Lina Marano
Amor, como é ambivalente,
O jeito que te entregas na partida!
Tua alma fala bem alto, incontida...
E me fazes querer viver eternamente...
De despedida em despedida.
Joaninha encarnada
Mil mulheres numa só;
Pequenina e delicada,
Mas firme como Jó!
Joaninha enamorada,
Faz poesias de flor
Carrega nas patinhas,
Mil palavras de amor
Joaninha imaculada
De alma pura e inocente,
Mas quando ama,
Vira o capeta
Sem nenhuma etiqueta
Como borboleta, pousei em teu jardim,
Trazendo sorrisos, cheirando a carmim
Pois se feliz, é como tu queres a mim,
Eu também, meu amor, te quero assim.
Olhei pela janela e vi
Meu passado e meu futuro.
No passado vi a ti,
Do meu lado.
No futuro, vi a mim
Na janela . . .
¿Quién es ella
Quién es ella, que mezcla la realidad
Y espejismo en las primeras horas de la mañana?
Que lleva la manzana, caminando como una virgen.
¿Quién es ella? Barbarella?
Es duro como una roca y, al mismo tiempo,
Un viento fresco que corre por mi cara,
En una unión de cuerpo y alma
Eso me tranquiliza y me tortura,
Y en este punto, he tatuado su huella
Fabricado en la punta del cuchillo que rompió mi corazón.
¿Quién es ella? Doom?
Que cuanto más sé, a menos que reconocer
Desconocido para los mil matices de sí misma
Esa bala medida que se acerca, y un broche de presión se ha ido
Lo que está en el amanecer, en la noche, en el palacio, el vertedero
Lo que nunca deja de ser único, pero que muestran nuevas
Y se renovará en el arte de misterio?
Lo que me molesta y hace que mi alma tranquila
¿Quién es ella? Me salvaste?
La que sale de la pantalla e invadir mi vida sin vergüenza
Eso me llena de calor, a jugar conmigo no hay límite.
Por Tengo un presentimiento: que quiere encantar a algo más!
¿Qué será de mí, ¿cuánto tiempo?
¿Quién es ella? ¿Estoy soñando?
QUERO TEU COLO
Só teu colo
Pode levar de minh'alma
A dor da tua ausência.
Só teu colo
Pode carregar para longe,
A minha descrença.
Só teu colo
Pode tirar do meu corpo,
Esta incômoda dormência.
Só teu colo
Pode me fazer acreditar
Que a felicidade ... é nossa sentença.
PARADOXO
Quero a paixão, e também a doçura.
Quero o palavrão, e a palavra pura.
Quero ser a esposa, e também a outra.
Ser a amiga sensata, e também a louca.
Quero o beijo casto e o beijo devasso.
Quero da mão o afago e o bofetão
Da língua, o amargo e o melaço
Ah! Eu quero tripas e coração.
Quero ser anjo, mas também ave de rapina.
O caminho seguro e o penhasco da perdição.
Quero, enfim, ser a harmonia que desafina
Em sinceras juras de amor e de maldição.
Pois a vida é um paradoxo
De vida-morte, dor-prazer
De que vale o ortodoxo?
Nos opostos está o equilíbrio do ser.
O caramujo marujo e a flor apaixonada
Ele - Caramujo Marujo
Não desminto,
Ainda começo de manhã
E já estou faminto!
Juro que sou teu fã,
Te cerco devagar.
Juro-te
Amar como és.
Deitados lado a lado,
Entrega-te
da cabeça aos pés.
Teu dono incorporo
E palmo a palmo,
Te devoro!
Ela - A flor apaixonada
Oh! Caramujo
De cínico riso
Tal qual marujo
Deixas um amor
Em cada porto
E esta caída flor
De coração morto
Serviu apenas
Para saciar a fome
Que te consome.
Se um homem a achar ridícula, e você mudar só para agradá-lo, desculpa dizer, mas você é mesmo ridícula!
No abismo da distância,
Abdicando-me das palavras,
Abduziram-me os abstratos!
Na abundância do sentimento,
Abrigam as dúvidas,
Abrolhos, abusos ...
Mas não há abracadabra!
Não abafam a saudade
Dos abraços.
No ensejo,
Quem resiste ao gracejo?
Tomado de sobejo,
No cortejo desse beijo,
O corpo arde no festejo
Do DESEJO.
O Primeiro Beijo
Não me lembro bem do primeiro.
Foi rápido e inesperado!
O segundo foi de tremer as pernas.
O último teve gosto de lágrimas;
E todos os outros, foram um começo . . .
Tinham gosto de nós.
Armada de Flores
Sou menina, mas sou guerreira!
Me armo de flores.
Os espinhos só cortam minhas próprias mãos,
Mas o aroma das flores,
Me protege do ódio de quem está a minha volta
E atrai para mim, o beijo das abelhas.
Ah o amor...
Que tanto constrói
Que liberta a alma,
Que não pede perdão,
Mas que tira a calma
E tanto dói!
Milagre ou maldição?
Pura ilusão!
Mas se sente o calor
Quer mesmo saber?
Melhor morrer de amor,
Do quem sem ele viver.
Oh marinheiro dos sete mares
Meu náufrago da solidão
Vou "hangariar" novos lugares
Para te guardar a embarcação
Neste abrigo não há luares
Mas tempestades de paixão
(hANGARIANDO BELEZA)
Borboleta
Pousou na banqueta
Ao homem ranheta
Mostrou a faceta
Lhe tirou a jaqueta
Já sem etiqueta
Na luz violeta
Lançou-se o cometa
Mas findou-se a opereta
E o velho perneta
Ficou na sarjeta
Fazendo careta
Maldita vendeta
Feiticeira a borboleta
Que mudou de planeta
No cair da noite preta
(Faceta de Borboleta)
A vaidade é sempre sincera. A modéstia, nem sempre.
Ninguém se finge de vaidoso. Mas há os que se fingem de modestos