Juremir Machado da Silva
O olhar entrega muito. É a voz da alma. Existem olhares no sentido figurado do termo. Esses são os mais reveladores.
O imaginário é uma ficção coletiva vivida como uma realidade objetiva.
A solidão maior é a morte, essa passagem sem companhia para o isolamento eterno.
Em política nada se faz sem calcular. Mesmo as paixões e os gestos inesperados são medidos antes de acontecer.
Campanhas eleitorais são shows nos quais o eleitor, ou público, finge acreditar nas promessas que lhes são feitas.
O Brasil tem tradição de civis dispostos a lamber as botas dos militares em troca de um golpe que os salve do fantasma do comunismo.
Como podem ser inesquecíveis tempos que aos poucos se vão perdendo na memória, soprados por novos e eternos minuanos? Lembrar é uma necessidade. No fundo, lembrar está aquém e além da razão.
Celular liberta e aprisiona, aproxima e afasta, reúne e separa, abre e estreita horizontes, faz voar e ficar fincado no chão. Funciona, ao mesmo tempo, como instrumento de comunicação e de incomunicação.