John Green
Você gosta de alguém que não pode retribuir o seu amor porque é possível sobreviver ao amor não correspondido de uma forma impossível no caso do amor uma vez correspondido.
Alguma vez você já se perguntou se as pessoas gostariam mais ou menos de você se pudessem vê-lo por dentro? Sempre me pergunto isso. Se pudessem me ver do jeito que eu me vejo, se pudessem viver nos meus pensamentos, será que alguém, qualquer pessoa, me amaria?
Mas que diabos significa “instantâneo”? Nada é instantâneo. Arroz instantâneo leva cinco minutos, pudim instantâneo uma hora. Duvido que um instante de dor intensa pareça instantâneo.
(Quem é você, Alasca?)
Qual o sentido de estar vivo se você nem ao menos tenta fazer algo extraordinário?
Às vezes, você lê um livro e ele te preenche com este zelo evangélico estranho, e você se convence de que o mundo estilhaçado nunca será reconstruído a menos que todos os seres humanos leiam esse livro.
Alguns turistas acham que Amsterdã é a cidade do pecado, mas a verdade é que ela é a cidade da liberdade. E é na liberdade que a maioria das pessoas encontra o pecado.
A cidade era de papel, mas as lembranças não. Todas as coisas que eu tinha feito ali, todo o amor, a pena, a compaixão, a violência, e o desprezo estavam aflorando em mim.
Sempre me chocou quando eu percebi que não era a única pessoa no mundo que pensava e sentia essas coisas estranhas e terríveis.
Isso é parte do que eu gosto no livro, em alguns aspectos. Ele retrata a morte com sinceridade. Você morre no meio de sua vida, no meio de uma frase.
Os livros são os derradeiros abandonados: se você os largar, eles vão esperar por você para sempre; se prestar atenção a eles, eles sempre vão te amar de volta.
Mas é da natureza das estrelas se cruzar, e nunca Shakespeare esteve tão equivocado como quando fez Cássio declarar: 'A culpa, meu caro Bruto, não é das nossas estrelas / Mas de nós mesmos".
O prazer de lembrar tinha sido tirado de mim, porque não havia mais ninguém com quem compartilhar as lembranças. Parecia que perder a pessoa que lembra connosco significava perder a própria memória, como se as coisas que fizemos fossem menos reais e importantes do que elas eram horas antes.
"Você realmente leu todos aqueles livros em seu quarto?".
Alaska rindo: "Oh Deus, não. Eu talvez tenha lido um terço deles. Mas eu vou ler todos. Eu os chamo de Biblioteca da minha vida. Todos os verões, desde que eu era pequena, tenho ido às vendas de garagem e comprado todos os livros que parecem interessantes. Assim eu sempre tenho algo para ler".