Marcelo D de Azevedo
Dominei meus medos, exorcizei meus demonios, expulsei o desanimo e apaguei parte do meu passado. Só assim consegui ir em paz, so assim consegui seguir sem vc.
Às vezes, estranhamente sinto-me vivendo num segundo, um segundo entre o que eu chamaria de irreal e concreto algum momento de eterno que não se pode explicar, como se toda minha angustia se revelasse num breve suspiro que eu não consigo controlar... Então eu apenas sinto, apenas sinto
Às vezes, insanamente meus pensamento me levam por um caminho tortuoso, escuro, vazio que nem sempre é o unico mas que também atravessa uma parte iluminada da minha vida, caio em prantos com a senssação de que devo voltar... Então eu apenas sigo, apenas sigo.
Às vezes, misteriosamente surge uma luz no fim do túnel, uma saida escondida, uma corda lançada para resgatar tudo aquilo que me faz ter esperança, e que me fez perceber que acreditar em mim mesmo e esperar por dias melhores, seja o melhor caminho... Então apenas creio, apenas creio.
Às vezes, ensurdecedor o silêncio olha a minha volta e diz que nada faz sentindo mas que vale a pena lutar, lutar para sentir-me sempre assim: estranho, insano, misterioso...Olho pro futuro, vejo vc, vejo tudo que ainda não fiz, me sinto livre, me sinto aliviado mas ainda tenho medo.
Quem sabe um dia eu crie coragem pra te dizer o que eu sinto, pra dividir com vc o que eu guardo todos esse tempo só pra mim.
Eu nunca fui daqueles que fazem sentido, sempre fui a pergunta e a resposta de todos as minhas dúvidas. Meus problemas, meus medos e o vazio que eu sinto sou eu mesmo solução.
Na empolgação tudo é felicidade, mas quando vem a realidade, o que realmente é de verdade começa a dar saudade.
Estou triste: mas sempre estou triste. Talvez sempre tenham sido e talvez sempre serei. Nesse momento vivo num faz de conta onde tudo está bem para que eu possa acreditar que tudo vai mudar quando só eu sei que isso não é verdade; sentir a dor do adeus e do que se acaba, não é simples, não consigo me acostumar; Quem consegue? Talvez eu não mereça imaginar que haverá outros verões; E toda vez que eu seja forçado a me separar de alguém que eu amo eu me sinta assim incapaz, sem força, sem fé, sem tino, sem esperança, confinado em meu mundo de ilusão. É assim que eu me sinto nesse momento.