Henrique Samael
Foge-me dos sentidos a liberdade
Foge-me de mim a esperança
Meu mundo jás em chamas
Em meu inferno jás um inverno eterno
Por onde antas o teu deus de promessas?
Que justifica o sofrimento com a gloria do conhecimento
Que exacerba sua glória humilhando sua própria criação ?
Agradeço-me por não possuir uma fé tola
Que desmerece o meu semelhante que não compactua com meu delírio.
Não me entenda mal, só não acredito mais nas pessoas... Então não importa o que digas sobre o amor, o ser humano cria monstros a partir deste pretexto.
Engana-te quantas vezes for necessário para se tornares dependente de qualquer muleta ideológica. Caso não funciones se beneficie da ideia de que tudo passa e que tem algo além do teu entendimento debilitado que dará sentido ao teu sofrimento... Assim fazem os tolos.
Demasiados princípios mórbidos do homem, que em sua inocência criou Deus e que em sua estupidez permanece a acreditar.
Nascemos doentes e morremos tentando superar esta doença... Viver não é questão de se adapta a esta vida medíocre mas sim buscar meios de adoecermos em paz...
Por algum motivo para mim aqueles que se acham a última bolacha do pacote vivem desesperados. De qualquer forma acabam por serem irritantes do que seguros de si.
Definhamos até a loucura, porém enlouquecemos antes do tempo e queremos morrer porque adoecemos antes da velhice.
Se é no pecado que vive o prazer e onde está o prazer está a felicidade. Qual seria o sentido de seguir regras baseadas em uma promessa de que após a morte este inferno terá um fim ?
Meu cérebro apagou tudo o que me fazia querer continuar. E o vazio apenas cumpriu seu papel que foi consumir tudo o que era.
Viva e contemple a miséria
Viva e prove da dor
Sucumba ao desespero
Sinta a fome doer
Sinta o desprazer de está vivo
Se beneficie de promessas
E limite sua existência
Torne-a insignificante
Para almeja o paraíso que tanto prometem
Comtemple quase que imutavelmente
Seu desejo pela morte
E desista graças ao medo.