins virão,
Mas encontraremos uma solução
Para cada problema que virá
No bom caminho, lá a gente estará.
Gorjeia o arco-íris no teu cosmos,
Num modelo que consintamos,
Num famigerado ideal de felicidade e amor,
Em que, razão de viver, é estar em louvor.
Louvaremos a vida ao viver
Criatividade nos virá pra resolver,
Em que tudo estará bem
Em oportunidades aqui e em Jerusalém.
Hey amor! Não chore,
Hey amor! Não perca a esperança,
Mesmo que a felicidade demore,
Unidos, uma hora virá, através da perseverança.
Mais Ninguém
Estás aí tão só no caixão,
Oh minha linda. Minha paixão,
Tantas vezes eu te coroei,
Mas eu não queria agora. Sempre te amei!
O que será de mim sem você?
Quem beberá comigo os rosé?
Você me aquecia, meu amor,
Sentirei falta, falta do teu olor.
Agora teu uma cicatriz,
Tão ardente atriz,
Que tampastes o que me iluminava
Desde quando meu coração, por ti tocava.
A morte te levou,
Levou também todo o que amava,
Meu coração será sempre teu,
Tu és minha menina, meu deusa.
Dei-te um último beijo
Antes que fechassem o caixão
Lembrei dos nossos beijos e desejos,
Banhei-te com minhas lágrimas. Oh paixão!
Percorri pelo cemitério
Discorreu um deletério
Ajudei a te enterrar,
Enterrei minha vida, meu lar.
Meu lar era teus braços,
Num forte amor, fortes laços,
Eu sempre te amarei. Meu amor,
Seja o tempo que for.
