Vanessa Brunt
Às vezes não é questão daquilo melhorar ou piorar. Às vezes é só questão de perceber que aquilo não é para você.
Tudo (só) vale a pena se for capaz de fe-RIR. Se não faz sorrir mesmo na dor, se não mostra o lado belo mesmo dentro do horror, se não pesa mais para o lado da paz do que para o terror, se não fica ferido quando o outro perde alguma cor, não é o que vai amor-tecer.
Quando quebro, viro vários pedaços de mim e me espalho ainda mais (só) pelo que é chão. Quando quebro, viro mais de mim. Se inteira já sou tanto, imagina sendo tantas com mais opção.
Quando não sei onde estou pisando, quando me vejo sem chão, não tenho tempo para nada além de ser voa-dor.
Às vezes não é questão daquilo melhorar ou piorar. Às vezes é só questão de perceber que aquilo não é para você. Não é sobre esperar algo mais positivo ou esperar o negativo para aquela estrada: é apenas sobre não esperar mais.
O que é pra ser não te (r)acha, te mantém. O que é pra ser, está sendo, não é só quando (con)VÉM.
Não é só quando vem.
Se você quer um grandioso jardim para atrair as borboletas, não julgue o seu dia pelo que colheu da terra, mas sim pelo que regou e colocou nela. Cada luz é um pedaço de caminho que o escuro ajuda a encontrar.
Não é enxergando o que ninguém vê que fará o diferencial. É entendendo ângulos que ninguém pensou sobre aquilo que todo mundo viu.
É tudo sobre explicar tentando colocar também a visão do outro ali.