Lina Marano
Aprendi a viver cada dia como se fosse o último. Mas não vou ser na vida de nenhum homem, mulher de uma só noite.
Amadurecer sem perder a alegria e espontaneidade da criança é um grande desafio que recompensa, mas traz a incompreensão das pessoas de almas amargas.
Foi de tanto estilhaço,
O corpo, ao cansaço,
A batalha, ao fracasso
E nossos abraços,
Ficaram em pedaços
(Em pedaços)
Peça a peça
Eu peço
Dá um teco
Eu pego
Eu peco
No pega-pega
Que cega
Dessa peça
Chamada amor
(Peça a peça)
A felicidade é como uma casinha simples, mas as pessoas passam a vida esfolando os cotovelos na janela a sonhar com castelos no ar.
Beberiquei os teus olhares
Enfileirados na bandeja;
Cocktail de poemas,
Drink de rosas e luares...
O colarinho da cerveja,
Abrindo em mil estratagemas!
Me subiram as palavras,
Nas goladas da canção,
Desse beja não beja.
Bêbada, a razão,
Fiquei no ora veja!
Diluído nesse porre,
Não sobrou nem coração!
Quem me socorre?
Da ressaca de paixão!
(Ressaca de Paixão)
Ana Lívia Lava-boca
A roupa, ela não lava;
O lixo, ela não leva;
Ordem, ela não louva;
Granfina, usa luva!
Todo dia, ela quer love!
Ainda morro, Ana Lívia!
Então eu bebo e fico leve!
Outro beijo, mais um suspiro
Não resisto, já deliro
Em tua cama, me atiro
E com os demônios conspiro.
Nem penso, mal respiro,
Eu giro, viro e transpiro,
Mil e um pudores, eu firo
É assim que em teus braços, eu piro
Me sorve, me suga doce vampiro!
(Eu giro)
Negras linhas,
Corredores da memória
Teimando em revelar ...
Tão minhas
As sombras dessa estória
De uma noite de luar,
Que começou por adivinhas
De forma tão simplória
Para assim, me desenhar!
(Negras Linhas)
Podes me ver
entre-Olhares!
São entradas e saídas
entreabertas e insulares
de meu intrépido coração.
Podes me ouvir
entre sussurros entrecortados,
nas entrelinhas das palavras,
são enigmas entrelaçados
a entremeios de paixão.
Podes me sentir
na entrega, entresseios
no entra boca e entre-eixo
entre tantos de meus anseios
de ti.
(Entre)
Enquanto mantivermos a criança dentro de nós, haverá magia! Quando deixarmos o medo do ridículo nos guiar, teremos envelhecido!