Lina Marano
reinava no mar solitário
um destemido tubarão,
tinha tudo, seu relicário,
mas nadava sem paixão
voava tímida e distraída,
sorridente, fazendo careta,
mas meio descrente da vida,
uma pequena borboleta
até que uma forte corrente de mar
e um vento de temporal,
fizeram os dois se encontrar
no meio de um coral
na magia do momento,
se surpreenderam apaixonados,
marcaram o casamento,
com que foram abençoados
juntos aprenderam tanto...
ele lhe apurou os sentidos
e ela, para seu espanto,
o ensinou a criar campos floridos
foi assim que ouvir dizer,
vou contar até morrer,
o tubarão e a borboleta,
que dupla perfeita
quisera eu, quisera
acabassem os dias de espera,
em que vago nas noites, feito pantera
pudera eu, pudera
fazer do tempo quimera,
matar solidão a paulada, a megera!
quem dera
recuperar tua amada,
que eu era
PARA: Tulipa, minha delícia
de cintura delgada.
Teus sussurros delicados
deletam um resto de sanidade.
Delego-te meus mais puros e profanos sentimentos.
DE: Lírio Branco
DE: Tulipa.
TU LIrio, PAixão da minha vida!!!!
não era de luxo,
nem de lixo,
vivia de lanches
e alguns desleixos
desafiava o muxoxo
bebendo luxuria,
como laxante
enfim, eclipse . . .
a lua se entrega ao sol, no meio do céu, ao meio dia,
assim. elipse . . .
se faz escuridão. que cega as testemunhas da ousadia
ao fim, o ápice
Rosa beija e reza.
Rasa, benze, arrasa
e me salva.
Maldita, me dobra,
me cobra, me mata!
Que cobra!
Ela é rosa, é riso,
mas chata.
Me agita, no meio do dia ...
É santa e repetitiva
no meio do nada!
E vem Rosa, na entrelinha, fazendo pirraça.
Rosa, minha rainha, minha desgraça.
Estou acostumada em não ser compreendida. Mas não preciso que ninguém me entenda, só preciso ser amada.
As pessoas que não me entendem, ou são burras ou desconhecem minhas razões. Prefiro ser incompreendida do que ser cruel.
Tinha sede e fome dela...
Apetecia comê-la pura, ou com molho amanteigado
que escorria do cozimento...
No azeite do preparo, deitar sua amada,
temperando ao ponto de impregnar as papilas,
antecipando o momento da degustação...
O odor inebriante exalado do ensopado,
era mais um ponto a aguçar o apetite,
gratinando a carne até ficar "ao dente".
Prato pronto, ai sim,
levar à mesa, ou à cama,
e fazer jus ao nome: comida!
Não é caridosa a pessoa que dá dinheiro aos pobres e trata o próximo com patadas. Caridade não é dinheiro, não é comida nem roupa, é afeto!
Que Deus me mantenha sempre cercada das risadinhas debochadas, por eu estar errada, do que rodeada de pranto, por eu estar certa.