Madasivi

76 - 100 do total de 377 pensamentos de Madasivi

⁠Cavalo primata que não cansa,
Criança na corcova descansa,
Galho seco que não despedaça,
Maritaca que na ponta canta,

Inserida por Madasivi

⁠Depois que a chuva passou,
Levou com ela,
Os amores, os sonhos,
As dores e as doses,
Ficaram apenas os copos vazios,
Alguns com marcas de batom,
E a certeza de beijos alcoólicos,

Inserida por Madasivi

⁠Mas que olhar é esse, doce, leve, atraente e capaz de enamorar os pequenos gestos do dia?

Inserida por Madasivi

⁠Os olhares beijaram,
Os beijos olharam,
Passaram as vontades,
Gosto de preliminares,

Inserida por Madasivi

⁠Nosso apego é manejado,
Com cordas e crinas,
Vem resistindo,
Mais que o tempo tragável,
E as dores inacabáveis,

Inserida por Madasivi

⁠Com o seu vento inesquecível,
Chamado amar,
Caravela-me,

Inserida por Madasivi

⁠Verdades contadas entre olhadelas e gatunos gestos incomparáveis,

Inserida por Madasivi

⁠- Aceita um café?
- Hum, sim com muito prazer,
- Então, vou passar um agora,
- Mas é aquele?
- Sim, aquele dos grãos da Mantiqueira,
Que exala o doce perfume de um lar,
Que é intenso como um instante,
Que é forte como o ato de perdoar,
Que é puro como um inesquecível gesto elegante,

Inserida por Madasivi

A consciência é a sombra do afeto

Inserida por Madasivi

⁠Eis o colírio que pinga comiseração nos meus olhos cegos,
É o amor que faz florescer toda raiz sem vida, todo presente sem esperançoso futuro,

Inserida por Madasivi

⁠Quantas vezes me pego sendo insensível, mas ainda luto em dizer que sou mais sensível do que insensível, será?

Inserida por Madasivi

⁠Tenho comigo sonhos pluralizados,
Todos os dias acordo miragens,
Encho jazigo vazio de esperança,
Respiro euforias como criança,

Inserida por Madasivi

⁠Venho contigo nos olhos de hoje,
Enxergo a teimosia de ontem,
Logo consigo viver amenidades invisíveis,
Escolho a poesia silenciosa na mão que escrevo,

Inserida por Madasivi

⁠Na marginal do rio,
De curvas salazes,
Margeio o cheiro de casa,
A vontade de descalçar o pé do chão,
E silenciar num vazio de asa,

Inserida por Madasivi

⁠Vazio,
Como um corpo sem o fôlego da vida,
Como um dia sem esperança,
Como a inquietude de uma alma sem paz,
Como um prato sem comida,
Há vazio que não se pode encher,
Triste é o vazio,
" "

Inserida por Madasivi

⁠Soluço afogado em águas ferventes,
Sinto o choro gemer dentro de mim,
Dor agonizante sem fim,
Inefável sentimento enfim,
Morro sempre assim,
Ouvindo o desespero do meu choro dizendo,
Morri,
Morri,

Inserida por Madasivi

⁠Incicatrizável cortadura no peito,
Profunda dor que rasga o que sobrou deste corpo,

Inserida por Madasivi

⁠Tristura desmedida vestida de um vazio sombrio,
Voz que amarga a língua e morre no silêncio,

Inserida por Madasivi

⁠Nada ocupa esta fenda visceral,
Nenhum contraveneno sobrevive nesta alma sepulcral,

Inserida por Madasivi

⁠Lágrimas escuras não chegam nos olhos,
Lágrimas duras morrem no coração e seus refolhos,

Inserida por Madasivi

⁠Quando não se tem um regaço,
Pra encostar a cabeça cansada de desgosto,
Um bom vinho é o melhor colo,
Na hora bravia que falta um consolo,

Inserida por Madasivi

⁠Boca com gosto de vinho,
Cumplicidade se eternizando,

⁠Você vem, no vaivém da valsa,
Vagarosamente e vistosa,
Vênus vestida de vivente,
Vínculo de vibração vital,

Você vale valentia, vale vadiagem,
Vale vinho com vodca,
Vale viver sem vergonha,
Vale o vento que vira na viela,

Você vai, no vibrato do violino ,
Velozmente e vejo,
Vai sem vestígio,
Venusto veneno,

Você vale a vontade voraz,
Vale a vicissitude da vida,
Vale a violeta que voa,
Vale a volúpia vivaz de te venerar,

Inserida por Madasivi

⁠Você vai, no vibrato do violino ,
Velozmente e vejo,
Vai sem vestígio,
Venusto veneno,

Inserida por Madasivi

⁠Passarinho da megalópole,
Acorda já no fio,
Galho elétrico no poste,
Canta bem cedo,
E depois foge,

Inserida por Madasivi