John Green
— Estou apaixonado por você — ele disse, baixinho.
— Augustus — falei.
— Eu estou — ele disse, me encarando, e pude ver os cantos dos seus olhos se enrugando. — Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você.
Passei a maior parte da minha vida tentando não chorar na frente das pessoas que me amavam. Você trinca os dentes. Você olha para cima. Você diz a si mesmo que se eles o virem chorando, aquilo vai magoá-los, e você não vai ser nada mais que uma tristeza na vida deles.
Às vezes parece que o universo quer ser notado.
Ela tinha namorado. Eu era um palerma. Ela era apaixonante. Eu era irremediavelmente sem graça. Ela era infinitamente fascinante. Então voltei para o meu quarto e desabei no beliche de baixo, pensando que, se as pessoas fossem chuva, eu era garoa e ela, um furacão.
Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam.
Então, nós todos somos importantes – talvez menos do que muito, mas sempre mais do que nada.
Passamos a vida inteira no labirinto, perdidos, pensando em como um dia conseguiremos escapar e em como será legal. Imaginar esse futuro é o que nos impulsiona para a frente, mas nunca fazemos nada. Simplesmente usamos o futuro para escapar do presente.
(Quem é você, Alasca?)
Passei a maior parte da minha vida tentando não chorar na frente das pessoas.
É a depressão que você sente quando o mundo como é, não se alinha com o mundo como você acha que deveria ser.
É na liberdade que a maioria das pessoas encontra o pecado.
Sem dor, não poderíamos reconhecer o prazer.
As marcas que os seres humanos deixam são, com frequência, cicatrizes.
Ele registra a morte com fidelidade. Você morre no meio da vida, no meio de uma frase.
O verdadeiro amor nasce em tempos difíceis.
Você precisa escolher as causas pelas quais vai lutar nesse mundo.
Chega uma hora em que é preciso arrancar o Band-aid. Dói, mas pelo menos acaba de uma vez e ficamos aliviados.
(Quem é você, Alasca?)
O amor é apenas um grito no vácuo.
Nem todo mundo tem essa sorte de ser bom em alguma coisa.
Não se imortaliza a perda escrevendo sobre eles.
— Vamos nos ver de novo?
— Claro.
— Amanhã?
— Paciência, Gafanhoto — aconselhei. — Assim vai parecer que você está ansioso demais.
— Exatamente. Foi por isso que falei ‚amanhã‛. Quero ver você de novo hoje à noite. Mas estou disposto a esperar a noite toda e boa parte do dia de amanhã.
As coisas que você mais quer são aquelas que te destroem no fim.
(Will e Will - Um Nome, Um Destino)
Eu queria ser seu último amor. Mas sabia que não era. Sabia e a odiava por isso. Eu a odiava por não se importar comigo. Eu a odiava por ter me deixado naquela noite. E odiava a mim mesmo por tê-la deixado ir embora, porque, se eu tivesse sido suficiente, ela não teria querido ir embora. Simplesmente teria se deitado comigo, conversado e chorado. E eu a teria ouvido e teria beijado as lágrimas que caíam dos seus olhos.
(Quem é você, Alasca?)
If only we could see the endless string of consequences that result from our smallest actions. But we can't know better until knowing better is useless.
(Looking for Alaska)
"Às vezes parece que o universo quer ser notado." É nisso que eu acredito. Acredito que o universo quer ser notado. Acho que o universo é, questionavelmente, tendencioso para a consciência, que premia a inteligência em parte porque gosta que sua elegância seja observada. E quem sou eu, vivendo no meio da história, para dizer ao universo que ele, ou a minha observação dele, é temporária?