Maria Almeida
A realidade exterior das coisas simples fomenta a beleza interior. E o olhar deslumbrado que a percebe, é, em longo espetro, semente eterna.
Quem se intitula poderoso e brinca aos dados com o sentimento alheio é um escravo de si mesmo e eternamente escravo.
Olhei na direcção do horizonte.
Franzi o nariz e ri-me.
As circunstâncias sempre mudam.
Depois de ter superado tanta coisa, de ter conseguido chegar onde estou e de ter entrado em mim, a minha consciência absorve um universo múltiplo como um espelho, clara e poderosa, e é desconcertantemente suave.
Se sou um holograma de mim mesma, onde estarei verdadeiramente?
Vive-me agora. Agarra-me. Não me guardes num bolso para uso futuro. O amanhã pode não ser e pode não acontecer.
Aprendi a gostar de estar sozinha, embora ainda haja muita coisa que não compreendo. A partir do momento em que se aprecia a própria individualidade, a paz passa a ser um marco histórico nas nossas almas e um incentivo para a vida.
Nada do que escrevo é total, apenas um ínfimo das minhas emoções. Tudo o resto é tão delicado… instintivamente tranquilizador.