John Stuart Mill
"Se qualquer indivíduo comete um ato danoso a outros, há possibilidade de punição. Entretanto, naquilo que diz respeito apenas a ele, às ações que o afetem apenas, é de modo absoluto independente."
Uma pessoa pode causar mal a outras não só por suas ações, mas também por sua omissão, e em ambos os casos é legítimo que ela deva prestar contas a essas pessoas por tal lesão.
A humanidade ganha mais aceitando que cada um viva como bem lhe parecer do que obrigando-o a viver como bem parecer aos outros.
A tendência fatal da humanidade de deixar de pensar sobre algo que não é mais duvidoso é a causa de metade de seus erros.
Aquele que permite que o mundo, ou sua parte do mundo, escolha para si seu projeto de vida não precisa de qualquer outra faculdade a não ser a da imitação, como os símios.
Em nossos tempos, da classe mais alta à mais baixa da sociedade, todos vivem como que sob os olhos de uma censura hostil e temida.
É na proporção do desenvolvimento de sua individualidade que cada pessoa se torna mais valiosa para si mesma e, portanto, capaz de ser mais valiosa para os outros.
Para dar algum justo espaço à natureza de cada um, é essencial permitir que pessoas diferentes levem vidas diferentes.
A inauguração de todas as coisas sábias ou nobres provém e deve provir dos indivíduos; geralmente, no princípio, de apenas um indivíduo.
Exatamente porque a tirania da opinião é tal que faz da excentricidade motivo de censura, é desejável, a fim de romper essa tirania, que as pessoas sejam excêntricas.
O rumo atual da opinião pública apresenta uma característica especialmente calculada que a torna intolerante a qualquer manifestação acentuada de individualidade.
Para atingir seus objetivos, os maus precisam apenas que os homens de bem assistam a tudo sem fazer nada.
Nota: Adaptação do pensamento atribuído ao filósofo irlandês Edmund Burke.