Frases de Álvares de Azevedo

Cerca de 15 frases de Álvares de Azevedo

Invejo as flores que murchando morrem,
E as aves que desmaiam-se cantando
E expiram sem sofrer...

Sou o sonho de tua esperança,
Tua febre que nunca descansa,
O delírio que te há-de matar!

Deixo a vida como deixo o tédio.

Respiro o vento, e vivo de perfumes
No murmúrio das folhas de mangueira;
Nas noites de luar aqui descanso e a lua enche de amor a minha esteira.

Deus, que eu morra no palco!
Não me coroem
De rosas infecundas a agonia!

Feliz daquele que no livro d'alma não tem folhas escritas.
E nem saudade amarga, arrependida, nem lágrimas malditas.

Amo-te como o vinho e como o sono,
Tu és meu copo e amoroso leito...
Mas teu néctar de amor jamais se esgota,
Travesseiro não há como teu peito.

Álvares de Azevedo

Nota: Trecho do poema "A Lagartixa"

Meu pobre coração que estremecia,
Suspira a desmaiar no peito meu;
Para enchê-lo de amor, tu bem sabia.
Bastava um beijo teu!

Álvares de Azevedo
Lira dos Vinte Anos

Graciliano, José de Alencar, Alvares de Azevedo, Machado ou Drummond, que seja Quintana ou Lispector, que seja ainda, meus simplórios textos. Suas leituras me encantam.

Do meu outono os desfolhos,
Os astros do teu verão,
A languidez de teus olhos
Inspiram minha canção...

Feliz daquele que no livro da alma não tem folhas escritas.

Fala-me, anjo de luz! És glorioso, à minha vista na janela à noite, como divino alado mensageiro
Ao ebrioso olhar dos froixos olhos (...)
A noite vai bela, e a vista desmaia
Ao longe na praia, do mar!

Tu és o sol, e eu sou a lagartixa.

Eu não posso mergulhar nesse seu mundo meu querido Álvares de Azevedo, é sonhar demais, é amar unilateralmente.

E quando nas águas os ventos suspiram,
São puros fervores de ventos e mar:
São beijos que queimam... e as noites deliram,
E os pobres anjinhos estão a chorar!

Ai! quando tu sentes dos mares na flor
Os ventos e vagas gemer, palpitar,
Porque não consentes, num beijo de amor,
Que eu diga-te os sonhos dos anjos do mar!